16 de janeiro 2014
O Vaticano foi publicamente
confrontado nesta quinta-feira, pela primeira vez, a respeito de abusos
sexuais de crianças por sacerdotes, em uma audiência da ONU em Genebra.
Autoridades da Santa Sé ouviram perguntas duras e
diretas - por exemplo, por que não liberam todas as informações que têm
a respeito, e o que estão fazendo para prevenir abusos futuros.
O acerbispo Silvano Tomasi, enviado
do Vaticano à ONU, disse que tais crimes "jamais poderiam ser
justificados", que todas as crianças devem ser "invioláveis" e que
"prevenir abusos é uma preocupação real e imediata".
Em homília também nesta quinta, o papa Francisco declarou que escândalos de abusos são "a vergonha da Igreja".
"Há tantos escândalos que não quero nomeá-los individualmente, mas todos os conhecem", disse.
'Segredos'
O Vaticano havia recusado, anteriormente, um
pedido do Comitê da ONU pelos Direitos das Crianças (CRC, na sigla em
inglês) por arquivos relacionados às denúncias; a Santa Sé também foi
acusada de responder de forma inadequada a alegações de abusos.
Em Genebra, a integrante do CRC, Sara Oviedo,
afirmou que "a Santa Sé não estabeleceu nenhum mecanismo para investigar
os acusados de abusos sexuais, nem para processá-los judicialmente".
Abusos sexuais na Igreja Católica
Alemanha: um padre,
identificado apenas como Andreas L, admitiu em 2012 culpa em 280
acusações de abuso sexual envolvendo três meninos, ao longo de uma
década
EUA: Revelações de abusos nos anos 1990, por dois padres de Boston - Paul Shanley e John Geoghan - causaram ultraje
Bélgica: O bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, renunciou em abril de 2010 após admitir ter abusado sexualmente de um menino, durante anos
Itália: A Igreja admitiu, em 2010, que cerca de cem casos de padres pedófilos haviam sido relatados ao longo de dez anos
Irlanda: Um relatório de 2009 descobriu que abusos psicológicos e sexuais eram "endêmicos" em escolas e orfanatos sob comando da Igreja, durante boa parte do século 20
EUA: Revelações de abusos nos anos 1990, por dois padres de Boston - Paul Shanley e John Geoghan - causaram ultraje
Bélgica: O bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, renunciou em abril de 2010 após admitir ter abusado sexualmente de um menino, durante anos
Itália: A Igreja admitiu, em 2010, que cerca de cem casos de padres pedófilos haviam sido relatados ao longo de dez anos
Irlanda: Um relatório de 2009 descobriu que abusos psicológicos e sexuais eram "endêmicos" em escolas e orfanatos sob comando da Igreja, durante boa parte do século 20
Mas vítimas dizem esperar que a audiência, transmitida ao vivo nesta quinta-feira, forçará a Igreja Católica a abrir "segredos".
No mês passado, o papa Francisco anunciou a criação de uma comissão de combate ao abuso sexual de crianças por sacerdotes.
A Santa Sé é signatária da Convenção da ONU
sobre os Direitos das Crianças, documento de valor legal. Mas, após
submeter relatório inicial à convenção, em 1994, o Vaticano não prestou
contas a respeito até 2012 - quando já estava fortemente abalado por
denúncias de pedofilia em diversos países.
Integrantes do CRC questionaram o fato de a
Igreja ter transferido padres suspeitos de abusos, bem como alegações de
que alguns casos foram encobertos.
Outro questionamento diz respeito à visão de que os abusos seriam uma ofensa moral, e não um crime.
"Será que a Santa Sé acredita que a pedofilia é
algo que possa ser superado?", questionou o CRC. "A melhor maneira de
prevenir novas ofensas é revelando as antigas", prosseguiram os
representantes da ONU.
'Cidadãos, não funcionários'
Tomasi disse que é importante notar que os
padres "não são funcionários públicos do Vaticano, mas cidadãos de seus
países e submetidos às leis de seus próprios países".
Agregou que nenhuma profissão está imune à
presença de agressores sexuais, mas admitiu que esse comportamento é
especialmente "sério" em sacerdotes, "já que essas pessoas ocupam cargos
de grande confiança e são chamados a proteger todos os elementos da
pessoa humana, incluindo sua saúde física, emocional e espiritual".
O bispo Charles Scicluna, ex-promotor-chefe do
Vaticano para casos de abusos, insistiu que "não era política da Santa
Sé estimular acobertamento (de casos)".
Mas, acrescentou, "a Santa Sé entende que há coisas que precisam mudar".
Ao mesmo tempo, observadores do encontro se queixaram da falta de respostas específicas por parte da Igreja.
"Quando vocês tornarão públicas suas estatísticas (sobre abusos)?", questionou, via Twitter, a ONG de proteção a crianças CRIN.
Barbara Blaine, presidente de um grupo que
representa americanos abusados por padres, disse à BBC que a audiência
desta quinta-feira trouxe "esperança a vítimas ao redor do mundo".
Mas, acrescentou, "também mostrou como
representantes da Igreja se recusaram a responder perguntas; como alegam
ser abertos e transparentes, mas não cumprem" o que pregam.
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jbpsverdade: Desde que tomei conhecimento desta noticia, me vem à mente a seguinte passagem bíblica: (Recurso a tribunais pagãos) - Quando algum de vós tem litígio contra outro, como é que se atreve a pedir justiça perante os injustos, em vez de recorrer aos (irmãos) santos? Não sabeis que os santos julgarão o mundo? E, se o mundo há de ser julgado por vós, seríeis indignos de julgar os processos de mínima importância? Não sabeis que julgaremos os anjos? Quanto mais as pequenas questões desta vida! No entanto, quando tendes contendas desse gênero, escolheis para juízes pessoas cuja opinião é tida em nada pela Igreja. Digo-o para confusão vossa. Será possível que não há entre vós um homem sábio, nem um sequer que possa julgar entre seus irmãos? Mas um irmão litiga com outro irmão, e isso diante de infiéis! Na verdade, já é um mal para vós o fato de terdes processos uns contra os outros. Por que não preferis sofrer injustiça? Por que não preferis ser espoliados? Não! Vós é que fazeis injustiça, vós é que espoliais - e isso entre irmãos! (I Cor 6, 1-8), como sabemos, a ONU é a favor do aborto, do "casamento" de pessoas do mesmo sexo. Quando a Índia proibiu o casamento gay, ela (ONU), chegou a dizer que a India estava sendo contra os direito humanos. Como membro do Corpo de Cristo, me sinto no direito de opinar sobre isto, sei que muitos não concordam, mas sou filho de Deus e como tal tenho o dever também de opinar. Com toda a certeza, isto não irá consertar o erro do passado, a mídia quer é isto, poder colocar o Vaticano, ou melhor, a Igreja Católica na "berlinda", sendo o centro das atenções. Lembremos das Palavras de Jesus "O meu Reino não é deste mundo!"
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