jbpsverdade: No último dia do ano de 2012, a revista ÉPOCA publicou uma matéria com o seguinte título: A CONQUISTA DO MUNDO PELA FÉ EM CRISTO, que eu passo ao conhecimento de você, visitante.
Uma boa leitura e que você tire as suas conclusões e se possível, comente.
Leiamos...
xxx
[revistaepoca]
Uma nova interpretação das origens do cristianismo afirma que ele se expandiu por conveniências políticas do Império Romano. Apenas isso, porém, não explica sua persistência como religião universal
Tente se imaginar em Jerusalém, na sexta-feira antes do meio do
primeiro mês lunar dos judeus no ano 33 da nossa era. O líder judeu de
um movimento morrera crucificado, a mais degradante execução que poderia
ser imposta pelo Império Romano, entidade política dominante na região.
Dentre os poucos que se mantiveram seus seguidores até aquele momento
de perseguição, alguns contavam com ele para restaurar a independência
de Israel, tornar-se rei dos judeus e reformar o judaísmo,
devolvendo-lhe seu caráter distinto das religiões pagãs de todos os
outros povos. Os líderes desse pequeno grupo eram, naquele momento, 11
homens. Nenhum deles gozava qualquer tipo de poder nem entre seus
próprios compatriotas judeus, muito menos no Império Romano.
Desse cenário de derrota, o cristianismo evoluiu para ser a maior
religião do mundo em número de praticantes. É a principal religião da
Europa, das Américas, da Oceania, tem fortíssima presença na África e
existe em quase todos os países da Ásia. Para os adeptos do
cristianismo, não é difícil explicar como isso se deu. Desde o início,
Jesus foi visto pela Igreja nascente como a encarnação de Deus na Terra.
Foi, pois, graças ao poder e à vontade de Deus que essa seita derrotada
da obscura Palestina do século I tornou-se a maior força civilizatória
que a humanidade conheceu. Para quem quer se ater às explicações que
prescindam de qualquer dado sobrenatural, a tarefa é muito mais
complicada.
Um livro publicado neste ano lança uma hipótese. Em And man created God (E o homem criou Deus),
ainda não lançado no Brasil, Selina O’Grady, uma documentarista da TV
britânica, analisa como o cristianismo beneficiou o Império Romano – e
como o Império Romano beneficiou o cristianismo. No livro, O’Grady
desenvolve a tese de que o cristianismo se tornou a primeira religião
universal por ter servido de base ideológica para um império, até então o
mais amplo de todos. Desse amálgama de interesses, o cristianismo, por
ter durado mais tempo, foi o maior beneficiário. Mas seu auge também já
passou e, segundo O’Grady, estamos hoje numa era pós-religiosa, em que o
secularismo o substituiu como “solução política para os sérios
problemas de um mundo cada vez mais multicultural”.
Em seu livro, que a revista britânica The Economist
classificou como “guia do cristianismo para ateus”, O’Grady analisa como
diversos impérios – em Roma, na Pérsia, na Índia e na China – usaram,
mais ou menos no tempo de Jesus, religiões para se expandir e foram
usados por elas. O que mais interessa a O’Grady é a situação do Império
Romano na época de Augusto, o primeiro imperador. Por volta do ano zero
de nossa época, Roma, sob o domínio de Augusto, deixava de ser uma
potência que tinha na expansão pelo uso da força sua principal razão de
ser. Para Augusto, diz O’Grady, o objetivo era dar estabilidade a todo o
território conquistado, levando os integrantes de todos os povos
dominados a “adquirir um sentido de ‘romanidade’”. “Como sempre”,
escreve O’Grady, “na tentativa de criar um Estado estável, era
necessário mais a persuasão do que a força. As pessoas tinham de querer
pertencer à nova e mais ampla entidade do Império.”
