Conhecido como o cálice da Infanta Dona Urraca, filha do rei espanhol Fernando 1o., a relíquia da Basílica de San Isidoro, em León, é apontada por historiadores como sendo o Santo Graal
Os
curadores da Basílica de San Isidoro, na cidade de León, na Espanha,
foram obrigados a retirar uma relíquia que estava em exibição pública,
após historiadores afirmarem que se tratava do Santo Graal. Multidões de
fieis e curiosos correram para a igreja e, diante da possibilidade de
um tumulto, a direção decidiu esconder o objeto histórico.
O
número de visitantes cresceu repentinamente na basílica depois que dois
historiadores publicaram um livro dizendo que a taça, adornado com
pedras, era na verdade o mítico cálice que Jesus Cristo teria usado
durante a última ceia.
Segundo a diretora do museu da Basílica
de San Isidoro, Raquel Jaén, o cálice foi retirado de exibição nesta
última sexta-feira (28), enquanto os curadores procuravam por um espaço
maior para sua exibição.
"Ele ficava em uma sala pequena, onde não era possível admirá-lo inteiramente", afirmou a diretora do museu.
Feita em ágata, ouro e ônix, adornada com pedras preciosas, a relíquia é
formada por dois cálices, um deles voltado para cima e outro para
baixo.
Historicamente, a peça é conhecida como o cálice da Infanta Doña Urraca, filha de Fernando 1º, rei de León de 1037 a 1065.
Os dois historiadores, a especialista em história medieval Margarita
Torres e historiador de arte José Manuel Ortega del Rio, identificaram a
taça como sendo o Santo Graal em seu livro, Reis do Graal, publicado na
semana passada.
Eles afirmam que dois pergaminhos egípcios
encontrados em 2011 na Universidade de al-Azhar, no Cairo, os colocaram
na pista para a investigação que durou três anos.
Os estudos
teriam levado a dupla a identificar a parte superior do cálice da
princesa, feito em ágata, como o Santo Graal, uma das relíquias mais
procuradas da Cristandade.
O cálice teria sido dado ao rei
Fernando 1º como uma oferta de paz por parte do emir de um reino
muçulmano que estaria em território espanhol, segundo Torres.
Na
Europa, há mais de 200 objetos apontados como sendo o Santo Graal. Os
pesquisadores admitem que essa não é a primeira vez que historiadores
apontam uma taça como sendo a relíquia de Cristo, mas afirmam que, em
seu livro, eles rebatem muitas teorias e comprovam historicamente a
origem do cálice.

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