15 fevereiro 2013
Prosseguem as matanças de cristãos na Nigéria (África). Em dezembro
último, um grupo de fundamentalistas islâmicos degolou 15 cristãos na
localidade de Mussari, nos arredores de Maiduguri, região nordeste da
Nigéria, informou uma fonte dos serviços de emergência locais.
“‘Segundo as informações que recebemos, os criminosos entraram em
algumas residências e mataram 15 pessoas que estavam dormindo’, disse a
fonte, que pediu anonimato. As autoridades haviam informado no sábado o
ataque, executado na sexta-feira em Musari, mas com um balanço de cinco
mortos e sem revelar outros detalhes”.(1)
O tenente-coronel Sagir Musa, porta-voz militar na região, declarou à
“Agência France Press” que alguns foram mortos a tiros, e outros
atacados com facões.
Referindo-se às vítimas, uma fonte que pediu anonimato disse que “incluem um guarda de trânsito e 14 civis”, e que “foram escolhidas porque eram todos cristãos”. Segundo informou um vizinho, “os agressores entraram silenciosamente em casas cujos moradores eram cristãos”.
Parte desses fundamentalistas pertence à organização Boko Haram, que exige a adoção em toda a Nigéria da sharia, lei islâmica que não admite a prática de qualquer outra religião que não seja o islamismo. Estima-se que os ataques do Boko Haram já causaram mais de três mil mortes na Nigéria desde 2009.
Grande produtor de petróleo, a Nigéria é o país mais populoso da
África, com 170.123.740 habitantes.(2) O norte é predominantemente
muçulmano e o sul de maioria cristã.
Um relatório de 2003 avalia que “50,4% da população da Nigéria
são muçulmanos, 48,2% são cristãos e 1,4% aderem a outras religiões.
Entre os cristãos, 27,8% são católicos, 31,5% são protestantes e 40,7%
pertencem a outras denominações cristãs”(3). O número de cristãos está crescendo.
* * *
A Nigéria é um exemplo da terrível onda de cristianofobia que se
alastra hoje por diversos países, especialmente da Ásia e da África.
Animistas, hinduístas, muçulmanos e outros, por ódio à fé ensinada por
Jesus Cristo, vão multiplicando o número de mártires, sob os olhares
complacentes do Ocidente ex-cristão.
Defensores de “direitos humanos”, “direitos dos animais” e agora até
“direitos das plantas” olham com displicente indiferença para essas
matanças que se sucedem. O que faz a ONU, supostamente tão preocupada
com os direitos humanos? E a União Europeia, que também se apresenta
como defensora desses direitos? O que fazem os governantes das nações
ocidentais, incansáveis em inculcar os chamados direitos sociais?
Porventura os cristãos não têm quaisquer direitos, nem sequer o mais
elementar deles que é o direito à vida?
Diante de tanta indiferença, parcialidade e, por que não dizê-lo,
covardia, peçamos a Nossa Senhora que faça com que suas lágrimas
irriguem as almas dos perseguidos, incutindo-lhes força e perseverança
para que lutem até o fim, aceitando o martírio se este for da vontade de
Deus. E que essas mesmas lágrimas caiam também sobre os perseguidores “para que se salvem, ou para que as graças rejeitadas se acumulem sobre eles como brasas ardentes, clamando por punição”.(4)
___________
Notas:
(1) Zero Hora, Porto Alegre, 30-12-12.
(2) The World Factbook. Central Intelligence Agency (United States)
4) Plinio Corrêa de Oliveira, Via Sacra, VII Estação, Catolicismo, março/1951
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