A identidade das pessoas no passado estava sempre ligada à religião a
que cada uma pertencia, diz O’Grady. Para transformar um império
multiétnico num corpo político de que todos quisessem participar,
Augusto precisava de uma religião imperial. Sua primeira opção foi
divinizar a si próprio. O mesmo tipo de estratagema foi usado por Wang
Mang, um usurpador do trono chinês contemporâneo de Augusto. Wang,
segundo relatos, encenou cerimônias que o faziam parecer, aos olhos dos
confucionistas, uma espécie de reencarnação de imperadores miticamente
bons de três séculos antes. A forma tosca de combinar religião e império
usada por Augusto e Wang não deu grandes resultados. Augusto foi
declarado um deus oficialmente apenas depois de morto, e o Império
Romano, ainda que duradouro, nunca foi caracterizado pela estabilidade
de suas instituições. Wang foi derrubado e morto 12 anos depois de subir
ao poder.
O’Grady vê no cristianismo o tipo de religião necessária para o Império
Romano: uma religião universalista, que abolisse as diferenças entre as
pessoas. O criador dessa religião não foi Jesus Cristo, mas Paulo de
Tarso. “E Paulo criou o Cristo” é o nome do capítulo final de seu livro.
Paulo era um judeu da diáspora, nascido na cidade portuária e
multicultural de Tarso, no sul da Turquia. Formado como judeu
estritamente observante, Paulo se tornou um perseguidor de cristãos.
Depois de uma visão de Jesus que teve a caminho de Damasco, aderiu à
nova seita. “Paulo dividiria o culto em dois e transformaria Jesus, o
homem que morreu uma morte de criminoso na cruz, no Cristo o redentor,
cuja morte e ressurreição deu a toda a humanidade, gentios e judeus,
homens e mulheres, escravos e livres, a promessa de salvação e vida
eterna”, afirma O’Grady.
Judeu, cidadão romano nascido na parte de cultura grega do Império,
Paulo criou, segundo O’Grady, a imagem de um Deus que amaria a todos sem
fazer distinção. O cristianismo concebido por Paulo, para ela, foi uma
resposta à divisão que ele vivia em sua própria identidade. “Tarso era a
arquetípica cidade greco-romana florescente do Oriente Médio, assim
como Paulo era o exemplo do habitante de cidade lutando para combinar
identidades novas e antigas”, escreve O’Grady. “Paulo representava numa
forma radical os problemas da assimilação experimentada por toda pessoa
conquistada do Império Romano – particularmente os habitantes das
cidades.”
Para O’Grady, a nova religião se tornou especialmente atraente para uma
classe média que ela diz ter crescido no novo Império Romano mais
comercial que militar. Milhares de pessoas que lotavam as novas cidades e
deixavam para trás suas aldeias se tornaram seguidoras de Jesus Cristo.
“Impérios precisam que esqueçamos nossas diferenças, e Paulo forneceu o
sistema de crença que faria isso”, escreve O’Grady. O cristianismo, diz
ela, diminuiu as tensões entre Roma e os não romanos. Deixando de lado
os séculos de perseguição, em que milhares de cristãos foram mortos
pelos imperadores romanos, e os séculos que levaram à formação de um
cristianismo organizado forte, O’Grady põe o cristianismo ao lado das
religiões que, segundo seu livro, “prosperaram num conluio que formou
uma aliança frequentemente instável entre um Estado poderoso e uma
organização sacerdotal e burocrática”.
A leitura de E o homem criou Deus é interessante. O’Grady
escreve bem, de modo fluente e coloquial. Sem se preocupar com o rigor
acadêmico, ela traça um panorama cheio de curiosidades sobre
experiências religiosas do mundo da Antiguidade. Sua interpretação de
largo fôlego, no entanto, esbarra em vários problemas. Ela não é uma
especialista em cristianismo. Sua versão para o início da religião não é
nem inédita nem muito atual. Ela se filia à tradição iniciada no século
XIX, em meio ao protestantismo liberal alemão, de separar o “Jesus
histórico” do “Cristo da fé”. Esse projeto intelectual pretendia
desvendar quem realmente tinha sido Jesus de Nazaré, o judeu do primeiro
século de nossa era, antes de ele ter se transformado no Filho de Deus,
cultuado pelos adeptos da religião dominante no Ocidente.
