Com um extenso documento, a Secretaria Geral do Sínodo apresentou na segunda-feira, 7 de julho, a fase de implementação do Sínodo, um guia para dar continuidade ao processo iniciado em 2021 e que culminará, se os prazos forem cumpridos, em uma nova Assembleia eclesial em outubro de 2028. O texto foi aprovado pelo novo Papa Leão XIV, que nos encoraja a continuar a construir uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes, diálogos, sempre aberta ao acolhimento (...) todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do nosso diálogo e do nosso amor.
Omissões Gritantes
É impressionante que, em todo o documento, não haja uma única linha sobre a crise vocacional que assola grande parte da Europa e da América. Não há uma única menção ao colapso da prática sacramental, ao abandono do sacramento da confissão ou ao crescimento da confusão e indiferença doutrinárias. Tampouco a palavra "liturgia" aparece, apesar de a lex orandi — a forma como a Igreja reza — ter sido, em muitos lugares, degradada ao ponto do absurdo.
A Eucaristia, centro da vida cristã, dilui-se numa nebulosa de expressões genéricas como "cultura do encontro" ou "comunhão missionária". Em vez disso, o termo "sinodalidade" é repetido ad nauseam — mais de 200 vezes — apresentado como uma espécie de panaceia eclesial. Segundo o documento, "a sinodalidade é uma dimensão constitutiva da Igreja" e "o caminho sinodal é, de fato, colocar em prática o que o Concílio ensinou".