sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Felizes os que foram provados e permaneceram fiéis

Francisco Garía León, jovem de 15 anos martirizado pelos comunistas durante a Guerra Civil Espanhola

 

Por Gabriel Mesquita

 

É comum ouvirmos de católicos (verdadeiros) que é muito difícil viver como católicos e permanecer em estado de graça hoje em dia. Isto é totalmente compreensível. Há algumas décadas atrás, certos pecados eram absolutamente impossíveis de serem cometidos ou pelo menos ainda se tinha alguma (mesmo que pequena dependendo da circunstância) repercussão social negativa para quem agia mal.

Por exemplo, um homem que tinha amante podia ser mal-visto por alguns, mas em geral se tolerava muito essas fraquezas. Contudo, um pai de família ir ainda mais adiante e abandonar a família, causava uma reprovação geral de toda sociedade para com ele. Hoje, até isso é considerado normal, basta se divorciar, dizer que acabou o “amor” e dar uma mínima pensão para os filhos. Outra situação mais comum a todos é que hoje é necessário ter muita determinação para não pecar por olhares impuros, visto que muitas pessoas se vestem indecentemente nas ruas e aparecem imagens impuras nas publicidades em ambientes públicos e também no meio virtual, mesmo que não sejam procuradas.

Infelizmente, inclusive na Igreja, há autoridades que minimizam ou aprovam o pecado e reclamam dos católicos que lutam para viver em virtude. Vemos na Igreja jovens valorosos que enfrentam ridicularização e rejeição dos colegas e, às vezes, de seus parentes, entretanto são repreendidos por autoridades eclesiásticas com alcunhas como rígidos e beatos por tentarem viver conforme a moral católica. Seminaristas e jovens sacerdotes retos que deixaram tudo para servir ao Senhor, não recebem palavras consoladoras de seus superiores, mas de críticas pelas autoridades romanas e, muitas vezes, de seus próprios bispos.

Gostaria, porém, de ressaltar a epístola que se lê nas missas dos confessores:

“Bem-aventurado o homem que foi encontrado sem mancha, que se não deixou atrair pelo ouro, nem pôs sua esperança no dinheiro ou em riquezas. Quem é este, para nós o louvarmos? Porque fez coisas maravilhosas em sua vida. O que assim foi provado e encontrado perfeito, terá uma glória eterna. Pôde transgredir a lei de Deus, e não a transgrediu; pôde praticar o mal e não o fez. Por isso o bem que fez se firmou no Senhor, e toda a assembleia dos Santos falará das suas esmolas.” (Eclo 31, 8-11)

No passado, havia menos provações para ofender ou não a Deus, hoje há mais escolhas, aliás atualmente a pessoa é coagida a todo tempo a transgredir. Portanto, à luz dessa passagem da Escritura, se alguém permanece inteiramente fiel a Nosso Senhor em nosso tempo, o seu mérito será ainda maior. O amor dele foi mais provado e ele com heroísmo nunca o perdeu.

Então, em resumo, temos que aceitar que Deus nos colocou neste tempo e que Ele nos oferece essas provações como oportunidades para crescermos na Caridade, na Santidade. E confiamos que Deus nunca permite provações maiores que não consigamos superar com o auxílio de sua Graça.

Um comentário:

Gabriel Barra Ormond Gomes disse...

Excelente texto de Gabriel Mesquita sobre como permanecer fiel a Nosso Senhor e aos valores perenes da Fé em tempos tão difíceis e contrários a Deus. Salve Maria.

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