segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Relator do Sínodo da Família: “Todos sabemos que o matrimônio sacramental é indissolúvel”

A celebração eucarística inaugural do Sínodo dos Bispos - See more at: http://www.osservatoreromano.va/pt/news/diante-das-reliquias-dos-conjuges-exemplares#sthash.SrGHbE8P.dpuf
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Imagem referencial. Foto: Grupo ACI

06 Out. 14

ROMA, (ACI/EWTN Noticias).- O Cardeal Peter Erdo, relator geral do Sínodo Extraordinário dedicado aos “Desafios pastorais da família no contexto da Nova Evangelização”, que está sendo celebrado no Vaticano entre os dias 5 e 19 de outubro, recordou que o matrimônio sacramental nunca poderá dissolver-se por vontade dos próprios contraentes.
Com fundamento nos conteúdos do Instrumentum laboris, fruto também das respostas dadas no questionário elaborado pela Secretaria do Sínodo, o Cardeal Erdo afirmou em uma entrevista concedida à revista italiana Rossoporpora e publicada em 2 de outubro que “podemos concluir que a maioria dos católicos do mundo sabe que o matrimônio sacramental é indissolúvel por vontade dos próprios contraentes. Não é uma relação no tempo, não se pode dissolver”.
“Há um grande acordo em relação a isso, não por motivos teológicos abstratos, mas por motivos bíblicos e de Catecismo da Igreja”, acrescentou.
Durante o Sínodo da Família, a tarefa do Cardeal Erdo será moderar e recolher as contribuições que surgirão do debate entre os padres sinodais, para cujo desenvolvimento, convida a “ser fiéis ao método usado durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, com argumentos teológicos grandes e profundos cujos resultados se ofereceram à vida da Igreja”.
“Devemos comunicar-nos com os homens e mulheres de hoje para que os valores do Evangelho não sejam somente aceitos, mas também sejam atrativos, capazes de fazer a nossa vida feliz. Este é o grande desafio”, destacou.
O Cardeal Erdo tem 62 anos, foi Arcebispo de Esztergom-Budapeste e primado da Hungria. Desde 2006 é Presidente da Conferência Episcopal Europeia.
Em referência à polêmica desatada sobre a administração do Sacramento da Comunhão aos divorciados recasados, proposta pelo Cardeal alemão Walter Kasper para o Sínodo, o Cardeal Erdo explicou que “este não é o tema central do debate”.
Na Igreja Católica, as pessoas divorciadas recasadas têm um acesso diferente ao sacramento da comunhão em relação ao resto dos fiéis, pode dar-se somente de modo espiritual. O motivo é que durante o matrimônio os cônjuges fazem um pacto com Deus, e Deus faz um pacto com eles, criando um sacramento indissolúvel, dentro do qual não tem sentido algum uma segunda união.
Nesta linha e segundo os dados obtidos do questionário enviado às conferências episcopais para a elaboração do Instrumentum Laboris do Sínodo em referência a todos os âmbitos da família, o Cardeal Erdo explicou que “na maioria dos países, tais divorciados não pedem nada”.
“Em muitos países, explicou, é muito raro que os divorciados recasados queiram voltar para a comunhão. Muitos divorciados celebraram o seu primeiro matrimônio na Igreja, mas depois não se preocuparam em frequenta-la e, portanto, para eles, a questão da readmissão aos sacramentos não é algo importante, nem lhes supõe um problema. Em algumas regiões inclusive, os divorciados recasados não sabem nem sequer que não podem aproximar-se a certos sacramentos”.
Para o Cardeal Erdo, o debate desatado a respeito deste sacramento e as pessoas em segunda união, encontra sua explicação em “pessoas de 40 anos ou mais que começam a conhecer verdadeiramente a fé, provavelmente através dos amigos”.
“São pessoas batizadas, que celebraram seu primeiro matrimônio na Igreja, e depois, do ponto de vista católico ficaram parados aí. Nunca foram realmente praticantes. Divorciados e recasados, depois de um caminho de aproximação à fé, começam a compreender que a sua situação matrimonial não é compatível com o redescobrimento da fé”, assinalou.
Do ponto de vista pastoral, o cardeal indicou que esta é uma oportunidade para explicar o verdadeiro valor do matrimônio, refletir sobre o passado, e sobre os motivos do desafio matrimonial. “Pode acontecer que, aprofundando em sua história, descubram motivos reconhecidos pela Igreja como elementos potenciais de declaração de nulidade do primeiro matrimônio. Caso isso aconteça, a sucessiva sentença eclesial de nulidade do primeiro matrimônio não será apenas um ato oficial, formal para poder considerar válida a segunda união, mas uma verdadeira e própria libertação psicológica e pastoral”, afirmou.
Para o Cardeal Erdo, o principal inimigo da família é a tendência atual de conviver sem estar casados. Trata-se de “um problema global que estatisticamente é a mais relevante de todas as questões”. “As pessoas já não se casam. Na Hungria, mais de 50 por cento dos casais, de qualquer idade, convive sem forma alguma de instituição, nem religiosa nem civil”.
“O matrimônio e a família não são somente uma realidade espiritual, mas têm uma incidência na sociedade, portanto, querendo ou não, assumem um papel institucional importante”, ressaltou.
Por último, o Cardeal Erdo indicou que a competência do Sínodo será falar do matrimônio no contexto da evangelização, “um tema muito importante, comprovado pela realidade dos fatos”. “Em muitos continentes as famílias se converteram no núcleo operativo paroquial, fazem o trabalho de caridade e o anúncio entre os não crentes”, concluiu.
Fruto dos anos conciliares, o actual Sínodo dos bispos deve-se à coragem clarividente de Paulo VI que o instituiu há meio século, pouco antes da conclusão do Vaticano II. Desde então as assembleias sinodais multiplicaram-se e contribuíram de facto para a maturação daquela colegialidade episcopal designada pelo concílio. Na tradição cristã o caminho sinodal e a colegialidade são contudo muito antigos, nunca foram abandonados, não obstante vicissitudes alternadas, e marcaram profundamente a história da Igreja. - See more at: http://www.osservatoreromano.va/pt/news/o-vinho-bom-da-familia#sthash.p8Mhv2v2.dpuf
Fruto dos anos conciliares, o actual Sínodo dos bispos deve-se à coragem clarividente de Paulo VI que o instituiu há meio século, pouco antes da conclusão do Vaticano II. Desde então as assembleias sinodais multiplicaram-se e contribuíram de facto para a maturação daquela colegialidade episcopal designada pelo concílio. Na tradição cristã o caminho sinodal e a colegialidade são contudo muito antigos, nunca foram abandonados, não obstante vicissitudes alternadas, e marcaram profundamente a história da Igreja.

