quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Pais, a hora é agora!

Coluna de orientação catequética aos cuidados de Rachel Lemos Abdalla

Por Rachel Abdalla



CAMPINAS, 27 de Dezembro de 2012 (Zenit.org) - A cada ano que se inicia temos a oportunidade de dar um novo sentido, uma nova direção aos nossos ideais e sonhos, como se fosse o surgimento da esperança de um novo tempo que pode ser vivido cada vez melhor. Assim como a vida, também a formação espiritual e cristã dos filhos e dos pais deve estar em contínua reciclagem, atualização e renovação, na certeza de que os passos que são dados hoje são calcados na segurança dos passos de Cristo.

Introduzir a criança na fé é ensiná-la a caminhar de mãos dadas com Jesus, com confiança e segurança, e isso deve acontecer desde muito pequena, nas orações diárias ao acordar e ao se deitar, antes de se alimentar ou outras vezes ao dia.
Rezar ou voltar-se para Deus em vários momentos é muito importante, principalmente desde a primeira infância, afinal, tudo o que acontece de bom é por graça do próprio Deus, e estar em contato com Ele através da oração é uma forma de reconhecer a providência divina agindo no dia a dia. Por isso, cada vez que a criança agradece ao Papai do céu ou faz um pedido, ela está criando um vínculo de amor com Deus. E, o hábito de procurá-Lo, acreditar que O encontra e sentir que pode estar na Sua presença, cria intimidade com Ele, e traz esperança e consolo para toda a vida.
A criança precisa crescer consciente de existência de Deus, um Deus que é Pai e que a ama muito. Assim acontece a transmissão da fé que, embora seja dom de Deus e mérito da Igreja, também é transmitida pelos testemunhos de vida e pelos pequenos e grandes milagres que acontecem constantemente.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, 'desde os primeiros anos, a educação da consciência alerta a criança para o conhecimento e a prática conhecida como consciência moral.  Uma educação prudente ensina a virtude, preserva ou cura do medo, do egoísmo e do orgulho... garante a liberdade e gera a paz do coração.[1]
E, conforme o Papa João Paulo II, mesmo que isso pareça ser precoce, as criancinhas devem receber de seus pais os primeiros elementos da catequese que revelam o Pai que é bom, providente e que está nos céus, e para o qual elas voltarão o seu coração; e que as simples e pequenas orações são o início de um diálogo amoroso com Deus. Essa apresentação simples e verdadeira da fé cristã aos pequeninos exige um grande amor e um profundo respeito para com eles que têm o direito de conhecer a Deus. A educação para a fé, feita pelos pais tem um caráter particular e insubstituível, pois se realiza na ajuda mútua dentro do lar, no testemunho cristão muitas vezes silencioso, perseverante e vivido segundo o Evangelho. É, pois, no esforço contínuo de viver a fé cotidianamente que eles catequizam seus filhos, deixando marcas e lembranças para toda a vida. Esta catequese familiar, ou seja, uma catequese autêntica que nasce na 'Igreja doméstica', precede, acompanha e enriquece a catequese que se dará mais adiante na Igreja de Jesus Cristo.[2]
Portanto, os pais são os primeiros catequistas, e a atuação deles para o surgimento da fé e da espiritualidade é imprescindível para o nascimento, a continuidade e o fortalecimento da vida cristã de seus filhos, futuros homens na sociedade e na Igreja.
Feliz Ano Novo que se atualiza na fé e na esperança em Cristo, nosso Senhor!
*Rachel Lemos Abdalla é Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor e Coordenadora da Catequese de Famílias da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Campinas, São Paulo; apresenta o 'Programete Pequeninos do Senhor', dentro do Programa 'Povo de Deus' da Arquidiocese de Campinas, na Rádio Brasil Campinas; e é membro da 'Equipe de Trabalho' do 'Ambiente Virtual de Formação' da Arquidiocese de Campinas.
Se desejar enviar perguntas ou expressar opiniões sobre os temas tocados pela coluna organizada por Rachel Lemos Abdalla, enviar email para: contato@pequeninosdosenhor.org

[1] CIC 1741
[2] Exortação Apostólica "Cathequesi Tradendae", Papa João Paulo II, 1979 – (36, 68)

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