19 de janeiro de 2011
15 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — É ilegal na Inglaterra donos de casas de hóspedes não permitirem, em seu próprio lar, que dois homens homossexuais durmam na mesma cama, de acordo com uma decisão da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos (CIDH) num caso, que estabelece precedente, patrocinado pela principal organização homossexual de pressão política da Inglaterra.
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Peter e Hazelmary Bull com apoiadores |
Os Bulls explicaram para a Comissão que eles têm uma política antiga de recusar quarto de casal para qualquer casal não casado, não importando a “orientação” sexual, no Hotel Particular Chymorvah em Marazion perto de Penzance.
A sra. Bull comentou depois da audiência, dizendo que ela e seu marido estavam “desapontados” com o resultado.
“Nossa política de quarto de casal tem como base nossas sinceras convicções sobre casamento, não hostilidade a ninguém. A política se aplicava de forma igual e sistemática a casais heterossexuais solteiros e duplas homossexuais, conforme o juiz aceitou”, ela disse aos meios de comunicação.
“Estamos tentando viver e trabalhar de acordo com nossa fé cristã. Como resultado fomos processados e recebemos ordens de pagar 3.600 libras. Mas muitos cristãos estão nos enviando doações. Portanto, graças a eles teremos condições de pagar os prejuízos”.
Ela acrescentou: “Sinto realmente que o Cristianismo está sendo marginalizado na Inglaterra. As mesmas leis que foram usadas contra nós estão sendo usadas para fechar as portas de agências cristãs de adoção de crianças. Fala-se muito em ‘igualdade e diversidade’, mas parece que algumas pessoas são mais iguais do que as outras”.
De acordo com a decisão do Juiz Rutherford o fator crucial na decisão foi o fato de que Hall e Preddy estavam legalmente numa parceria civil. Sob as leis de igualdade aprovadas recentemente, todos são obrigados a tratar os parceiros civis da mesma forma como tratam os casais do casamento natural.
O Juiz Rutherford reconheceu que os Bulls tinham boas razões para quererem excluir o que eles consideram como atividade sexual imoral em seu lar, mas comentou: “Qualquer que tenha sido a posição em séculos passados não é mais importante que nossas leis tenham de automaticamente refletir a posição judaico-cristã”.
Um porta-voz da Aliança Evangélica respondeu à decisão, dizendo: “As leis de direitos humanos precisam aceitar o fato de sua atual falta de imparcialidade e incapacidade de decidir de modo justo e imparcial questões em que direitos se chocam. Isso se aplica especialmente à consciência e prática religiosa na vida pública”.
O caso foi um dos primeiros a ser trazido por ativistas homossexuais contra donos de hotéis cristãos, sob a Lei de Igualdade de 2008, uma lei proposta, a pedido dos grupos homossexuais de pressão política, pelo governo trabalhista de Tony Blair. A situação dos donos cristãos de casas de hóspedes recebendo como convidados duplas homossexuais em seus lares foi um dos possíveis cenários durante os debates do projeto de lei. A CIDH, similar em função às Comissões de Direitos Humanos do Canadá, foi estabelecida sob a nova lei para administrar casos de alegada discriminação.
Na ocasião em que deram testemunho, um dos funcionários dos Bulls insinuou que o processo foi uma operação secreta planejada por ativistas homossexuais que estavam buscando fazer um exemplo dos donos cristãos de hotéis para estabelecerem um precedente sob a nova lei.
Bernie Quinn testificou que a organização homossexual Stonewall havia escrito para os Bulls um mês antes “aconselhando-os” a mudar suas políticas ou enfrentarem possível ação legal. Quinn disse que os dois homens deram informações falsas para reservar um quarto que eles sabiam seria recusado quando chegassem à casa de hóspedes. Quinn disse que Preddy havia se apresentado como “sra. Preddy” ao pedir uma reserva de quarto de casal.
A advogada da dupla gay, Catherine Casserley, perguntou a Quinn: “Você está sugerindo que esse processo foi uma armação?” Quinn concordou e disse: “Isso não está fora das possibilidades. Tudo o que tenho como prova é a ligação telefônica”.
“Não posso presumir por eles quais foram ou não as motivações deles. Presumi, recordando da ligação telefônica, que estávamos esperando um casal homem e mulher e o que chegou aqui foram dois cavalheiros”, Quinn disse.
Ben Summerskill, diretor de Stonewall, a principal organização homossexual de pressão política da Inglaterra, louvou a decisão, chamando-a de uma decisão histórica. Numa coluna no jornal Guardian ele ridicularizou os Bulls e zombou da ideia de que eles haviam sido “perseguidos por causa de sua fé”, chamando essa sugestão de “ridícula”.
Contudo, alguns especialistas em nível internacional estão menos otimistas e estão vendo a situação dos cristãos ingleses com crescente preocupação.
Uma organização de defesa dos direitos humanos com sede em Viena lançou um relatório no ano passado com um registro dos cinco anos passados contendo incidentes contra os cristãos em toda a Europa, inclusive muitos que foram motivados por leis de igualdade que foram estabelecidas recentemente. O relatório, feito pela Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), disse que cada vez mais se reconhece, em nível internacional, a discriminação e intolerância para com os cristãos.
Em seus comentários finais, Janez Lenarcic, diretora da OSCE, disse que a organização se conscientizou bastante das “questões emergentes” com relação às leis de igualdade e não discriminação e as dificuldades que os cristãos estão enfrentando.
Numa virada interessante, Peter Tatchell, um dos mais proeminentes promotores do homossexualismo na Inglaterra, advertiu nesta semana contra a “criminalização” das opiniões cristãs. Tatchell, politicamente um libertário, escrevendo numa coluna no noticiário Pink News, a principal fonte homossexual de notícias da Inglaterra, se referiu ao recente caso em que Dale Mcalpine, um pregador cristão que prega nas ruas, foi preso por expressar sua opinião religiosa de que os atos homossexuais são pecado.
“A liberdade de expressão é uma das principais características de uma sociedade civilizada. As opiniões do sr. Mcalpine foram homofóbicas, mas o fato de que ele foi tratado como um criminoso por expressá-las me chocou… o sr. Mcalpine não foi nem agressivo nem ameaçador nem intimidatório. Ele não incitou violência contra indivíduos gays, lésbicos, bissexuais ou transgêneros (LGBT)…”
Tatchell comparou isso com os discursos de extremistas islâmicos que “defenderam o assassinato de indivíduos gays e mulheres ‘não castas’” e estão “mais e mais jogando ódio e insultos nos judeus e hindus”. Tatchell relata que quando ele organizou um contraprotesto num comício de aproximadamente 6 mil extremistas islâmicos, ele e os cinco membros de seu grupo foram presos, mas só depois que os muçulmanos do comício os ameaçaram de morte.
“Em contraste com o caso do sr. Mcalpine, a polícia não suspendeu as acusações nem pediu desculpas, e muito menos nos indenizou. Levou mais ou menos dois anos de longas e dispendiosas batalhas legais para eu finalmente conquistar minha absolvição”.
“Exatamente como os indivíduos gays deveriam ter o direito de criticar o Cristianismo, os cristãos também deveriam ter o direito de criticar a homossexualidade. No que se refere à liberdade de opinião, só ameaças e incitações à violência — e difamações prejudiciais — deveriam sofrer ações legais”, comentou Tatchell.
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/bed-and-breakfast-owners-fined-for-turning-away-gay-couple

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