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Brasileiro Dom Odilo era parte da equipe, indicada pelo pontífice anterior. Reforma financeira da Santa Sé é uma das prioridades do novo Papa.
Da AFP
O Papa Francisco durante a audiência desta quarta-feira (15) no Vaticano (Foto: Andrew Medichini/AP)
O Papa Francisco substituiu por completo a comissão de cardeais
encarregada de supervisionar o controvertido banco do Vaticano, o
Instituto de Obras para a Religião e nomeou uma nova equipe, informou
nesta quarta-feira (15) a Santa Sé.
A decisão foi anunciada poucos dias antes de ser divulgado um relatório
com as reformas que serão aplicadas na entidade, envolvida por anos em
escândalos de lavagem de dinheiro e intrigas internas.
Apenas um cardeal, o francês Jean-Louis Tauran, continuará fazendo
parte da comissão, da qual foram destituídos o ex-secretário italiano
Tarcisio Bertone, braço direito de Bento XVI, criticado por sua gestão
da Cúria Romana, o italiano Domenico Calcagno, o brasileiro Odilo
Scherer e o indiano Telesphore Toppo.
Francisco decidiu destituir a comissão antes da conclusão de seu
mandato. Ela havia sido nomeada por Bento XVI pouco antes de o agora
Papa Emérito apresentar sua renúncia, em fevereiro de 2013.
Entre os novos nomeados, figura o atual Secretário de Estado, o
italiano Pietro Parolin, o cardeal austríaco Christoph Schönborn, um dos
religiosos mais respeitados da Europa, o canadense Thomas Christopher
Collins, e o espanhol Santos Abril y Castelló.
Desde que começou seu pontificado, em março, o Papa argentino tornou
prioritária a reforma do banco do Vaticano, acusado também de corrupção.
A nova comissão, que deve supervisionar as atividades econômicas e a
situação jurídica do IOR, permanecerá no cargo por cinco anos.
Uma investigação da procuradoria de Roma revelada pela imprensa mostrou
que, por algumas das 19 mil contas do banco, que pertencem tanto a
religiosos como laicos que trabalham no Vaticano, transitou dinheiro de
origem duvidosa.
Um grupo de especialistas apresentará seu primeiro relatório no curso
de uma reunião programada para fevereiro do chamado G8, os oito cardeais
que assessoram o Papa na reforma da máquina administrativa do Vaticano.
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