sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Oração é o oxigênio de Deus para nós

Por Monsenhor Jonas Abib*

O Senhor quer despertar em nós a certeza de que nossa oração é atendida.


Ninguém aguenta viver neste vale de lágrimas se não estiver munido do oxigênio de Deus, a oração.


Enquanto estivermos nesta vida, viveremos num vale de lágrimas, gemendo e chorando. Não pense que Deus é mágico e que, de repente, tudo vai se transformar e você nunca mais terá problemas e sofrimentos, pois este é um terrível engano que o próprio diabo nos coloca e que nos fragiliza. É totalmente o contrário: por nossa vida ser o que é, precisamos rezar sem cessar.

Ninguém consegue ficar por um período prolongado debaixo d´água. Depois de um tempo, por mais resistência respiratória que possua, a pessoa é obrigada a vir à tona, senão morre. É diferente de fazer como os mergulhadores profissionais, que usam máscara de oxigênio e respiram tranquilos.

Se o oxigênio termina ou alguma coisa acontece, eles têm de subir depressa para a superfície, senão morrem. Porém, enquanto o oxigênio flui, eles estão tranquilos, nadando no mais profundo mar.

A receita para vivermos nesse vale de lágrimas é justamente esse fluir de oxigênio, que é a oração. Ela é o oxigênio de Deus para nós. Ninguém aguenta viver neste vale de lágrimas se não estiver munido deste oxigênio.

Não podemos ficar sem o fluir do oxigênio que a oração nos proporciona. Por isso, precisamos interceder uns pelos outros, apresentando continuamente as nossas necessidades a Deus. Como São Paulo disse: “Orai continuamente” (1 Ts 5,17). Esta é a receita. Neste vale de lágrimas, a receita é “orar sem cessar!”

O Senhor quer despertar em nós a certeza de que nossa oração é atendida. É muito simples, compreenda o exemplo: o mergulhador testa o cilindro de oxigênio antes de entrar na água. Quando o faz, ele tem certeza de que funciona tanto fora como debaixo d´água. As leis do reino de Deus funcionam “lá em cima” e funcionam “aqui embaixo”.

O problema é que não as colocamos em funcionamento aqui na Terra. Se estamos com preguiça e não abrimos o oxigênio hoje, se não abrimos amanhã e assim por diante, acabamos morrendo. Se não oramos, perecemos. Se não abrirmos a válvula do oxigênio, que é a oração, morremos.

Se estamos chateados, com algum problema, é justamente por essa razão que devemos abrir mais o oxigênio, e isso significa rezar mais! Mesmo que seja apenas um “Meu Deus!” Ou apenas: “Jesus”. O importante é orar, e “o oxigênio entrará em ação”!

Arquidiocese Rio

*Monsenhor Jonas Abib é fundador da Comunidade Canção Nova e presidente da Fundação João Paulo II.

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