fratres in unum
Rorate-Caeli | Tradução: Fratres in Unum.com: De uma abrangente entrevista concedida pelo Secretário da Pontifícia Comissão “Ecclesia Dei”, Monsenhor Guido Pozzo, a Nouvelles de France. [Crédito: leitor.]
A Fraternidade São Pio X reconhece este missal [de Paulo VI] como válido e lícito?Essa pergunta deve ser feita à Fraternidade.O Santo Padre deseja que a Fraternidade São Pio X se reconcilie com Roma?Certamente. A carta de levantamento das excomunhões dos quatro bispos sagrados ilegitimamente pelo Arcebispo Lefebvre é a expressão do desejo do Santo Padre de favorecer a reconciliação da Fraternidade São Pio X com a Santa Sé.
O conteúdo das discussões que ocorrem entre Roma e a Fraternidade São Pio X é secreto, mas que pontos eles tocam e de que modo progridem?O ponto essencial é de natureza doutrinal. A fim de alcançar uma reconciliação verdadeira, é necessário superar certos problemas doutrinais que estão na base da atual fratura. Nas conversações em andamento, há um confronto de argumentos entre os peritos escolhidos pela Fraternidade São Pio X e os escolhidos pela Congregação para a Doutrina da Fé. Ao fim, são redigidos sumários conclusivos das posições de ambas as partes. Os temas sob discussão são conhecidos: primado e colegialidade episcopal; relações entre a Igreja Católica e confissões cristãs não católicas; liberdade religiosa; a Missa de Paulo VI. Ao fim das conversações, os resultados serão submetidos aos respectivos níveis com autoridade para uma avaliação geral.Não parece concebível a possibilidade de colocar em dúvida o Concílio Vaticano II. Portanto, até onde essas discussões podem conduzir? A um melhor entendimento dele?Elas dizem respeito a um esclarecimento de pontos que detalham o exato significado dos ensinamentos do Concílio. É o que o Santo Padre começou a fazer em 22 de dezembro de 2005, ao interpretar o Concílio dentro de uma hermenêutica da renovação na continuidade. No entanto, há certas objeções da Fraternidade São Pio X que fazem sentido, porque tem havido uma interpretação de ruptura. O objetivo é mostrar que é necessário interpretar o Concílio na continuidade da Tradição da Igreja.O Cardeal Ratzinger esteve à frente dessas discussões por aproximadamente 20 anos. Ele ainda segue o desenvolvimento agora enquanto Papa?Primeiro, há o papel do secretário, que é o de organizar e tomar conta do bom andamento das discussões. A avaliação desse esforço é de responsabilidade do Santo Padre, que segue as discussões, com o Cardeal Levada, é informado sobre elas e dá sua opinião. O mesmo vale para todos os pontos com que a Congregação lida.
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