As mulheres, então, iriam ao túmulo para arrumar o corpo de Jesus conforme os preceitos judeus. Caminhavam ora em silêncio, ora falando entre si, tentando entender o que acontecera ou consolar umas às outras. Ao chegar, viram a porta aberta, o túmulo vazio, os lençóis dobrados. Não viram Jesus, nem o Seu corpo. E correram a contar a notícia: o Senhor não estava em seu túmulo! Só depois da chegada de João e Pedro, só depois do encontro de Maria Madalena e Jesus no jardim, só depois de verem o próprio Jesus no Cenáculo foi que aqueles homens e mulheres começaram a entender o que estava acontecendo: o Senhor estava vivo! Ressuscitara dos mortos! A narrativa evangélica sobre a morte de Jesus atesta que houve escuridão sobre a terra, tremores de terra, véu do Templo se rasgado e mortos ressuscitados. É, pois, uma narrativa que remete ao cinematográfico, talvez em uma alusão à dor dilacerante que o próprio Deus sentia naquele momento. A ressurreição, por sua vez, acontece no silêncio da manhã. Sem espetáculo, sem barulho, sem espectadores. Jesus aparece a uns e a outros, silenciosamente. Não há estardalhaço, sinos ou barulho de festa. A percepção da ressurreição é silenciosa, é no interior de cada coração, é matéria de fé. É o silêncio que transforma a história da humanidade: desde aquele domingo, a humanidade nunca mais foi a mesma – dali em diante, a última verdade passa a ser a esperança, a eternidade. A morte perdeu a última palavra. O Senhor está vivo! Este é um fato; fato somente entendido por aqueles que têm fé e que são capazes de ver sinais de vida onde a morte insiste em existir. A ressurreição de Jesus ecoa até hoje, acontece a cada minuto onde a vida é resgatada, onde a vida abunda. A ressurreição de Cristo acontece na esfera da certeza daqueles que tem a fé no Senhor vivo do domingo e não no Senhor morto da sexta. O Deus do cristão é um Deus vivo e da vida e não um Deus de morte ou castigo. Jesus não precisava morrer para nos salvar. Apenas aconteceu assim. Mas ele precisava, sim, ressuscitar para nos fazer crer que maior que tudo o que possa existir, até que a morte – temor humano maior – é o amor de Deus por cada criatura humana e que esse Deus de amor só pode ser fonte de bondade e vida. Texto para reflexão: Jo 20, 1-9 http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=17710&cod_canal=30 | ||
Autor: Gilda Carvalho |
Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes. Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade. Procurai o que é agradável ao Senhor, e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente. (Ef 5, 8-11)
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Ele está vivo!
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