sábado, 16 de fevereiro de 2013

Dia de São Valentim: o namoro e as relações sexuais pré-maritais (parte II)

Conversamos com dom Jean Lafitte do Conselho Pontifício para a Família
Por Sergio Mora
ROMA, 15 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos a seguir a parte II da entrevista com dom Jean Laffitte, número dois do Pontifício Conselho para a Família e do Pontifício Instituto João Paulo II.
São Valentim é festejado em quase todo o mundo como o dia do amor e da amizade [equivalendo ao dia dos namorados em muitos países, ndr]. Na cidade italiana de Terni, terra do santo, milhares de apaixonados se encontram na festa do padroeiro e juram fidelidade sobre o túmulo de São Valentim, assim como pessoas que celebram bodas de prata e de ouro. Além das promessas de namorados e da troca de presentes entre os amigos, existe nessa data algo de mais profundo.

As relações pré-matrimoniais têm efeitos colaterais pesados...
Dom Laffitte: A convivência pré-matrimonial é apresentada como uma maneira inocente de se conhecerem bem, e isso não é verdade. Quando se casam, descobrem que não têm mais a liberdade que tinham antes. Por outro lado, já tiveram a totalidade do gozo ou da retribuição afetiva da pessoa do sexo oposto. Os estudos demonstram que há menos fertilidade nesses casos, talvez por um fenômeno psicológico, ou relacionado com a idade, ou por ser uma decisão exigente.

Como viver bem a festa de São Valentim?
Dom Laffitte: Ultrapassando o aspecto festivo, deve-se perguntar: o que espero da relação amorosa que vivo? Qual é o verdadeiro desejo de meu coração? E os adultos ou quem acompanha os jovens que vão se casar devem ajudá-los a entender qual deve ser a sua expectativa mais profunda.

Há uma dimensão do amor e da fidelidade que faz parte da natureza humana?
Dom Laffitte: João Paulo II dizia que o maior dos desejos é o de amar e ser amado, e ele se referia à dimensão fundamental da vida. Não existe, por exemplo, nenhum adolescente no mundo que, ao apaixonar-se pela primeira vez, digamos aos 16, 17 anos, não tenha o desejo de que o que está vivendo dure por toda a vida. O desejo de um amor para sempre é totalmente natural ao homem.
Quando ajudamos os jovens a se interrogarem sobre o que querem realmente, eles então se dão conta de que o 'ficar' na discoteca ou na universidade pode ser divertido, mas não sacia o desejo que existe em seu coração.
Leia a parte I da entrevista clicando aqui!

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