quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Papa Francisco substitui comissão que supervisiona Banco do Vaticano

[g1]

Brasileiro Dom Odilo era parte da equipe, indicada pelo pontífice anterior. Reforma financeira da Santa Sé é uma das prioridades do novo Papa. 

Da AFP

O Papa Francisco durante a audiência desta quarta-feira (15) no Vaticano (Foto: Andrew Medichini/AP) 
O Papa Francisco durante a audiência desta quarta-feira (15) no Vaticano (Foto: Andrew Medichini/AP)
O Papa Francisco substituiu por completo a comissão de cardeais encarregada de supervisionar o controvertido banco do Vaticano, o Instituto de Obras para a Religião e nomeou uma nova equipe, informou nesta quarta-feira (15) a Santa Sé.
A decisão foi anunciada poucos dias antes de ser divulgado um relatório com as reformas que serão aplicadas na entidade, envolvida por anos em escândalos de lavagem de dinheiro e intrigas internas.
Apenas um cardeal, o francês Jean-Louis Tauran, continuará fazendo parte da comissão, da qual foram destituídos o ex-secretário italiano Tarcisio Bertone, braço direito de Bento XVI, criticado por sua gestão da Cúria Romana, o italiano Domenico Calcagno, o brasileiro Odilo Scherer e o indiano Telesphore Toppo.
Francisco decidiu destituir a comissão antes da conclusão de seu mandato. Ela havia sido nomeada por Bento XVI pouco antes de o agora Papa Emérito apresentar sua renúncia, em fevereiro de 2013.
Entre os novos nomeados, figura o atual Secretário de Estado, o italiano Pietro Parolin, o cardeal austríaco Christoph Schönborn, um dos religiosos mais respeitados da Europa, o canadense Thomas Christopher Collins, e o espanhol Santos Abril y Castelló.
Desde que começou seu pontificado, em março, o Papa argentino tornou prioritária a reforma do banco do Vaticano, acusado também de corrupção.
A nova comissão, que deve supervisionar as atividades econômicas e a situação jurídica do IOR, permanecerá no cargo por cinco anos.
Uma investigação da procuradoria de Roma revelada pela imprensa mostrou que, por algumas das 19 mil contas do banco, que pertencem tanto a religiosos como laicos que trabalham no Vaticano, transitou dinheiro de origem duvidosa.
Um grupo de especialistas apresentará seu primeiro relatório no curso de uma reunião programada para fevereiro do chamado G8, os oito cardeais que assessoram o Papa na reforma da máquina administrativa do Vaticano.

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