O projeto basicamente fracassou: não há nenhum consenso sobre quem
teria sido o Jesus histórico. Fora dos Evangelhos, há poucas fontes –
praticamente nenhuma independente – para conhecer o personagem. E
separar, nos Evangelhos, o que pertence ao Jesus histórico e o que
pertence ao Cristo da fé depende basicamente das intenções de cada
pesquisador. Há quem veja em Jesus um judeu ortodoxo. Esses tratam de
desconsiderar nos Evangelhos tudo o que não se coaduna com o judaísmo.
Outros veem nele um judeu rebelde e descontam dos Evangelhos tudo o que
possa parecer judaico demais. Jesus também já inspirou quem o vê como um
judeu reformador, como um filósofo estoico ou como um revolucionário
social combatendo a opressão romana. O’Grady sugere que ele é um dos
muitos místicos ou pregadores errantes que percorriam o mundo clássico
no início de nossa era, de grande confusão religiosa. Mas ela não está
muito interessada em Jesus. Diante do pouco que se pode saber sobre ele,
ela prefere concentrar sua atenção em Paulo.
Sua interpretação do relacionamento entre Paulo e Jesus também não é
nova. Nem tem hoje a importância que já teve entre os estudiosos. Para
O’Grady, é uma tese que vem a calhar. “A ideologia cristã representou
uma tentativa similar (à do secularismo) de universalizar o que
cada um tem de especial como reação à primeira fase de globalização
criada pela Pax Romana”, diz ela. “São Paulo transformou o pequeno e
obscuro culto a Jesus numa religião pronta para espalhar-se viralmente
no mundo recém-globalizado.” Ao falar do projeto de Paulo de transformar
uma “seita obscura” num sistema ideológico que dissolvesse as
diferenças entre as pessoas, O’Grady conclui: “Estava fadado ao
fracasso; não se consegue realmente eliminar a diferença – é nossa
diferença em relação aos ‘outros’ que ‘nos’ define como grupo. De várias
maneiras, Paulo complicou o problema. Ao fazer de cada um alguém
igualmente especial, ele também conferiu a cada um de nós a autoridade
moral para desafiar todas as outras formas de autoridade e criar grupos
antagônicos. Os cristãos da Europa Ocidental se dividiram em seitas
fervorosas depois da Reforma, e os resquícios do velho Império Romano
ocidental foram destruídos pela guerra”.
Conferir a cada um a capacidade de desafiar a autoridade é algo visto
como um dos fatores mais civilizatórios do cristianismo, mesmo por
aqueles que acham que, num determinado momento, o cristianismo deixou de
ser um avanço para se tornar um empecilho. Além disso, há uma espécie
de circularidade no argumento de O’Grady. Ela diz que o cristianismo era
exatamente o tipo de ideologia de que o Império Romano precisava para
se estabelecer, porque universalizava os cidadãos. Depois, conclui que é
exatamente essa característica que o tornava “fadado ao fracasso”.
Paulo de Tarso, o autor mais prolífico do Novo Testamento, nunca diz que
seu projeto tem qualquer coisa a ver com a perenidade do Império
Romano. Até porque, mesmo sendo cidadão romano, Paulo foi várias vezes
preso, torturado e acabou morto pelas autoridades do Império. O
cristianismo só se tornou a religião oficial do Império Romano na época
de Constantino, 300 anos depois de Jesus.
