01 Nov. 12
BRASILIA, (ACI).-
Repetindo o resultado de sondagens anteriores, uma pesquisa da Agência
Senado revelou no último 23 de Outubro que os brasileiros em sua imensa
maioria (82%) se opõe à realização do aborto
quando a mulher não deseja levar adiante a gravidez. A pesquisa foi
feita à luz da reforma do Código Penal, atualmente em debate em
Brasilia, e que poderia ampliar as cláusulas em que o crime do aborto
não é penalizado no país.
“Atualmente, a legislação brasileira permite a realização de aborto em casos de estupro ou quando a continuidade da gravidez trouxer risco de morte à mulher. O Supremo Tribunal Federal também autorizou a interrupção da gravidez quando for comprovada a ocorrência de anencefalia – doença caracterizada pela má formação total ou parcial do cérebro do feto. O Código Penal deve estabelecer os casos nos quais o aborto pode ser realizado com amparo legal”, indica a nota da Agência Senado.
“Segundo 82% dos entrevistados na pesquisa do DataSenado, a lei não deve permitir que uma mulher realize o aborto quando ela não quiser ter o filho”, destaca a nota de imprensa da agência.
“Atualmente, a legislação brasileira permite a realização de aborto em casos de estupro ou quando a continuidade da gravidez trouxer risco de morte à mulher. O Supremo Tribunal Federal também autorizou a interrupção da gravidez quando for comprovada a ocorrência de anencefalia – doença caracterizada pela má formação total ou parcial do cérebro do feto. O Código Penal deve estabelecer os casos nos quais o aborto pode ser realizado com amparo legal”, indica a nota da Agência Senado.
“Segundo 82% dos entrevistados na pesquisa do DataSenado, a lei não deve permitir que uma mulher realize o aborto quando ela não quiser ter o filho”, destaca a nota de imprensa da agência.
“Por outro lado, diante de
circunstâncias específicas, a maior parte das pessoas concorda com a
legalização do procedimento. Quando a gravidez for causada por estupro,
78% apoiam a realização do aborto, se for vontade da gestante. Do mesmo
modo, quando a gravidez trouxer risco de morte à mulher, 74%
manifestaram-se de acordo com a interrupção da gravidez. O aborto também
poderia ser realizado dentro da lei, conforme os resultados, nos casos
em que os médicos confirmarem que o bebê tem uma doença grave (como a
anencefalia) e pode morrer logo depois do nascimento (67%) ou quando a
gravidez traz risco à saúde da mulher (62%)”, afirma ainda o texto.
Para o perito em demografia da organização pró-vida
Human Life International, o boliviano Mario Rojas, o resultado da
resposta do público diante destas “circunstâncias concretas” não é de
surpreender.
“Não é raro que isto aconteça nas sociedades em que a
mídia fala com meias verdades sobre o aborto, afirmando que a sua
realização é uma via legítima e eficaz para diminuir a mortalidade
materna”.
“Está amplamente documentado que a mortalidade materna
não tem relação alguma com o fato do ser ou não legalizado, a relação
direta está vinculada ao nével de educação da mujer e os serviços
obstetricios que antes, durante e depois da gravidez”, assinalou.
Um
estudo citado pelo perito da Human Life International foi realizado no
Chile com informação recolhida durante cinqüenta anos e confirmou que um
maior acesso ao aborto não produz uma diminuição na taxa de mortalidade
materna.
A pesquisa "Nível de educação das mulheres, instalações
da saúde materna, legislação sobre o aborto e mortalidade materna: um
experimento natural no Chile desde 1957 até 2007", foi publicada no dia 4
de maio no PLOS One, a maior revista científica do mundo e foi liderado
pelo Dr. Elard Koch.
Uma das descobertas mais importantes da
pesquisa foi que, ao contrario do que dizem as hipóteses sustentadas
pelos abortistas, desde que o aborto foi declarado ilegal no Chile, no
final da década de 1980, a taxa de mortalidade materna diminuiu de 41.3
até 12.7 por cada 100.000 crianças nascidas vivas. Isto significa uma redução de 69,2 por cento.
O
Dr. Elard Koch, epidemiologista e principal autor do estudo, destacou
que "definitivamente, a proibição legal do aborto não está relacionada
com as taxas globais de mortalidade materna".
Por outro lado a
pesquisa do DataSenada fala ainda que os homens tendem a ser mais
favoráveis ao aborto no Brasil que as mulheres: “É interessante
ressaltar que, via de regra, os homens mostraram-se mais favoráveis à
realização do aborto”.
“Por exemplo, nas situações em que há
risco à saúde da mulher, 66% dos homens apoiam o procedimento, enquanto
58% das mulheres têm essa opinião. Por sua vez, quando a gravidez traz
risco de morte à mulher, 69% delas concordam com o aborto, número que
sobe para 79% entre o público masculino”, afirma a pesquisa do
DataSenado.
Para ver o estudo do Dr. Elard Koch (em inglês), visite:
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