fevereiro 6, 2014
Tratamento diferente – bem diferente,
diga-se de passagem – foi dado à atriz Cláudia Jimenez quando terminou o
relacionamento de 10 anos com a sua personal Trainner e sócia,Stella
Torreão , e se declarou ex-lésbica numa entrevista ao jornal Folha de
São Paulo. “Não tinha sensualidade, era muito mais gorda do que
sou hoje. Não tinha forma nem vaidade. Achava que não tinha cacife para
seduzir um homem. Como tinha de ser amada, me joguei nas mulheres”, disse.
As declarações da atriz, que não associa
homossexualidade a algo inato à pessoa e sim como comportamento que
pode ser superado, deixou a militância LGBT do país em polvorosa. O site Parada Lésbica classificou a atitude de Claudia como um “desserviço homofóbico” e ainda chamou a atriz de “medíocre”.
Em outra oportunidade Claudia contou
outro trauma de infância que a fez se afastar dos homens, um abuso que
sofrera aos 7 anos. “Sofri abuso quando era menina e morava na Tijuca.
Um senhor me bolinava. Ele comprava muitos chocolates e me convidava
para entrar na casa dele. [Quando revelei essa história aos 18
anos] foi um choque para todo mundo. O fato de esse cara ter feito isso
comigo atrasou muito o meu lado. Graças a Deus, ele já morreu” contou ao UOL.
Depois do convívio de 10 anos com Stela,
Claudia passou a se relacionar com homens. Os veículos de comunicação
que publicaram matéria sobre o assunto foram contidos, não fizeram
alardes e não manchetearam a decisão da atriz de deixar o lesbianismo, justamente o contrário do que fizeram com a cantora Daniela Mercury.
Claudia deixou claro que sua opção pelo
lesbianismo se deveu a diversos fatores externos como trauma de
infância, rejeição e carência afetiva. Hanna Korich, uma das
sócias fundadoras da Editora Malagueta, editora dedicada à literatura
lésbica, também alfinetou Claudia rotulando as declarações da comediante
de “homofobia internalizada”.
Patrulha LGBT
A militância LGBT na busca pela
liberdade acaba oprimindo muitas das pessoas com comportamento
homossexual. A tolerância se torna intolerância. A cantora Adriana
Calcanhoto desabafou à revista Época sobre a ação da patrulha LGBT, logo
quando Daniela Mercury se assumiu lésbica: “Se Daniela ficou feliz de
falar e, se falando, ajudou a causa, eu acho válido. Só não gosto da patrulha para que você precise sair do armário, isso segmenta. Eu não gosto de expor minha vida privada por temperamento”.
Walcyr Carrasco também criticou a
atuação dos militantes dos movimentos pró-homossexualismo.
“Recentemente, declarei que sou bissexual. Fui apedrejado por homossexuais, segundo os quais deveria ter me declarado gay.
Respondi: tive relacionamentos com várias mulheres na minha vida, a
quem amei. Seria um desrespeito a elas dizer que tudo foi uma mentira”,
escreveu em artigo que assina para a Revista Época.
Que outros sigam o exemplo de Claudia. Há saída para o comportamento homossexual.
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