O
que eu entendo por ecumenismo é a união de todos os cristãos, repito, todos os
cristãos, e isto a Igreja Católica Apostólica Romana vem fazendo muito bem na
pessoa do Papa Bento VXI.
Segundo
a enciclopédia livre Wikipédia a
palavra ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra
grega οἰκουμένη (oikouméne), designando "toda a
terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os
esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da
unidade entre as religiões.
O Dicionário Aurélio define ecumenismo como
movimento que visa à unificação das igrejas cristãs (católica, ortodoxa e protestante).
A definição eclesiástica, mais abrangente, diz que é a aproximação, a
cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs.
Do
ponto de vista do Cristianismo, pode-se dizer que o ecumenismo é um
movimento entre diversas denominações cristãs na busca do diálogo e cooperação
comum, buscando superar as divergências históricas e culturais, a partir de uma
reconciliação cristã que aceite a diversidade entre as igrejas.
Segundo a Igreja Evangélica Luterana do
Brasil, o termo ecumênico quer representar que a Igreja de Cristo vai além
das diferenças geográficas, culturais e políticas entre diversas igrejas.
Nos ambientes cristãos, a relação com outras religiões costuma-se denominar diálogo inter-religioso. Este artigo foi
desenvolvido na perspectiva do ecumenismo como a busca de unidade entre igrejas
cristã.
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[Unisinos]
24/9/2011
Bento XVI prestou
homenagem nesta sexta-feira a Martinho Lutero, sublinhando a sua
"paixão profunda" pela "questão de Deus", um gesto
simbólico para com os protestantes na cidade de Erfurt (leste da Alemanha), onde
surgiu a Reforma.
A reportagem
é de Jesús Bastante, publicada no sítio Religión Digital,
23-09-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"O que
não lhe dava paz (a Lutero) era a questão sobre Deus, que foi a paixão
profunda e o impulso da sua vida e de todo o seu caminho. (...) O pensamento de
Lutero, toda a sua espiritualidade era totalmente focada em Cristo",
declarou o papa, em um discurso pronunciado a portas fechadas no convento dos agostinianos,
onde o pensador da Reforma viveu seis anos.
Bento XVI se reuniu nesta sexta-feira com 15 representantes do Conselho da
Igreja Evangélica Alemã, a quem ele lembrou que "o mais necessário
para o ecumenismo" é que católicos e protestantes se ajudem mutuamente a
acreditar, que não percam "o que têm em comum" e não cedam à
"pressão da secularização".
Nesse
sentido, o papa recordou que "foi o erro da idade confessional ter visto,
acima de tudo, apenas aquilo que separa" e não ter percebido "de modo
existencial aquilo que temos em comum", como as "grandes diretrizes
da Sagrada Escritura e as profissões de fé do cristianismo antigo".
Segundo
explicou o pontífice, no testemunho "comum do Deus de Jesus Cristo neste
mundo", os cristãos reconhecem "esta comunhão como fundamento
imperecível", embora tenha advertido que, "infelizmente, o risco de
perdê-la não é irreal" e que, por isso, católicos e protestantes
"devem se ajudar mutuamente a acreditar cada vez mais viva e profundamente".
Além disso, Bento
XVI advertiu que "a ausência de Deus" na sociedade "é cada
vez mais pesada" e sublinhou que "a história da sua revelação"
parece "relegada a um passado que se afasta cada vez mais".
"É
necessário, talvez, ceder à pressão da secularização, tornar-se modernos mediante
uma diluição da fé?", questionou-se o pontífice, destacando que,
"naturalmente, a fé deve ser repensada e sobretudo revivida hoje", de
modo "novo", para que se converta em algo "que pertence ao
presente".
No entanto,
o pontífice lembrou que "não são as táticas", que "salvarão o
cristianismo", mas sim uma fé "pensada e vivida de um modo novo, de
modo que Cristo entre no mundo".
Durante o
encontro, que ocorreu no Convento de Santo Agostinho, onde o fundador da
Igreja Protestante, Martinho Lutero, iniciou o seu caminho
teológico, se pronunciou uma bispa da Igreja Evangélica da Alemanha Central,
Ilsa Junkermann, que destacou que esse encontro é "historicamente
significativo" e pediu que católicos e protestantes encontrem
"comunhão no diálogo recíproco e na Palavra de Deus".
Além disso,
o presidente do Conselho da Igreja Evangélica Alemã, Nikolaus
Schneider, lembrou que Lutero é "a chave que une ambas as
Igrejas" e convidou "todos os cristãos" a se alegrar
"conosco" pelo fato de que Deus "doou a todas as Igrejas uma
teologia forte em um tempo de grande insegurança".
De sua
parte, Bento XVI reconheceu sentir-se "emocionado" ao celebrar
o encontro, precisamente "neste lugar histórico". O papa enfatizou
que o que tirava a paz de Lutero "era a questão de Deus, que foi a paixão
profunda e o impulso de sua vida e de seu caminho". Conforme explicado
pelo pontífice, a grande pergunta de Lutero era "como ter um Deus
misericordioso", que se encontra "em toda a sua pesquisa teológica e
em toda a sua luta interior".
Assim, o
pontífice sublinhou que poucos "se ocupam atualmente dessa questão" e
lamentou que "a maior parte das pessoas, mesmo cristãos, dão por certo
hoje que Deus não se interessa pelos nossos pecados e pelas nossas
virtudes".
No entanto,
o papa lembrou que o mal "não é uma inépcia" e destacou que ele
"não seria tão poderoso" se os cristãos colocassem Deus
"realmente no centro da nossa vida".
Além disso,
o pontífice destacou que Deus "é algo diferente de uma hipótese filosófica
sobre a origem do cosmos", mas sim um Deus que "tem um rosto e nos
falou, é Jesus Cristo feito homem".
Nesse
sentido, o pontífice recordou que, para Lutero, o "critério"
para interpretar as Sagradas Escrituras era "o que conduz à causa de
Cristo" e pediu que os cristãos coloquem Jesus no "centro da sua
espiritualidade" para que ele "oriente as suas vidas".
De fato, o
papa lembrou que os mártires "da época nazista aproximaram
mutuamente" ambas as Igrejas e destacou que a fé "é a força ecumênica
mais forte" em um mundo "secularizado".
Depois desse
encontro, o papa e o presidente do Conselho da Igreja Evangélica Alemã,
o pastor Nikolaus Schneider, entraram juntos na capela do Convento
de Santo Agostinho para presidir uma celebração ecumênica.
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