Por Dom Henrique Soares da Costa
Casualmente, vi na televisão um programa sobre a Chapada dos Veadeiros. Surpreso, fiquei sabendo de quantas pessoas vivem ali à espera de um contato com extraterrestres. Um desses devotos dos ETs vive numa verdadeira disciplina ascética, preparando-se para o encontro com os seres de outros planetas; é vegetariano, vive na pobreza e fez voto de castidade; chega mesmo a rezar para eles…
Como é louca a humanidade! Como é desorientada a nossa civilização
ocidental! Primeiro, a partir do século XVIII, declaramos que o homem se
tornara adulto e emancipado. Era necessário matar toda verdade
religiosa e tudo quanto não coubesse na cachola miúda da razão humana.
Assim, negou-se toda religião sobrenatural, toda revelação de Deus a Israel e inventou-se, no Ocidente, um deus distante, teórico, Arquiteto do Universo, distante, frio e inútil… Depois, nosso Ocidente negou Deus de vez: era preciso matar Deus – dizia-se – para que o homem vivesse de verdade. Assim, esta nossa civilização ocidental, colocou o homem no trono que pertence somente a Deus.
Esta razão endeusada e este homem no centro de tudo (na escola no ensinaram o absurdo que foi um ótimo negócio passar do teocentrismo medieval para o antropocentrismo do renascimento, como se o homem fosse Deus e Deus fosse apenas um detalhe…) levaram o Ocidente a duas guerras crudelíssimas, com mais 70 milhões de mortos… Depois das guerras (do nazismo em nome da razão, do fascismo em nome da racionalidade, do marxismo em nome da ciência e da história), veio a ressaca: não se crê mais em nada: nem no Deus revelado, nem na razão, nem nas instituições, nem nos grandes projetos…
Agora, não é mais o homem no centro; é somente o indivíduo, sozinho, fechado, egoísta, com uma ilusãozinha, uma moralzinha, um projetozinho, um deusinho segundo a sua imagem e semelhança medíocre e escrava de mil paixões…
No vazio de Deus, na negação do cristianismo, o Ocidente encontra-se perdido – alegremente perdido, bebadamente iludido e inconsciente de sua perdição! Procura-se desesperadamente encher o vazio existencial e encontrar um sentido para a vida no consumismo, no poder a qualquer custo, nas drogas, no endeusamento da natureza, no turismo desenfreado, nas seitas, na promiscuidade, na busca frenética pelo prazer e a autoafirmação… É assim: tire Deus, apague o Cristo da consciência do nosso Ocidente e fica somente o vazio, um homem infantilizado, presa das velhas práticas pré-cristãs…
Era para ser claro, palpável: sem Deus, o homem definha, o homem torna-se menos homem. Fomos, todos nós, feitos para o Infinito, para o Absolutamente Outro, o Eterno, e somente nessa abertura encontramos o Sentido, a Direção, o Eixo da nossa existência. O homem não é fruto da natureza; o homem é fruto do Autor na natureza, que nela impregna um desígnio, um sonho de amor: o homem é imagem de Deus, criado para Deus, com um coração que não se contenta com menos que Deus! Tire Deus e endeuse o que não é Deus; elimine o Deus verdadeiro e torne-se escravo de mil ídolos mentirosos!
O cristianismo, na Antiguidade, vencendo o paganismo, deu ao Ocidente a firmeza conceitual e a clareza de visão da vida e do mundo que permitiram o surgimento de uma civilização que tornou-se planetária. Esse Ocidente volta as costas para o Cristo e torna-se presa de todos os infantilismos e escravidões dos quais o cristianismo o havia libertado: desprezo pela vida humana, adoração infantilóide na natureza, falta de sentido para a existência, angústia, medo do sofrimento e da morte…
Que você, meu Amigo, tenha certeza: ainda haveremos de ver muita coisa! A tolice tem ares de sabedoria; a superstição tem pose de religião; a loucura tem fama de profunda lucidez…
Assim, negou-se toda religião sobrenatural, toda revelação de Deus a Israel e inventou-se, no Ocidente, um deus distante, teórico, Arquiteto do Universo, distante, frio e inútil… Depois, nosso Ocidente negou Deus de vez: era preciso matar Deus – dizia-se – para que o homem vivesse de verdade. Assim, esta nossa civilização ocidental, colocou o homem no trono que pertence somente a Deus.
Esta razão endeusada e este homem no centro de tudo (na escola no ensinaram o absurdo que foi um ótimo negócio passar do teocentrismo medieval para o antropocentrismo do renascimento, como se o homem fosse Deus e Deus fosse apenas um detalhe…) levaram o Ocidente a duas guerras crudelíssimas, com mais 70 milhões de mortos… Depois das guerras (do nazismo em nome da razão, do fascismo em nome da racionalidade, do marxismo em nome da ciência e da história), veio a ressaca: não se crê mais em nada: nem no Deus revelado, nem na razão, nem nas instituições, nem nos grandes projetos…
Agora, não é mais o homem no centro; é somente o indivíduo, sozinho, fechado, egoísta, com uma ilusãozinha, uma moralzinha, um projetozinho, um deusinho segundo a sua imagem e semelhança medíocre e escrava de mil paixões…
No vazio de Deus, na negação do cristianismo, o Ocidente encontra-se perdido – alegremente perdido, bebadamente iludido e inconsciente de sua perdição! Procura-se desesperadamente encher o vazio existencial e encontrar um sentido para a vida no consumismo, no poder a qualquer custo, nas drogas, no endeusamento da natureza, no turismo desenfreado, nas seitas, na promiscuidade, na busca frenética pelo prazer e a autoafirmação… É assim: tire Deus, apague o Cristo da consciência do nosso Ocidente e fica somente o vazio, um homem infantilizado, presa das velhas práticas pré-cristãs…
Era para ser claro, palpável: sem Deus, o homem definha, o homem torna-se menos homem. Fomos, todos nós, feitos para o Infinito, para o Absolutamente Outro, o Eterno, e somente nessa abertura encontramos o Sentido, a Direção, o Eixo da nossa existência. O homem não é fruto da natureza; o homem é fruto do Autor na natureza, que nela impregna um desígnio, um sonho de amor: o homem é imagem de Deus, criado para Deus, com um coração que não se contenta com menos que Deus! Tire Deus e endeuse o que não é Deus; elimine o Deus verdadeiro e torne-se escravo de mil ídolos mentirosos!
O cristianismo, na Antiguidade, vencendo o paganismo, deu ao Ocidente a firmeza conceitual e a clareza de visão da vida e do mundo que permitiram o surgimento de uma civilização que tornou-se planetária. Esse Ocidente volta as costas para o Cristo e torna-se presa de todos os infantilismos e escravidões dos quais o cristianismo o havia libertado: desprezo pela vida humana, adoração infantilóide na natureza, falta de sentido para a existência, angústia, medo do sofrimento e da morte…
Que você, meu Amigo, tenha certeza: ainda haveremos de ver muita coisa! A tolice tem ares de sabedoria; a superstição tem pose de religião; a loucura tem fama de profunda lucidez…
Pobre homem, pobre Ocidente! Quanto precisamos de Deus; quantos temos necessidade daquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida!
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