Por Ir. Diego Joaquim*
Muitos que estão fora do rebanho não reconhecem a voz do Bom Pastor que nós devemos irradiar.
A adesão ao Evangelho deve fazer a pessoa assumir o
mesmo compromisso e missão de Jesus Cristo, que veio ao mundo não como
um ladrão para roubar, matar e destruir, mas para promover a vida, “e
vida em abundância” (cf. Jo 10,10). Por isso, devemos colocar em prática
o mandamento que Ele deixou: “Assim como eu vos amei, amem também uns
aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês
são meus discípulos” (Jo, 13,56).
Longe de ser mera teoria, o ensinamento que Ele deixou era visível em
sua prática de vida. No encontro com a samaritana (Jo 4,5-42), por
exemplo, Jesus mostra que o diálogo e a proximidade com quem crê e pensa
diferente promove o conhecimento mútuo e a transformação da realidade.
Quando lhe foi apresentada uma mulher adúltera (Jo 8,1-11), ele mostrou
que um pecador não pode julgar o outro, ao mesmo tempo em que o perdão
recebido deve nos levar a uma mudança de vida.
Jesus agia dessa maneira porque se importava com as pessoas, se
preocupava com elas. Ele mesmo disse que não era como um empregado que
trabalhava somente por dinheiro, mas sim como um pastor que dá a vida
pelas ovelhas (cf. Jo 10,11-18). Ele as conhecia, e por isso, sabia de
suas dores e necessidades.
Nós, que professamos a fé cristã, precisamos nos aproximar de Jesus e
procurar viver o que realmente Ele ensinou e viveu. Algumas ações de
indivíduos ou comunidades inteiras, apesar da boa intenção, acabam
distorcendo o essencial dos valores que o Evangelho nos apresenta. E,
por isso, muitos que estão fora do rebanho não reconhecem a voz do Bom
Pastor que nós devemos irradiar.
A melhor forma de comunicar hoje a voz do Pastor (cf. Jo 10,16) é
pelo testemunho de vida (cf. Jo 10,35). Falta, em alguns, a
disponibilidade para o diálogo, o acolhimento, e a colaboração para que
possamos construir uma sociedade melhor. Como já disse o Papa Francisco:
“A Igreja é fértil e mãe quando testemunha Jesus Cristo. Ao invés,
quando a Igreja se fecha em si mesma, acredita ser – digamos assim – uma
‘universidade da religião’, com muitas boas ideias, belos templos,
belos museus, mas que não testemunha, se torna estéril. E o mesmo
acontece com o cristão”.
A12 19-07-2015.
*Ir. Diego Joaquim é missionário redentorista, jornalista e diretor de conteúdo da rede Pai Eterno de comunicação.
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