22 Ago. 15
REDAÇÃO CENTRAL, (ACI).-
Um
bispo francês condenou energicamente o último ataque realizado no
início deste mês no cemitério de Labry – localizado na região da Lorena
no nordeste da França –, especificamente contra os símbolos cristãos em
40 tumbas.
Estes tipos de ataques começaram a acontecer, cada vez com mais frequência, desde ano passado.
A respeito, as autoridades do cemitério divulgaram um comunicado oficial
no qual recordam que Dom Jean-Louis Papin, Bispo de Nancy e Toul,
explicou que o “cemitério é um lugar sagrado e deve ser respeitado. Nada
justifica este tipo de ataque e os culpados deveram ser firmemente
condenados”.
Dom Jean-Louis Papin expressou ainda que não deve existir nenhuma
confusão ou erro durante as investigações da polícia e uniu-se à dor das
famílias cujas tumbas de seus entes queridos foram profanadas.
Por sua parte, Pe. Gerard Cappannelli, pároco da Igreja
de Sainte Claire, disse à mídia que os autores destas profanações – que
seria um par de adolescentes góticos – devem “respeitar um cemitério
como alguém respeita a si mesmo”.
De mal a pior
Estes não foram os únicos atentados realizados contra as tumbas cristãs
durante este ano. Segundo a Rádio Vaticano, esta profanação no cemitério
de Labry seria a quinta profanação contra os cemitérios desta zona
desde o início deste ano.
Além disso, no dia 26 de julho, denunciaram que no Villette-de Vienne
(Isère), 22 tumbas foram profanadas. O jornal La Dauphine assinalou que
as lápides e os símbolos religiosos foram danificados. Os autores
ingressaram em dois porões e tentaram abrir dois caixões. A polícia
continua realizando uma investigação a respeito deste caso e assinala
que os profanadores não chegaram a tocar os corpos.
Em abril deste ano, um jovem muçulmano ingressou no cemitério francês
Saint-Roch de Castres, localizado em Tarn (sul da França), e profanou
216 tumbas cristãs.
Naquela oportunidade, o Pe. Philippe Basquin, sacerdote da diocese de
Castres, onde está localizado o cemitério, disse em declarações ao Grupo
ACI que o homem não abriu as
tumbas nem profanou os cadáveres, mas “procurou e destruiu todos os
elementos referentes à fé cristã. E também destruiu as cruzes e as imagens da Virgem Maria”.
Por outro lado, nesse mesmo mês o ministério do interior explicou à
imprensa que dos 807 ataques realizados contra lugares de culto de
diversas confissões durante o ano passado, 673 ataques foram contra
lugares cristãos.
“Pedimos às autoridades que mostrem sua desaprovação contra estes
ataques. Acho que é essencial que estes lugares sejam protegidos: pois
não são simples salas de reuniões! As profanações são um atentado contra
os cristãos, mas também contra todos os franceses”, expressou então a
Le Figaro Dom Ribadeau Olivier Dumas, porta-voz da Conferência Episcopal
da França (CEF).
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