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'A oração muda o nosso coração. Faz-nos entender melhor como é o nosso Deus'.
"A oração muda o nosso coração. Faz-nos entender melhor como
é o nosso Deus." Aqui, somos conduzidos ao coração da experiência da
oração, que é luta, relação, trabalho do coração na escuta da Palavra de
Deus.
A reflexão é do teólogo leigo italiano Christian Albini, coordenador do Centro de Espiritualidade da diocese de Crema, na Itália, e sócio-fundador da Associação Viandanti.
A reflexão é do teólogo leigo italiano Christian Albini, coordenador do Centro de Espiritualidade da diocese de Crema, na Itália, e sócio-fundador da Associação Viandanti.
Eis o texto:
Rezar não é dizer orações, não é recitar fórmulas. A homilia do Papa
Francisco dessa quinta-feira, 3 de abril, é extraordinária, porque é um
pequeno tratado espiritual sobre a oração à luz da Palavra de Deus.
O diálogo de Moisés com Deus no Monte Sinai esteve no centro da homilia
do papa. Deus quer punir o seu povo porque se fez um ídolo, o bezerro de
ouro. Moisés reza com força ao Senhor para que repense: "Essa oração é
uma verdadeira luta com Deus. Uma luta do líder do povo para salvar o
seu povo, que é o povo de Deus. E Moisés fala livremente diante do
Senhor e nos ensina como rezar, sem medo, livremente, até mesmo com
insistência. Moisés insiste. É corajoso. A oração deve ser também um
negociar com Deus, trazendo "argumentações", explica o Papa Francisco.
No fim, Moisés convence Deus, e a leitura diz que "o Senhor se
arrependeu do mal que tinha ameaçado fazer ao seu povo". "Mas –
pergunta-se o papa – o que mudou aqui? O Senhor mudou? Acho que não."
"O que mudou foi Moisés, porque Moisés acreditava que o Senhor faria
isto: acreditava que o Senhor destruiria o povo, e ele busca, na sua
memória, como o Senhor tinha sido bom com o seu povo, como o tinha
tirado da escravidão no Egito e levado adiante com uma promessa. E, com
essas argumentações, busca convencer a Deus, mas, nesse processo, ele
reencontra a memória do seu povo e encontra a misericórdia de Deus. Esse
Moisés, que tinha medo, medo de que Deus fizesse tal coisa, no fim,
desce do monte com uma coisa grande no coração: o nosso Deus é
misericordioso. Sabe perdoar. Volta atrás nas suas decisões. É um Pai."
"Tudo isso Moisés sabia, mas o sabia mais ou menos obscuramente e, na
oração, o reencontra. É isso que a oração faz em nós: muda-nos o
coração", observa o Papa Francisco.
"A oração muda o nosso coração. Faz-nos entender melhor como é o nosso Deus."Aqui, somos conduzidos ao coração da experiência da oração, que é luta,
relação, trabalho do coração na escuta da Palavra de Deus.
Sperare per Tutti, 03-04-2014
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