Eztraído do conic e assinado por Dom Manoel João Francisco, presidente.
No deserto habitará o direito, e a justiça habitará no jardim.
O fruto da justiça será a paz. (Is 32.16-17a)
Cúpula dos Povos – um chamado às Igrejas
Este ano de 2012 comemoram-se vinte anos da realização da Eco 92, Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Entre as decisões tomadas a partir da ECO 92, destacam-se as Convenções sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação, a Agenda 21, a Carta da Terra, a Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban. Para marcar este aniversário, a Organização das Nações Unidas - ONU realizará, entre 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, a Rio+20. O objetivo dessa nova Conferência é avaliar os avanços e lacunas presentes na implementação das decisões tomadas há vinte nos sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável, buscando renovar os compromissos políticos com o desenvolvimento sustentável.
A Rio+20 debaterá dois temas centrais: “a
economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da
erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o
desenvolvimento sustentável”.
Simultaneamente às atividades oficiais da Rio+20
acontecerá uma mobilização da esperança dos povos, de 15 a 22/06/2012
no Aterro do Flamengo, conhecida como a “Cúpula dos Povos". Este evento é
uma iniciativa contestadora por não acreditar na proposta da Rio+20 de
uma “Agenda Verde”. A Cúpula dos Povos é proposta e organizada pelo
Comitë facilitador da Sociedade Civil, com a participação de movimentos
sociais, ONGs, Igrejas e Religiões. O objetivo é ampliar e aprofundar os
debates dos temas propostos pela Rio+20, com uma metodologia mais
democrática e participativa, fortalecendo a política dos povos
organizados. Com o chamado de “Venha reinventar o mundo”, a Cúpula dos
Povos chama a atenção para os limites dos resultados da Eco 92. As
decisões, que deveriam ter
revertido a situação de miséria, injustiça social e a degradação
ambiental frustrou as esperanças surgidas há 20 anos.
A Cúpula dos Povos propõe como eixo de debate as
causas estruturais da atual crise civilizatória, esperando afirmar
paradigmas novos e alternativos construídos pelos que mais sofrem com a
crise ambiental e apontar a agenda política para o próximo período. Ela
tem como pano-de-fundo um contexto de representativa concentração de
riquezas: vinte por cento da população mundial é dona de três quartos da
riqueza mundial, enquanto oitenta por cento vive com menos de 10
dólares por dia. O modelo de vida atual é caracterizado pelo consumo. E
para satisfazer as necessidades de consumo mundial, igualando aos
padrões dos Estados Unidos, por exemplo, seriam necessários a capacidade
de quatro Terras e meia.
Povos inteiros podem ser condenados à indigência
em função do esgotamento da capacidade produtiva do planeta. A pobreza
gera imigração ilegal, que por sua vez, gera restrições de livre
circulação, o que indica um aumento assombroso da segregação das
populações pobres e dos conflitos armados no mundo.
Como Igrejas, precisamos alertar para este
momento histórico e decisivo para a humanidade. Propomos às nossas
comunidades cristãs que estabeleçam sintonia, pela reflexão, oração e
gestos concretos, com alguns momentos importantes dessa agenda:
1 - o primeiro chamado é para participar da mobilização global prevista para 5 de junho (dia do meio ambiente);
2 - o segundo é para sintonia espiritual no dia 17 de junho, quando ocorrerá a Vigília de abertura do evento da Cúpula dos Povos;
3 - o terceiro é para o dia 20
de junho, quando haverá nova mobilização internacional contra a
mercantilização da natureza e a destruição ambiental.
Sugerimos que as nossas comunidades sejam
motivadas a realizarem alguma atividade nesses dias, refletindo
localmente sobre as questões sociais e ambientais, com gestos simbólicos
que expressem o nosso compromisso para com o cuidado da criação e o
desenvolvimento sustentável.
Vivemos riscos iminentes de barbárie contra a
vida, o meio ambiente, as relações humanas. Convidamos nossas Igrejas a
se unirem às vozes do mundo, que clamam por justiça, pelo direito à vida
e pelo cuidado com a criação. Vida em abundância é a esperança
evangélica que nos mobiliza.
Dom Manoel João Francisco
Presidente
Presidente
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