Conversamos com dom Jean Lafitte do Conselho Pontifício para a Família
Por Sergio Mora
ROMA, 15 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org)
- Apresentamos a seguir a parte II da entrevista com dom Jean Laffitte,
número dois do Pontifício Conselho para a Família e do Pontifício
Instituto João Paulo II.
São Valentim é festejado em
quase todo o mundo como o dia do amor e da amizade [equivalendo ao dia
dos namorados em muitos países, ndr]. Na cidade italiana de Terni, terra
do santo, milhares de apaixonados se encontram na festa do padroeiro e
juram fidelidade sobre o túmulo de São Valentim, assim como pessoas que
celebram bodas de prata e de ouro. Além das promessas de namorados e da
troca de presentes entre os amigos, existe nessa data algo de mais
profundo.
As relações pré-matrimoniais têm efeitos colaterais pesados...
Dom Laffitte: A convivência pré-matrimonial é
apresentada como uma maneira inocente de se conhecerem bem, e isso não é
verdade. Quando se casam, descobrem que não têm mais a liberdade que
tinham antes. Por outro lado, já tiveram a totalidade do gozo ou da
retribuição afetiva da pessoa do sexo oposto. Os estudos demonstram que
há menos fertilidade nesses casos, talvez por um fenômeno psicológico,
ou relacionado com a idade, ou por ser uma decisão exigente.
Como viver bem a festa de São Valentim?
Dom Laffitte: Ultrapassando o aspecto festivo,
deve-se perguntar: o que espero da relação amorosa que vivo? Qual é o
verdadeiro desejo de meu coração? E os adultos ou quem acompanha os
jovens que vão se casar devem ajudá-los a entender qual deve ser a sua
expectativa mais profunda.
Há uma dimensão do amor e da fidelidade que faz parte da natureza humana?
Dom Laffitte: João Paulo II dizia que o maior dos
desejos é o de amar e ser amado, e ele se referia à dimensão fundamental
da vida. Não existe, por exemplo, nenhum adolescente no mundo que, ao
apaixonar-se pela primeira vez, digamos aos 16, 17 anos, não tenha o
desejo de que o que está vivendo dure por toda a vida. O desejo de um
amor para sempre é totalmente natural ao homem.
Quando ajudamos os jovens a se interrogarem sobre o que querem
realmente, eles então se dão conta de que o 'ficar' na discoteca ou na
universidade pode ser divertido, mas não sacia o desejo que existe em
seu coração.
Leia a parte I da entrevista clicando aqui!
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