A hipótese historicista de E Deus criou o homem não parece
muito capaz de explicar o impressionante destino histórico do
cristianismo. “Desde pelo menos os anos 1960, supõe-se que a religião
está de saída, que a ideologia secular dissolveria todas as fidelidades
religiosas. É uma suposição que integra a ideia secularista de
progresso. Com que alarme vemos hoje que a sociedade secular moderna
abriga fundamentalismos religiosos de todas as variedades”, disse
O’Grady ao encerrar sua palestra no Festival Internacional do Livro de
Edimburgo, s onde foi uma das estrelas, em agosto. Ela dá voz a uma
perplexidade comum em nosso tempo. Diante do radicalismo islâmico,
presente mesmo entre as comunidades de muçulmanos emigrados para os
países mais desenvolvidos da Europa, da violenta militância de colonos
judeus ultraortodoxos nos territórios ocupados ou mesmo da fé arraigada e
de consequências políticas de eleitores cristãos nos EUA ou no Brasil, o
consenso do pensamento contemporâneo parece não ter outro diagnóstico
senão o atraso. Religião, em suma, seria coisa de gente pouco ou mal
instruída.
Há outros livros no mercado que parecem atestar outra visão. Em novembro, foi lançado o livro Jesus de Nazaré: as narrativas da infância.
Trata-se do terceiro e último volume da obra sobre Jesus escrita pelo
papa Bento XVI. Assim como nos dois primeiros volumes, o papa discute as
teses de exegetas e teólogos contemporâneos, especialmente de língua
alemã. Não é um livro de leitura fácil. Mesmo assim, a obra saiu com
tiragem de 1 milhão de exemplares em mais de 50 países e tradução em
nove línguas. Joseph Ratzinger é um intelectual sofisticado. Seu debate
com o filósofo Jürgen Habermas sobre a crise do secularismo, pouco antes
de ele se tornar papa, é um ponto alto no diálogo de alto nível dos
últimos anos. Mesmo assim, é possível argumentar que o papa e seus
leitores não servem para desmentir o preconceito contemporâneo contra os
religiosos. Ratzinger é um intelectual, mas é como teólogo que ele se
destaca. E a teologia é uma parte desse mundo estranho da religião que o
secularismo pretendia ver desaparecer. No livro sobre a infância de
Jesus, o papa reitera, contra leituras pretensamente mais esclarecidas
dos Evangelhos, a virgindade de Maria. “Isso é um escândalo para o
espírito moderno”, diz. Para a visão secularista, Deus “tem permissão
para operar no pensamento e nas ideias, mas não na matéria”, afirma
Bento XVI.
Esse secularismo tem ganhado, nos últimos anos, uma ala mais radical,
chamada nos países de língua inglesa de “novos ateus”. São intelectuais
ou cientistas que fazem da religião organizada ou da simples crença em
Deus um inimigo a combater duramente. O filósofo Daniel Dennet e o
biólogo Richard Dawkins são os mais conhecidos representantes do gênero.
É exatamente contra esse “novo ateísmo” que se põe um outro livro que
vem chamando a atenção nos países de língua inglesa: Where the conflict really lies: science, religion, and naturalism (Onde está realmente o conflito: ciência, religião e naturalismo),
de Alvin Plantinga. “Há um conflito superficial, mas uma profunda
concordância entre a ciência e a religião teísta; e concordância
superficial, mas profundo conflito entre a ciência e o naturalismo”,
escreve Plantinga. Por naturalismo, Plantinga entende a concepção muito
difundida hoje de que não há nada além do que pode ser descrito pelas
ciências naturais. Professor aposentado de Notre Dame, importante
universidade católica dos Estados Unidos, Plantinga é calvinista como
seus antepassados holandeses. Quando fala de Deus, não fala de algum
“Deus dos filósofos”, uma entidade abstrata dedutível pela razão, mas
com que não se pode manter nenhum tipo de relação pessoal. Como escreve
Thomas Nagel, importante filósofo americano, na resenha do livro de
Plantinga que fez para a New York Review of Books no mês passado, “a religião de Plantinga é de verdade”. Com criação, pecado, Céu, inferno e tudo o mais que está na Bíblia.