O Papa Francisco está decidido a prosseguir por este caminho, percorrendo-o mais rapidamente. Assim, foi muito significativa a sua saudação pessoal a cada participante na assembleia sinodal extraordinária sobre a família antes do início dos trabalhos. E ainda mais significativas foram as suas palavras de boas-vindas, com as quais insistiu precisamente sobre «o espírito de colegialidade e de sinodalidade», acrescentando que são «para o bem da Igreja e da família».
Por isso o Pontífice falou do método de escolha de quem se ocupará em maior medida do trabalho sinodal e frisou que para a designação dos presidentes delegados, de nomeação papal, optou por abster-se às indicações do Conselho pós-sinodal, eleito pelos participantes na última assembleia. «Vós levais a voz das Igrejas particulares» disse, e «levá-la-eis em sinodalidade». Mas falando com a máxima franqueza e ouvindo com humildade.
A este convite inequívoco Francisco acrescentou imediatamente uma certeza de igual modo transparente e firme: «E fazei-o com muita tranquilidade e paz, porque o Sínodo realiza-se sempre cum Petro et sub Petro, e a presença do Papa é garantia para todos e guardião da fé». Neste cenário – repetiu depois – é preciso que todos colaborem «para que se afirme com clareza a dinâmica da sinodalidade», iluminados pelo Espírito doado pelo «Senhor Jesus, filho da Sagrada Família de Nazaré».
Da família Francisco já tinha falado na homilia da missa de abertura do sínodo e, com palavras que entraram no coração de muitíssimas pessoas, durante a vigília de oração pelos trabalhos da assembleia. Palavras que nasceram da meditação da Escritura, à imagem da vinha como símbolo do povo de Deus, na profecia de Isaías e nas palavras de Jesus, e na do vinho, fruto da videira e sinal da festa que não terá fim.
Assim, com palavras simples o Papa soube explicar a necessidade profunda do «vinho bom» da família, que habita no coração das mulheres e dos homens de hoje. E por conseguinte também o interesse que suscita em muitos ambientes este longo caminho sinodal, anunciado pelo consistório do passado mês de Fevereiro e que se prolongará até à assembleia ordinária do próximo ano. Com efeito, quanto mais profundas forem as raízes familiares – disse Francisco - «tanto mais na vida é possível sair e ir longe, sem desorientações».
g.m.v
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Fruto dos anos conciliares, o actual Sínodo dos bispos deve-se à coragem clarividente de Paulo VI que o instituiu há meio século, pouco antes da conclusão do Vaticano II. Desde então as assembleias sinodais multiplicaram-se e contribuíram de facto para a maturação daquela colegialidade episcopal designada pelo concílio. Na tradição cristã o caminho sinodal e a colegialidade são contudo muito antigos, nunca foram abandonados, não obstante vicissitudes alternadas, e marcaram profundamente a história da Igreja.

