Phoenix - Estados Unidos (Segunda-feira, 18-02-2013, Gaudium Press)
A Igreja Católica iniciou no último dia 13 de fevereiro o tempo da
Quaresma, 40 dias de preparação para a celebração do Mistério Pascal da
Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. A Igreja dedica estes dias à
oração, ao jejum e a penitência, como explicou o Bispo de Phoenix,
Estados Unidos, Dom Thomas Olmsted. "Cada vez que tratamos de
penitência, estamos falando da buscada conversão", declarou o prelado em
sua mensagem de Quaresma. Para se aprofundar no sntido destas palavras,
o informativo "The Catholic Sun" contatou uma das religiosas Clarissas
Pobres de Adoração Perpétua do Mosteiro de Nossa Senhora da Soledade, no
deserto do Arizona, que expôs o significado destas práticas quaresmais.
"Necessitamos dar-nos conta do
significado mais profundo", explicou a Irmã Mary Fidelis sobre os
sacrifícios prescritos pela Igreja, como o jejum e a abstinência. "Não é
só para cumprir uma obrigação; a Igreja está nos convidando a entrar em
uma comunhão mais profunda com Cristo". Desde um carisma dedicado à
oração, a contemplação e a penitência permanentes, as religiosas
conhecem a importância destas práticas na vida espiritual.
"Um grande aspecto da penitência é que
nos liberta para estar com Cristo", comentou a Irmã Fidelis, "para
permitir que nossas paixões e apetites sejam subjulgados por Cristo de
forma que possamos realmente estar com Ele, aprender dEle e ser como
Ele". Segundo a religiosa contemplativa, estes sacrifícios são tomados
do exemplo mesmo da vida de Jesus. "É aprender realmente como imitar a
nosso Mestre".
O outro componente da penitência é a
reparação pelos nossos pecados próprios e os pecados do mundo. Em termos
humanos a religiosa afirmou que é como consolar a alguém que foi
latimado e a quem lhe manifestamos nosso afeto para que se sinta querido
e valoroso. "Com Cristo não tentamos fazer-lhe sentir essa segurança,
Ele sabe tudo, mas queremos amá-lo por aqueles que não o amam",
expressou a Irmã Fidelis. Com os sacrifícios e a oração "estamos lhe
dizendo: te amamos e te agradecemos por aqueles que não o fazem".
Para aquelas pessoas que sentem temos
diante da prática das penitências, por considerá-las demasiado exigentes
para as próprias forças, a religiosa de clausura aconselhou a seguir o
exemplo de Santa Teresa de Lisieux, que ensinou a fazer as coisas
pequenas com amor. "Talvez não tenhamos chegado ao ponto de poder deixar
de tomar café por completo", sugeriu a irmã como um exemplo cotidiano,
"mas talvez possamos não colocar açúcar. Desta forma se dão pequenos
passos e se faz com amor".
A Irmã Fidelis sugeriu atos de
penitência cotidianos e simples, como deixar de ver um pouco de
televisão para rezar o Santo Rosário ou ler a Bíblia ou mesmo o
Catecismo. Este tipo de atos foram também recomendados pelo Bispo de
Phoenix: "Jejuem de algo a que estejam acostumados ou que gostam de
fazer e substituam por algo que utilize de uma forma melhor o tempo",
exortou Dom Olmsted.
Esta mesma intenção de fortalecer o
espírito e reparar o mal é a que motiva a prática do jejum, como uma
forma física de disciplinar o corpo para ajudar a alma. "Veja a alguém
que se prepara para correr em uma maratona e como realmente se mortifica
incrementando seu exercício e limitnado sua alimentação", comentou a
Irmã Fidelis. "Eles tem este treinamento e isso tem sentido para o
mundo. Nós devemos ver este tema pensando que somos atletas para
Cristo".
A religiosa descreveu a Quaresma, seus
sacrifícios e orações como um "grande florescimento do amor". Os
pequenos atos de sacrifício dos fiéis são ocasiões para demonstrar a
Deus o amor que lhe tem. "Fazendo por amor, fazendo por Cristo",
concluiu a Irmã Fidelis. "Não tem que ser coisas enormes, mas de acordo
com as nossas forças e o lugar onde estamos no caminho espiritual".
(EPC/GPE)
Com informações do Portal The Catholic Sun.
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