Do blog juliosevero
07 Feb 2014
Julio Severo
É
notório que há abundante impunidade no Brasil. Tal impunidade é
epidêmica em todos os setores da sociedade, inclusive entre os líderes
políticos. Até assassinos são beneficiados. De acordo com o artigo 104
do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): “São penalmente
inimputáveis os menores de dezoito anos”, isto é, menores estupradores e
assassinos têm direito assegurado pelo ECA de nenhuma punição justa
sofrerem das leis por seus atos criminosos. Assim, o ECA é praticamente
carta branca para um assassino ou estuprador de menor agir conforme bem
quiser, sem receber as devidas consequências por seus crimes.
3° - Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
§
4° - Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o
adolescente deverá ser liberado, colocado fim regime de semiliberdade ou
de liberdade assistida.
§ 5° - A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
Pelo
ECA (que nada tem a ver com as leis da natureza e de Deus), um
assassino que mata uma ou mais pessoas inocentes não precisa passar a
vida inteira na cadeia — se tiver a “sorte” de ser um menor delinquente.
Aliás, nesse caso ele nem mesmo precisa ir para a cadeia! Ele será
simplesmente mandado a uma instituição de reabilitação de menores
infratores, onde permanecerá com outros delinquentes para aperfeiçoar os
diabólicos ofícios aprendidos na rua.
Ao
completar vinte e um anos, o ECA lhe garante a volta ao lar e à
sociedade, com plena impunidade. A volta ao lar é sempre uma ideia
agradável. Mas os lares de hoje enfrentam muitos problemas e
encontram-se muitas vezes sem meios para lidar adequadamente até mesmo
com filhos desobedientes — muito mais então com filhos estupradores e
assassinos.
O
problema maior é que, por mais boa vontade que tenham, nem a família
nem o Estado têm a capacidade de recuperar indivíduos perdidos em
comportamentos criminosos.
É
claro que o Estado, e os candidatos aos postos de liderança do Estado,
sempre prometem muitas transformações, milagres e prodígios. Mas não
podem cumprir nem metade do que dizem. Nunca.
No
meio de tantas promessas do Estado e dos políticos, as promessas da
Bíblia parecem se perder no turbilhão de palavras atraentes e enganosas
que inundam os ouvidos da sociedade.
A
diferença é que no caso de Jesus Cristo que a Bíblia apresenta, os
prodígios, milagres e transformações realmente acontecem. Um estuprador
ou assassino, de qualquer idade, pode ser transformado pelo poder que há
no sangue de Jesus Cristo. Não existe outro caminho para quem deseja
mudança real. É claro que a maioria rejeita essa transformação que Deus
oferece. É por isso que apenas poucos estupradores, assassinos e outros
criminosos — de qualquer idade — têm a experiência de uma transformação
genuína.
O
Estado transforma? Os políticos transformam? Basta ver os frutos na
sociedade, que se encontra sob a responsabilidade deles. Os crimes não
só estão aumentando, mas nenhum programa governamental de reabilitação
possui indicação positiva de que a maioria dos criminosos que são
encarcerados saem mais tarde cidadãos honestos e trabalhadores. É o
contrário. Muitos até usam seu tempo de prisão para planejar crimes
maiores. Em termos estritamente humanos, há pouquíssima esperança.
Enquanto
isso, a sociedade paga duplamente: é forçada a sustentar todos os tipos
de criminosos, de todas as idades, e quando os criminosos cumprem a
pena ou são postos em liberdade, é a sociedade que sente na pele se os
programa de reabilitação do governo funcionam ou não. É por isso que
quando se trata da defesa dos criminosos, os grupos de direitos humanos
não apelam para a população, que sofre tudo nas mãos dos criminosos, até
mesmo uma pena de morte sem limites, cruel e 100% injusta. Esses grupos
apelam para o Estado e a imprensa liberal aliada do Estado, cuja
ocupação é forçar sobre a população políticas de direitos humanos que
defendem os bandidos e deixam a sociedade com reduzida proteção. Assim, o
povo fica espremido bem no meio: é forçado a engolir goela abaixo tais
políticas e ainda por cima sustentar os criminosos na cadeia — além de
ser forçado a submeter seu salário e até a vida a eles quando não estão
na cadeia.
Fora
dos vastos problemas que essas “soluções” representam, há outra
alternativa? Sim. O Estado deve voltar a se dedicar exclusivamente ao
seu papel de castigador do mal, e deixar exclusivamente para as famílias
e para as igrejas a questão da reabilitação dos criminosos.
Criminosos, seja de que idade forem, merecem castigo penal pesado e proporcional. Aliás, a própria Bíblia ensina que os pais tementes a Deus precisam utilizar a correção, com o uso da vara, o mais cedo possível (veja Provérbios 13:24).
Essa disciplina tem como meta corrigir mau comportamento. Esse mau
comportamento abrange desobediência, teimosia, palavrões, mentiras e
outras atitudes desrespeitosas. Por isso, a vara é o instrumento
recomendado por Deus para evitar que o mau comportamento dos filhos se
torne mais tarde comportamento criminoso.
Agora,
assassinato, estupro e violência é um assunto bem diferente de mau
comportamento infantil. Quem estupra ou mata, seja de que idade for, não
tem problema de mero mau comportamento. Assim, a vara não é para esses
casos. É exatamente nessas situações que deveria entrar o Estado, para
cumprir não a função de reabilitador — que nunca consegue cumprir. O
papel da família é educar, corrigir e disciplinar seus filhos em
situações de mau comportamento. O papel do Estado é castigar os criminosos em situações de estupro, assassinato e roubo.
