11 de fevereiro
Castrense viveu no século V, era cristão e bispo de Cartagine, atual
Tunísia, África. Durante a invasão dos Vândalos, comandados pelo rei
Genserico, ele foi lançado ao mar, junto com outros sacerdotes e fiéis,
dentro de um velho navio desprovido de velas, remos e leme. Com certeza,
o intuito era que morressem afogados, mas milagrosamente ele
sobreviveu, desembarcando na costa italiana, próxima a Nápolis.
Pelos registros, ele retomou sua missão
apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno. Depois, de acordo
com o antiqüíssimo “Calendário Marmóreo” de Nápolis, ele também foi
eleito bispo de Sessa, aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois
rebanhos, os quais guiou com amor e zelo paternal.
Castrense era humilde
e carismático, penitente e caridoso, durante a sua vida patrocinou dois
episódios prodigiosos, registrados nos arquivos da Igreja: libertou um
homem possesso pelo demônio e salvou um navio cheio de passageiros de
uma grande tempestade.
Assim, a fama de santidade já o
acompanhava, quando morreu como mártir de Jesus Cristo, em 11 de
fevereiro de 450, em Sessa, Nápolis. Logo passou a ser venerado pela
população em toda Campânia e em muitas outras cidades, inclusive na
África.
As relíquias do Santo, foram
transferidas, antes do século XII, de Sessa para Cápua e depois por
determinação de Guilherme II o Bom, último rei normando da Sicília,
foram enviadas para Monreale. Em 1637, foram transladadas para a Capela
anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata com uma placa onde se
pode ler “São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale”.
As mais recentes informações sobre este
Santo de origem africana, datam de 1881, e foram encontradas durante as
escavações arqueológicas na gruta de Calvi, próximas de Monreale. São
pinturas do século VII que retratam o bispo Castrense, nas duas dioceses
e ao lado de outros mártires da mesma época e região.
Mas ainda hoje encontramos o efeito da
sua presença na Catânia, seja na pequena região que leva o nome de São
Castrense, seja nas diversas igrejas e no convento feminino beneditino
erguido ao lado da Catedral, sendo tudo dedicado à sua memória.
Inclusive nas manifestações de sua devoção quando da comemoração de sua
passagem no dia 11 de fevereiro. Data oficializada pela Igreja, quando
reconheceu o seu martírio e declarou o bispo Castrense, Santo e
padroeiro da cidade de Monreale. Neste dia a sua estátua segue em
procissão da Catedral de Monreale, indo para a de Sessa e retornando
após o culto litúrgico. Dizem os devotos que durante este trajeto muito
graças são alcançadas por sua intercessão.
Santo Castrense, rogai por nós!
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