[bibliacatolica]
12 janeiro 2013
LONDRES, 11 Jan. 13 (ACI/EWTN Noticias).- O jornalista investigativo Willard Foxton denunciou que a rede social Facebook segmentou anúncios de aborto especialmente dirigidos para jovens do Reino Unido, desde inícios deste ano 2013.
Em sua denúncia publicada nesta sexta-feira 11 de janeiro através de
seu blog do jornal britânico The Daily Telegraph, Foxton assinala que
“muitas mulheres britânicas ficaram espantadas quando acordaram no dia
1º de janeiro e se deram conta de que seus perfis do Facebook continham
avisos de fornecedores de aborto dirigidos a elas”.
O anúncio em questão, assinalou o jornalista, provinha do site de
conselheiros de abortos dos Estados Unidos, abortion.com, e simplesmente
dizia “Encontre um fornecedor de aborto perto de você”, ao lado de um
número telefônico dos Estados Unidos para ligações gratuitas.
“Um click levava ao site, principalmente enfocado nos Estados Unidos,
que listava um imenso número de fornecedores de aborto em todo o
Estados Unidos, e só um fornecedor no Reino Unido, ‘a Rede de apoio ao
aborto’”, indicou.
Embora algumas mulheres tenham reagido com “humor” aos anúncios,
disse Foxton, “muitas das que receberam o anúncio começaram a questionar
suas opções de estilo de vida na
rede social. O que estavam fazendo para que Facebook pense que estavam
interessadas no negócio de um aborto? Qual era seu estilo de vida? Foi
algo em suas fotos ou em seus estados o que acionou um interruptor que
fez que um algoritmo assuma que estavam grávidas?”.
Embora o jornalista britânico não tenha expressado nenhuma objeção
aos anúncios publicitários abortistas, assegurou que “pagaria bastante
dinheiro para averiguar exatamente que termos de busca ou palavras chave
o anúncio do site abortion.com está procurando”.
“Infelizmente, eles (abortion.com) recusaram-se a comentar sobre este anúncio quando foram consultados”, disse.
Foxton também consultou ao Facebook que também se negou a “oferecer qualquer informação sobre as palavras chaves específicas”.
O jornalista assinalou que um porta-voz da rede social lhe disse que
“a publicidade de Serviços dos Conselheiros Pós-Concepção (PCAS por suas
siglas em inglês), está permitida segundo as regras do Facebook, assim
como nos meios impressos e de radiodifusão no Reino Unido. A diferença
de outros meios, se as pessoas não gostam do anúncio que veem no
Facebook, elas podem retirá-lo ao clicar no ‘X’ localizado na esquina do
anúncio”.
Willard Foxton admitiu que “é verdade que esses anúncios estão
permitidos tanto nos meios impressos como de radiodifusão. As regras são
postas pelo Comitê de Prática Publicitária. Em efeito, Facebook tem
razão de que as pessoas que veem esses anúncios no Facebook podem
retirá-los fazendo click no botão ‘X’, e que podem inclusive especificar
a razão pela qual não desejam mais ver esse anúncio; as opções incluem
‘contra minhas ideias’”.
“Há também uma opção para esconder um anúncio específico, ou todos os
anúncios dessa companhia em particular”, assinalou o jornalista.
Entretanto, Foxton questionou “será que isso é suficiente?”, pois “há
uma diferença chave. Se vejo um anúncio na televisão, em um outdoor, ou
o escuto na rádio, não é pessoal para mim; não chega a mim no que
suponho que é um espaço pessoal e seguro”.
“Muitas pessoas devem estar seriamente irritadas por este anúncio do
Facebook; pois com certeza as mulheres que fizeram abortos não devem
querer lembrar disso quando entram na rede social para compartilhar uma
foto ou uma atualização de estado”, assegurou.
“E isso, inclusive, deixando de lado aos que são pró-vida, ou
profundamente religiosos, ou pessoas cujos pais ou namorado veem o
anúncio e tiram conclusões erradas”, criticou.
Foxton assegurou que “se eu fosse Facebook, faria mais estritas as
regras sobre a quem dirigir anúncios tão sensíveis como este”.
O jornalista britânico revelou também que um anunciador pode chegar a
pagar até 3 libras esterlinas (quase 5 dólares) por cada clique para o
termo de busca “aborto” no Reino Unido.
O aborto no Reino Unido é legal até a 24ª semana da gravidez para a
maioria dos casos, entretanto, em 1990 esta restrição foi eliminada para
casos de suposto risco de vida para a mulher, anormalidade fetal, ou
lesões graves físicas ou psíquicas para a mãe.
A Igreja Católica na Inglaterra celebra anualmente o Dia pela Vida em julho, para recordar a dignidade de toda vida humana frente ao aborto.
Em 2004, os bispos católicos da Inglaterra e Gales emitiram um documento titulado “Estimando a vida”, no qual recordaram o ensinamento da Igreja sobre o aborto, a eutanásia, o suicídio assistido, o amor e as relações, os experimentos com embriões e a investigação médica.
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