Mas não com o tipo de “castigo” que vem sendo dado — que o Estado e a
imprensa imaginam ser castigo. Aliás, o que o Estado chama de castigo
está muito longe de ser castigo, e essa é a principal razão por que a
sociedade vê o crime aumentando: Não há medidas eficazes para tratar os
criminosos na proporção exata do que seus atos merecem.
Para
quem deseja verdadeira reabilitação, recomenda-se ler os Evangelhos,
com o coração bem aberto para Aquele que pode e realmente cumpre todas
as promessas de transformação e milagres que há na Palavra de Deus. Há
esperança, em Jesus Cristo, para todos, sejam criminosos ou não.
Para
o Estado, para os políticos e para os que querem entender qual deve ser
a função do Estado diante do crime, recomenda-se também ler a Bíblia. À
primeira vista, pode não parecer uma solução fácil, mas quando
implementadas na sociedade, as orientações penais da Bíblia podem livrar
a sociedade dos criminosos e de um Estado confuso que os protege em
nome de estranhos e perversos direitos humanos.
O
conceito moderno de direitos humanos representa ameaça para a
sociedade, por sua capacidade de não só defender assassinos, mas também
de ser usado para defender a interrupção da gravidez (aborto médico), o
homossexualismo e a eutanásia. Os verdadeiros direitos humanos,
enraizados no conceito cristão de respeito à vida humana inocente, não
representam ameaça para ninguém, a não ser para quem não quer sair do
crime.
Quanto
à ideia do ECA de retornar para suas famílias e para a sociedade
assassinos e estupradores ao completarem vinte e um anos, seria melhor, o
quanto antes, o Brasil mudar de leis — ou então os brasileiros mudarem
de país. Na verdade, a ideias do ECA fortalece a impunidade para
qualquer crime cometido por menores, em rumo totalmente oposto ao que
declara a Palavra de Deus, que aconselha disciplina física nos filhos desobedientes o mais cedo possível. Para os filhos criminosos, a Palavra de Deus recomenda muito mais do que a vara: ordena castigo penal.
Embora
a Palavra de Deus tenha suprema autoridade sobre todas as pessoas em
todas as épocas, é o ECA que age com autoridade, impondo a impunidade em
benefício do criminoso de menor. É um contraste assustador. A imposição
do ECA não reabilita nem ajuda os menores criminosos e a sociedade. No
entanto, as recomendações de criação de filhos do livro de Provérbios
podem livrar a sociedade e as famílias dos menores experientes nos
maiores crimes que as liberdades do ECA e outras leis permissivas ajudam
a cultivar.
Com
as orientações punitivas — e oportunidade de transformação pessoal — da
Palavra de Deus implementadas na sociedade, o ECA será desnecessário.
Contudo, com o ECA em ação, todos precisarão de Deus mais do que nunca,
para se protegerem de criminosos de pouca idade — mas grande maldade — e
para se protegerem de todos os estragos que o ECA vem provocando na
sociedade e na família.
A
concessão de direitos humanos aos criminosos é feita à expensas da
população, que é impiedosamente sacrificada de todas as maneiras
possíveis para sustentar esses direitos anormais, enquanto, ao mesmo
tempo, é obrigada a ver a redução gradativa e sistemática dos direitos
humanos dos inocentes.
É
preciso acordar para a realidade, que é apenas uma. Criança que é
criança brinca, estuda e aprende. Adolescente que é adolescente estuda,
cumpre deveres, se diverte e aprende. Contudo, quem mata, estupra e
comete outras violências é criminoso — seja de que idade for.
A
sociedade está cansada de sofrer nas mãos de criminosos e experimentos
políticos que favorecem os criminosos e sobrecarregam o cidadão
trabalhador honesto com a responsabilidade forçada de sustentar aqueles
que o Estado pensa poder reabilitar.
Se
o Estado secular de fato respeita a separação de igreja e Estado, deve
então parar de bancar o papel de um Jesus reabilitador. Assim, terá mais
tempo para fazer o que não está fazendo: cumprir seu papel legítimo de
castigar o mal na proporção merecida dos atos dos infratores — seja qual
for a idade dos assassinos, estupradores e outros criminosos.
Para
que possa se ocupar inteiramente na sua responsabilidade de segurança
da sociedade, o Estado precisa atacar fortemente os crimes reais —
estupros, assassinatos, roubos, etc. — e parar de se envolver em
perseguição de pessoas envolvidas em crimes imaginários
— cujo único “crime” (assim pensa o Estado) é não viver conforme dita a
cartilha politicamente correta: “homofobia,” etc. Assim, enquanto
criminosos reais são beneficiados com impunidade por crimes violentos,
pessoas inocentes são vitimadas e condenadas por atos éticos que um
confuso Estado interpreta como “crimes”. No entanto, quer o Estado
aceite ou não, oposição ao homossexualismo, ao aborto e a outros males
não é crime.
Desperdiçar
o tempo, as energias e os recursos da sociedade no combate a crimes
imaginários apenas demonstra que falta clareza ética ao Estado e deixa
evidente o motivo por que o Estado se vê impotente diante de todos os
tipos de crimes reais cometidos por indivíduos de todas as idades.
Só
a justiça verdadeira que vem da Palavra de Deus pode dar equilíbrio
para o Estado discernir e lidar com o que de fato é crime ou não.
Deus
deixa para o governo a responsabilidade de castigar e punir os crimes
com essa justiça verdadeira. Que o governo seja educado e retribua essa
gentileza divina deixando para o Senhor Jesus Cristo a área da
reabilitação.
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