“A vida de todos nós é uma responsabilidade, e somos culpados, não somente do mal que fazemos, como do bem que deixamos de fazer.”
Elizabeth Leseur. Era esposa de um ateu. Após sua morte, seu marido lendo suas anotações em o "O Diário de Elizabeth Leseur" converteu-se, passando a ser um católico fiel e religioso dominicano. Elizabeth Leseur foi declarada Serva de Deus
[...] Com este título, “A VIDA ESPIRITUAL”, acham-se reunidas algumas das obras mais importantes como pensamento, e mais perfeitas como expressão, que Elisabeth Leseur escreveu. Atuarão talvez, mais decisivamente ainda sobre as almas dos leitores do que as suas obras precedentes, o JORNAL e as CARTAS SOBRE O SOFRIMENTO.
Estou convencido que, no ponto de vista da direção e da formação ascética, terão alcance muito mais considerável. O único laço que liga estas obras é o de serem todas consagradas à vida interior, e, no entanto, constituem elas um conjunto harmonioso, pois que algumas mostram o método de oração meditativa de retiro íntimo no recôndito da consciência no contato com Deus pela oração, método pelo qual Elisabeth pouco a pouco se formou no apostolado muito pessoal e particular que é o seu; enquanto as outras são apenas a própria manifestação desse apostolado. Com efeito a sua vocação foi ser “apostolo”. Ela claramente o discerniu, folgava em prová-lo e por vezes em apregoá-lo; bastará reler o JORNAL e as CARTAS SOBRE O SOFRIMENTO para aí encontrar essa afirmação frequentemente repetida, e no volume atual, no RETIRO MENSAL principalmente, vemo-la de novo formulada, com precisão impressionante. Como compreendia ela o seu apostolado? Eis a resposta a esta pergunta em rápidas citações tiradas do JORNAL: “Sei bem, escreve ela, o que encerra esta palavra apóstolo, todas as obrigações que cria. Primeiro, a obrigação de uma vida interior cada vez mais intensa; mais que nunca buscar na Eucaristia e na oração a modesta serenidade, dar às minhas intenções um fim puramente sobrenatural. Depois, cultivar meu talento, aumentar de um modo profundo e metódico meus conhecimentos em todas as matérias que minha inteligência aprende e estuda com facilidade; nada fazer de modo rápido, superficial; adquirir tanto quanto me for possível, competência nos assuntos que tratar. Transformar, santificar esse trabalho intelectual, dando-lhe uma intenção sobrenatural, cumprindo-o humildemente, sem nenhuma preocupação pessoal, só com sentido nas almas.” E ainda: “Pedir a Deus que me dê, cada vez mais, a ciência das almas. Chegar-me a elas pela inteligência, pelo coração; para isso, fortalecer uma, abrasar o outro. Trabalhar e agir com calma.”
Enfim, mais adiante, pois seria fácil multiplicar estas notas: “Antes de agir tranquilizarmo-nos; banirmos de nossa alma, pelo recolhimento, tudo o que possa perturbá-la ou agitá-la, fortalecermos a vontade pela oração e meditação; depois pormos mãos à obra humilde, viril e alegremente."
Espero poder deste modo demonstrar claramente a caridosa solicitude com a qual Elisabeth, depois de morta, assim como antes, prossegue em seu apostolado [...]
[...] Nosso-Senhor Jesus-Cristo disse: “Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, fica estéril; mas se morrer, dará muitos frutos (1).”
Verificou-se esta palavra ao pé da letra com relação à Elisabeth Leseur.
Enquanto viveu esteve sempre escondida; sua doce e benéfica influência se fez sentir apenas ao pequeno número de íntimos; não teve a alegria de ver voltar a Deus a alma que queria mais que a todas e para a qual oferecia, sem esmorecer, preces e sacrifícios.
Depois de morta, ao contrário, manifestou-se logo a fecundidade de sua vida e de seu apostolado [...] Esta ação há de continuar a exercer-se em proveito das almas que leram este novo volume [...]
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Fonte - alexandriacatolica

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