Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes. Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade. Procurai o que é agradável ao Senhor, e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente. (Ef 5, 8-11)
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Diocese de Salt Lake City descarta milagre eucarístico
Talvez você se lembre deste artigo, publicado no mês passado: “Hóstia consagrada parece sangrar na Igreja de São francisco Xavier“. Em novembro de 2015, foi divulgada a notícia de que uma hóstia consagrada teria sangrado em uma paróquia dos Estados Unidos. Uma pesquisa detalhada concluiu que a hóstia não estava sangrando; na
verdade, tratava-se de um fungo de cor vermelha sobre o pão. A hóstia
consagrada foi descartada de maneira respeitosa, como é exigido.
O trabalho do comitê investigador aconteceu da seguinte maneira:
Na igreja de São Francisco Xavier de Kearns, Utah, entre os dias 14 e
15 de novembro de 2015, alegou-se que uma hóstia, consagrada uma semana
antes, na missa de 8 de novembro, às 13h30, parecia sangrar. A hóstia foi exposta publicamente a um número crescente de
paroquianos. Diante do entusiasmo gerado pela prematura e imprudente
exposição pública e veneração de tal hóstia, o administrador da diocese
de Salt Lake City, Colin F. Bircumshaw, designou em 19 de novembro um
comitê ad hoc para investigar a questão. Este comitê ad hoc era composto por especialistas em teologia católica, direto canônico, biologia molecular e clerezia. O comitê considerou cuidadosamente todos os acontecimentos informados
por Eugenio Yarce, pároco da igreja, e por diversos paroquianos. Um elemento crucial no desenvolvimento dos acontecimentos foi o fato
de que a hóstia em questão permaneceu sem proteção nem atenção alguma em
um recipiente com água, durante vários dias, aproximadamente entre 8 e
14 de novembro de 2015. De forma diligente e cuidadosa, o comitê contratou os serviços de
confiança de um cientista competente para levar a cabo uma série de
exames controlados na hóstia. Foram tomados todos os cuidados para garantir uma manipulação
respeitosa da hóstia consagrada durante o processo de exame científico. Após a realização dos exames prescritos, o cientista, com a ajuda de
um observador independente, concluiu que a mudança produzida na hóstia
podia ser explicada de forma satisfatória e concluinte por causas
naturais, a saber, o crescimento do que se conhece comumente como bolor
ou “bloody bread”, neste caso uma bactéria vermelha, com toda segurança Neurospora cressa ou Serratia marcescens.
Devido à exibição pública da hóstia, começaram a circular inúmeros
testemunhos que incluíam fotografias e vídeos. Como era previsível, tais
testemunhos provocaram uma série de especulações imprudentes sobre a
causa da mudança de cor na hóstia. Na história da Igreja, pela Divina Providência, houve muitos
milagres. O único propósito de um milagre é atrair bondade. As falsas
declarações de um milagre, ao contrário, causam danos aos crentes e
ferem a credibilidade da Igreja. Ainda que não se possa descartar a possibilidade dos milagres, é
preciso compreender o dano potencial que poderia ser causado a todos os
crentes, leigos e clérigos, pela precipitação sobre determinadas
conclusões. É preciso agir com extrema prudência. Faz-se necessária a guia da
autoridade eclesiástica competente na hora de confrontar fenômenos como o
referido na paróquia de São Francisco Xavier no mês passado.
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