12 de maio
As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.
Pancrácio nasceu em Roma, filho de pais
cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda
muito criança foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio
conseguiu estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu
retiro o papa Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia,
doçura, piedade e profunda fé.
Mas como a perseguição de Diocleciano
não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze anos de
idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto. Pancrácio
ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na
flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo.
Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e,
finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a
tudo afirmando que não temia a morte, pois a levaria direto a Deus, o
imperador perdeu a paciência e mandou logo decapitá-lo. Era o dia 12 de
maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das
estradas mais famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla,
onde, no século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua
homenagem, existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a são
Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se
difundiu. A ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por
são Gregório Magno, e o de Londres, fundado por santo Agostinho de
Canterbury.
A fama de santidade de são Pancrácio se
espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos
enfermos na Itália, padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro
da Juventude da Ação Católica na América Latina.
São Pancrácio, rogai por nós!
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