[blogdafamiliacatolica]
Paulo Roberto Campos
prccampos@terra.com.br
No primeiro dia de novembro comemoram-se Todos os Santos
— todos homens e mulheres que morreram, se salvaram e cujas almas estão
no Céu na felicidade eterna. Conforme o Apóstolo São Paulo: “Se morremos com Cristo, temos fé de que também viveremos com Ele” (Rom. 6,8).
O segundo dia deste mês é dedicado aos fiéis defuntos, ou Dia de Finados.
Com o desvelo de Mãe, a Igreja, depois de festejar a glória de todos
que se encontram no Céu, volta seu olhar misericordioso para as almas
que estão sofrendo no Purgatório (lugar de purificação).

Como filhos de Deus,
devemos procurar aliviar as penas, e mesmo obter de nosso Divino
Redentor o livramento das almas que padecem no Purgatório, especialmente
as de nossos mais próximos, parentes, amigos. Como aliviar seus
padecimentos? — Rezando e sofrendo por elas, pedindo a intercessão de
Maria Santíssima para que leve as almas dos fiéis defuntos o quanto
antes para a glória da bem-aventurança eterna.
Nessa intenção, devemos rezar todos os dias do ano, mas de modo particular no Dia de Finados.
Daí o costume de em 2 de novembro visitar os cemitérios e rezar junto à
sepultura de nossos entes queridos. Os que o fizerem de 1º a 8 de
novembro podem ganhar uma indulgência plenária, nas condições
estabelecidas pela Santa Igreja.
Infelizmente, em nossos
tempos, procura-se desviar a atenção de assuntos relacionados com a
morte. Entretanto, quem de nós sabe se viverá até amanhã? A cada passo a
morte roça em nós — é um parente, um amigo, um vizinho que é chamado ao
Tribunal de Deus —, mas procuramos não pensar nesse tema tão sério,
como se não nos dissesse respeito. Essa não é uma atitude cristã. “Como? Morreu?”, fingimos surpresa. “Como se pudesse
causar surpresa a morte de um mortal” (Bossuet, Le sermon sur la mort).

Contou-me
um Amigo, que, há uns dez anos, num posto de gasolina, na auto-estrada A-4, que
liga Paris à Alemanha, uma jovem mãe hesitava em receber como brinde de um dos
empregados um monstro cadavérico, típico de Halloween. O casal de filhos, a
quem se destinava o “brinde”, dependurando-se na barra de sua saia, tal
náufragos amedrontados pela morte: “Não, mãe. O Natal já vai chegar. Já temos o
Menino Jesus”, disse o menino. “E os boizinhos e o burrico. E também os anjos”,
acrescentou a menina.
Enquanto o Halloween e a Marcha dos Zumbis
nos impelem para as coisas cadavéricas, para o horrendo próprio ao
Inferno e seus precitos e demônios, as celebrações nos dias de Todos os Santos e de Finados elevam nossos olhos para o Céu e seus Anjos e Santos.
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