O Papa Francisco está decidido a prosseguir por este caminho, percorrendo-o mais rapidamente. Assim, foi muito significativa a sua saudação pessoal a cada participante na assembleia sinodal extraordinária sobre a família antes do início dos trabalhos. E ainda mais significativas foram as suas palavras de boas-vindas, com as quais insistiu precisamente sobre «o espírito de colegialidade e de sinodalidade», acrescentando que são «para o bem da Igreja e da família».
Por isso o Pontífice falou do método de escolha de quem se ocupará em maior medida do trabalho sinodal e frisou que para a designação dos presidentes delegados, de nomeação papal, optou por abster-se às indicações do Conselho pós-sinodal, eleito pelos participantes na última assembleia. «Vós levais a voz das Igrejas particulares» disse, e «levá-la-eis em sinodalidade». Mas falando com a máxima franqueza e ouvindo com humildade.
A este convite inequívoco Francisco acrescentou imediatamente uma certeza de igual modo transparente e firme: «E fazei-o com muita tranquilidade e paz, porque o Sínodo realiza-se sempre cum Petro et sub Petro, e a presença do Papa é garantia para todos e guardião da fé». Neste cenário – repetiu depois – é preciso que todos colaborem «para que se afirme com clareza a dinâmica da sinodalidade», iluminados pelo Espírito doado pelo «Senhor Jesus, filho da Sagrada Família de Nazaré».
Da família Francisco já tinha falado na homilia da missa de abertura do sínodo e, com palavras que entraram no coração de muitíssimas pessoas, durante a vigília de oração pelos trabalhos da assembleia. Palavras que nasceram da meditação da Escritura, à imagem da vinha como símbolo do povo de Deus, na profecia de Isaías e nas palavras de Jesus, e na do vinho, fruto da videira e sinal da festa que não terá fim.
Assim, com palavras simples o Papa soube explicar a necessidade profunda do «vinho bom» da família, que habita no coração das mulheres e dos homens de hoje. E por conseguinte também o interesse que suscita em muitos ambientes este longo caminho sinodal, anunciado pelo consistório do passado mês de Fevereiro e que se prolongará até à assembleia ordinária do próximo ano. Com efeito, quanto mais profundas forem as raízes familiares – disse Francisco - «tanto mais na vida é possível sair e ir longe, sem desorientações».
g.m.v
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Fruto dos anos conciliares, o actual Sínodo dos bispos deve-se à coragem clarividente de Paulo VI que o instituiu há meio século, pouco antes da conclusão do Vaticano II. Desde então as assembleias sinodais multiplicaram-se e contribuíram de facto para a maturação daquela colegialidade episcopal designada pelo concílio. Na tradição cristã o caminho sinodal e a colegialidade são contudo muito antigos, nunca foram abandonados, não obstante vicissitudes alternadas, e marcaram profundamente a história da Igreja.

O Papa Francisco está decidido a prosseguir por este caminho, percorrendo-o mais rapidamente. Assim, foi muito significativa a sua saudação pessoal a cada participante na assembleia sinodal extraordinária sobre a família antes do início dos trabalhos. E ainda mais significativas foram as suas palavras de boas-vindas, com as quais insistiu precisamente sobre «o espírito de colegialidade e de sinodalidade», acrescentando que são «para o bem da Igreja e da família».
Por isso o Pontífice falou do método de escolha de quem se ocupará em maior medida do trabalho sinodal e frisou que para a designação dos presidentes delegados, de nomeação papal, optou por abster-se às indicações do Conselho pós-sinodal, eleito pelos participantes na última assembleia. «Vós levais a voz das Igrejas particulares» disse, e «levá-la-eis em sinodalidade». Mas falando com a máxima franqueza e ouvindo com humildade.
A este convite inequívoco Francisco acrescentou imediatamente uma certeza de igual modo transparente e firme: «E fazei-o com muita tranquilidade e paz, porque o Sínodo realiza-se sempre cum Petro et sub Petro, e a presença do Papa é garantia para todos e guardião da fé». Neste cenário – repetiu depois – é preciso que todos colaborem «para que se afirme com clareza a dinâmica da sinodalidade», iluminados pelo Espírito doado pelo «Senhor Jesus, filho da Sagrada Família de Nazaré».
Da família Francisco já tinha falado na homilia da missa de abertura do sínodo e, com palavras que entraram no coração de muitíssimas pessoas, durante a vigília de oração pelos trabalhos da assembleia. Palavras que nasceram da meditação da Escritura, à imagem da vinha como símbolo do povo de Deus, na profecia de Isaías e nas palavras de Jesus, e na do vinho, fruto da videira e sinal da festa que não terá fim.
Assim, com palavras simples o Papa soube explicar a necessidade profunda do «vinho bom» da família, que habita no coração das mulheres e dos homens de hoje. E por conseguinte também o interesse que suscita em muitos ambientes este longo caminho sinodal, anunciado pelo consistório do passado mês de Fevereiro e que se prolongará até à assembleia ordinária do próximo ano. Com efeito, quanto mais profundas forem as raízes familiares – disse Francisco - «tanto mais na vida é possível sair e ir longe, sem desorientações».
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