quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Quando o novo Prefeito dos Religiosos prega a Teologia da Liberação e a opção preferencial para os pobres…

Apresentamos esta matéria do semanário francês ultraprogressista Golias (destaques do original) que traduz perfeitamente o “espírito” com que o seita liberal infiltrada na Igreja recebeu a nomeação de Dom João Braz de Aviz para Prefeito dos Religiosos.
Ele não lembra em nada a imagem que geralmente se faz dos homens da Cúria. Sorridente, risonho, descontraído, pouco se importando com a elegância afetada dos homens da Cúria Romana, Dom João Braz de Aviz é, aos 64 anos, um arcebispo atípico e que inspira simpatia.
Sua recente nomeação à chefia da Congregação para os Religiosos foi uma surpresa, na medida em que ele não apresenta o perfil de um ratzingueriano.
Ela se deve primeiro às circunstâncias. Com efeito, em consideração da importância proporcional do episcopado brasileiro no seio da instituição católica, parece oportuno que ao menos um chefe de dicastério seja desta origem, como é o caso para a França, Alemanha ou Espanha. Era necessário, portanto, encontrar um novo brasileiro após a aposentadoria do Cardeal Claudio Hummes, um franciscano de 77 anos. Haveria duas outras lideranças brasileiras (pelo menos): o novo cardeal Raymundo Damasceno Assis, 74 anos, arcebispo de Aparecida, e um bispo redentorista que trabalhou na Congregação do Clero, Dom Fernando Guimarães, 65 anos. O primeiro foi considerado demasiado idoso e o segundo muito jovem no ministério episcopal. Jogava a favor de Dom João a sua proximidade com os Focolares e o fato de estar no comando de uma grande diocese, Brasília (capital brasileira).
O surpreendente nesta nomeação foi, no entanto, a orientação de abertura deste prelado pouquíssimo comum na Cúria atual. Ao iniciar suas funções, Dom Braz vem, certamente, semear a perturbação no mundo Cúria com uma primeira declaração na qual faz elogio à…“teologia da liberação” (!). O que faz certos hierarcas do Vaticano pular de suas cadeiras. Numa entrevista concedida ao L’Osservatore Romano, pouco habituado a essas audácias, o arcebispo brasileiro dá, aliás, uma grande martelada ao insistir na “opção preferencial para os pobres”, que se imporia em nome do Evangelho. Tem-se a impressão de ter voltado a uma outra época. O Brasil sempre nos surpreenderá.
Há um precedente relativamente recente: em 2006, mal nomeado Prefeito da Congregação do Clero, o Cardeal Claudio Hummes, que vinha de São Paulo, declarou abertamente que a obrigação do celibato do clero não se tratava de um dogma e que podia, portanto, ser facilmente suspensa. Uma posição já expressa por um teólogo… Joseph Ratzinger, levantada nestes dias pela imprensa alemã, em 1970, citando uma petição em prol do levantamento desta regra desumana.
Em 2011, Bento XVI se recordaria do Joseph Ratzinger de mais de 40 anos atrás?
Dom João o ajudará nesse sentido?
É esperar para ver!
* * *
Em tempo. Por sua vez, assim se expressava o antecessor de Dom João na chefia dos religiosos, Cardeal Franc Rodé: “No século 16, durante a Reforma, muitos religiosos deixaram a Igreja e muitos conventos foram fechados, mas isso era geograficamente limitado mais ou menos ao norte da Europa”. “Na Revolução Francesa, houve outra catástrofe, mas era limitada à França. A crise posterior ao Concílio Vaticano Segundo, entretanto, foi a primeira crise verdadeiramente global”. “Pagamos um preço verdadeiramente alto devido a uma mentalidade secularizada, mundana”. Eficientíssimo lobby, esquerdistas!

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...