quinta-feira, 26 de junho de 2014

Cardeal Baldisseri: Vaticano promoverá “pastoral de misericórdia” para os divorciados e casais do mesmo sexo

Cardeal Lorenzo Baldisseri (Foto Daniel Ibáñez / ACI Prensa)

26 Jun 14

Vaticano, (ACI/Europa Press).- O Vaticano anunciou que promoverá uma "pastoral de misericórdia" para aqueles casais que estão em situações de irregularidade canônica, como os que convivem, os divorciados, os desquitados, os divorciados que voltaram a casar pelo civil, as mães solteiras ou casais do mesmo sexo e o cuidado a ser dado aos eventuais filhos adotivos. O conteúdo do anúncio foi feito pelo cardeal Lorenzo Baldisseri durante a apresentação do Instrumento de trabalho que será usado pelos bispos de todo o mundo durante Sínodo sobre os desafios pastorais para a Família, que se celebra entre os dias 5 e 19 de outubro.
O Instrumento de trabalho, que será estudado durante o Sínodo pelos prelados e demais participantes, constitui um diagnóstico da preocupação pelas situações familiares, fruto das respostas enviadas ao Vaticano por episcopados, congregações e movimentos de todo o mundo.
Deste modo, o secretário geral do Sínodo dos bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, assinalou que serão consideradas de maneira particular as situações pastorais difíceis que se referem, entre outras, às situações de "convivência e uniões de fato, casais desquitados e divorciados (que casaram pela Igreja) e voltaram a casar", aqueles que se encontram em condições de "irregularidade canônica" ou que pedem casar-se pela Igreja "sem ser crentes ou praticantes".
Sobre os casais que se uniram em matrimônio religioso e após o divórcio estão impedidos de casar pela Igreja ou aceder aos sacramentos, o Secretário do Sínodo e Ex-Núncio apostólico no Brasil reconheceu que estes "vivem com sofrimento sua situação de irregularidade na Igreja" e afirmou que a Igreja "sente-se interpelada a encontrar soluções compatíveis com sua doutrina, que guiem uma vida serena e reconciliada".
Assim, manifestou a "relevância" de "de simplificar e agilizar os processos judiciais de nulidade matrimonial".
Sobre os que se casam "sem fé explícita", reclamou "maior atenção da pastoral eclesiástica" e uma "melhor qualidade" nos cursos de preparação do matrimônio para que os esposos possam continuar sendo "recém casados depois das bodas".

Cuidado dos filhos de casais do mesmo sexo.

Sobre os casais do mesmo sexo, o Cardeal Baldisseri distinguiu contextos, segundo a legislação civil seja "mais ou menos favorável", e insistiu na necessidade de um "cuidado pastoral das Igrejas particulares", sobre tudo pensando em "questões relacionadas com os eventuais filhos", referindo-se ao contexto das uniões civis de mesmo sexo que em diversos países, em um número crescente, podem adotar filhos.
"Urge permitir às pessoas feridas curar-se e reconciliar-se, encontrando de novo confiança e serenidade", acrescentou.
Por isso, promoveu a necessidade de uma pastoral capaz de oferecer a "misericórdia que Deus concede a todos sem medida", e evidenciou que a Igreja deve "propor e não impor", "acompanhar e não empurrar" e "convidar e não expulsar".
Do mesmo modo, o Cardeal Baldisseri reconheceu que "a convivência e as uniões de fato" estão em crescente difusão e atribuiu o fato a "diversas razões sociais, econômicas e culturais".
"A Igreja sente o dever de acompanhar estes casais na confiança de poder sustentar uma responsabilidade como é a do matrimônio", disse.
Por sua parte, o relator Geral da III Assembléia Geral Extraordinária do Sínodo de Bispos e Arcebispo de Budapest, Hungria, Cardeal Peter Erdo, comentou que o documento de trabalho oferece "uma panorâmica da situação da pastoral da família", a partir da perspectiva do nível da consciência, que proporcional ao conhecimento, "dos ensinamentos de Cristo e da Igreja sobre o matrimônio" e do nível relativo "ao comportamento real das pessoas", onde se apresentam as "situações críticas".
O Cardeal Erdo expressou que muitas das respostas evidenciam que as pessoas, em geral, "casam-se cada vez se casa menos, também de maneira civil". "Tal fenômeno se insere no contexto do individualismo e do subjetivismo prático", acrescentou.
Sobre o tema dos divorciados que voltaram a casar, o Cardeal Erdo manifestou que em algumas partes do mundo se fala de "um sofrimento causado por não receber os sacramentos" e que a pergunta "o que pedem os divorciados à Igreja?" em outras partes do mundo a resposta mais frequente é que "não pedem nada, ou porque ignoram que não podem participar dos sacramentos ou se mostraram indiferentes tanto antes como depois do matrimônio civil, inválido desde o ponto de vista eclesiástico".

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jbpsverdade: Eu tenho certeza que muitos bispos, sacerdotes e diáconos da Igreja, não vêem com bons olhos o sínodo que acontecerá entre 5 e 19 de outubro, até porque vai tratar de família e inclusive a "família" homossexual, ora, o homossexualismo é abominável para Deus e fica claro que aqueles que o praticam tornam-se abomináveis. O que dizer então de quem é a favor? Confesso que estou apreensivo com toda esta situação. Vejamos novamente uma parte desta matéria:
Sobre os casais do mesmo sexo, o Cardeal Baldisseri distinguiu contextos, segundo a legislação civil seja "mais ou menos favorável", e insistiu na necessidade de um "cuidado pastoral das Igrejas particulares", sobre tudo pensando em "questões relacionadas com os eventuais filhos", referindo-se ao contexto das uniões civis de mesmo sexo que em diversos países, em um número crescente, podem adotar filhos.
"Urge permitir às pessoas feridas curar-se e reconciliar-se, encontrando de novo confiança e serenidade", acrescentou.
Por isso, promoveu a necessidade de uma pastoral capaz de oferecer a "misericórdia que Deus concede a todos sem medida", e evidenciou que a Igreja deve "propor e não impor", "acompanhar e não empurrar" e "convidar e não expulsar".
Confesso também que não estou entendendo onde a Igreja de Cristo, ou melhor, alguns da Igreja querem chegar.
Me recordo agora de uma passagem bíblica do Evangelho de Cristo escrito por São Mateus... Quem é, pois, o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre os de sua família, para dar-lhes o alimento no momento oportuno? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim! Em verdade vos digo: ele o estabelecerá sobre todos os seus bens. Mas, se é um mau servo que imagina consigo: - Meu senhor tarda a vir, e se põe a bater em seus companheiros e a comer e a beber com os ébrios, o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e na hora em que ele não sabe, e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes. (Mt 24, 45-51) 

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