Plantinga é um filósofo analítico. Isso significa que ele se dedica a
analisar os usos da linguagem e da lógica na ciência e em outras áreas
do conhecimento. A racionalidade é um dos campos de trabalho de
Plantinga, além da moderna filosofia da religião da qual ele é um dos
fundadores. A argumentação de Plantinga em seu novo livro é técnica e
bastante complicada, mas poderia ser resumida assim: a suposição de que a
razão pode explicar o mundo, de que o mundo segue padrões que podem ser
descobertos pela ciência, não tem como ser demonstrada logicamente.
Aceita-se uma verdade com base em outra previamente conhecida. Mas, em
algum ponto, o recurso a uma justificativa racional anterior tem de
parar. E para em alguma “garantia” de que pode derivar de uma percepção,
de uma intuição racional ou dos sentidos. Nenhuma delas pode ser
demonstrada. Assim como a crença em Deus, uma “garantia” tão forte ou
tão fraca como as outras, já que também não pode ser justificada e tem
de ser aceita como dado inicial.
Segundo Plantinga, se for aceita a narrativa tradicional de que Deus
criou o homem e lhe deu a inteligência que permite conhecer o mundo, o
quadro se completa e é coerente. É razoável, para quem crê em Deus,
imaginar que a inteligência humana pode atingir o conhecimento seguro
sobre o mundo. Mas se, ao contrário, aceita-se a narrativa darwinista,
não há nenhuma justificativa para imaginar que o homem, um produto do
acaso como qualquer outra espécie animal, tenha atingido a capacidade de
entender o mundo. A tese da evolução contém um paradoxo: se o homem é
fruto do acaso, assim também é sua inteligência; consequentemente não há
nenhuma garantia de que a inteligência humana fará mais do que aumentar
as chances de sobrevivência do animal humano. Esse raciocínio leva a
esta conclusão: não se pode afirmar a verdade da teoria da evolução,
porque ela seria um simples produto aleatório da inteligência humana.
Plantinga aceita a descrição da evolução das espécies. O único ponto
que ele nega é que seja um processo ao acaso. Para ele, o processo tem
de ter sido iniciado e guiado por Deus. Do contrário, não há
conhecimento possível. Do ponto de vista epistemológico, ele alega que,
como há evidência empírica de que milhões de pessoas têm fé, uma forma
de garantia do conhecimento tão forte ou tão fraca quanto qualquer
outra, não se pode descartá-la por nenhum método científico, que também
se baseia em garantias primárias não demonstráveis.Aceite-se ou não a
argumentação de Plantinga, e simplesmente acompanhá-la em sua exposição
completa já é bastante complicado, evidentemente estamos muito longe da
crença de alguém pouco ou mal instruído.
Embora Plantinga argumente que não é por acaso que a ciência tenha
surgido no Ocidente cristão – por causa da concepção dos cristãos sobre
Deus –, a união entre alta sofisticação intelectual e religião
tradicional no Ocidente não é exclusiva do cristianismo. Um dos maiores
filósofos vivos é o lógico americano Saul Kripke, que revolucionou seu
campo de estudos nos anos 1970 com o livro Naming and necessity (Dar nomes e necessidade).
Apontado por alguns como o único gênio filosófico vivo, Kripke não
abandonou a fé de seu pai, rabino, e é um judeu observante. “Eu não
tenho os preconceitos que muitos têm hoje”, disse ele recentemente numa
entrevista na Noruega. “Não acredito numa visão de mundo naturalista.
Não baseio meu pensamento em preconceitos ou numa visão de mundo e não
acredito no materialismo.”
Na persistência das religiões, há muito mais do que um interesse mútuo
entre crenças e impérios. Há muito mais em jogo do que simples
resquícios de velhas identidades religiosas que, mais cedo ou mais
tarde, serão varridas do mapa pelo secularismo moderno. Não há respostas
simples para a pergunta do começo deste artigo. Não há nenhuma resposta
simples para o fato de estarmos, em pleno século XXI, na América do
Sul, ainda celebrando o Natal e discutindo um movimento de pescadores
judeus aparentemente derrotado no primeiro século de nossa era.
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