sábado, 3 de julho de 2021

Podemos dar a Deus "a honra perfeita e completa”

 
 
Por Pe. Carlos Grimaud
 
 

Muitas almas cristãs se inquietam por trabalhar tão pouco para a glória de Deus! Veem que o tempo passa e temem achar-se transportadas aos umbrais da eternidade com as mãos vazias.

E por isso quereriam ter atingido perfeitamente o fim para o qual foram criadas, que é o de louvar a Deus. Mas, impedidas pelos negócios, ou por moléstias, sobrecarregadas pela família, queixam-se de ver passar os dias, sem glorificar devidamente a Deus.

Lançando um olhar pelo mundo, estas mesmas almas escandalizam-se por ver a Deus tão ofendido, tão esquecido... e perguntam como o Altíssimo pode suportar tantas injúrias da parte de suas criaturas. E estes pensamentos perturbam-lhes a fé. Desejosas de expandir o Reino de Deus, querem saber qual meio poderiam empregar para endireitar este mundo, e dar ao Autor de todas as coisas a glória a que tem direito.

Oh! que estas almas não desanimem! Sua pena provém da falta de luzes: nem podem imaginar a cópia de louvores que se elevam perpetuamente desta terra, em aparência tão ingrata, ao trono da Divina Majestade ... e ainda menos imaginam que talvez elas mesmas podem dar a Deus "a honra perfeita e completa” que tão ardentemente desejam, contanto que cooperem com Cristo na homenagem infinita que Ele rende à Santíssima Trindade.

Devem unicamente renovar a oferenda do Calvário: com, em e por Cristo, têm elas o meio de atingir completamente o fim que Deus lhes determinou, que é dar-Lhe uma glória perfeita sem sombras nem desfalecimentos. E não haverá uma doutrina consoladora e cheia de pacificação, que desvende o grande mistério da paciência de Deus para com o mundo pecador?

Este livro destina-se a procurar abrir às inteligências cristãs, ávidas do desejo de servir a Deus, de propagar o seu reino, e de se preparar para a eternidade, conhecimentos talvez ignorados acerca do Sacrifício de nossos altares.

Visa ensinar que não é só Cristo que deve celebrar a S. Missa... mas que Ele une a si os seus fiéis ... ou antes que Ele e seus fiéis formam "um só Cristo” que apresenta a Deus louvores infinitos... de maneira que cada um de nós, deixando de lado esta frase, mais familiar do que exata:

"Vou à Missa”, a substitua por esta outra: “Vou celebrar a minha Missa com Cristo.”

Deste conhecimento mais nítido de nossa participação ao ato sacerdotal de Nosso Senhor, resultarão para nossa vida cristã imensas vantagens: Em primeiro lugar nos interessaremos pela S. Missa como fazemos pelas coisas que são nossas; desde então procuraremos estudá-la melhor para nela ter maior parte; teremos felicidade em assistir a ela.

Depois nos sentiremos consolados. Experimentaremos realmente que não somos mais “seres inúteis” desde o momento em que tivermos consciência de exercer a mais nobre das funções, concorrendo para dar a Deus um louvor perfeito e completo, prelúdio daquele que Lhe daremos por intermédio de Jesus Cristo por toda a eternidade.

Nossa perfeição espiritual desenvolver-se-á. Para estar mais inteiramente unido a Cristo no ato precioso da oblação, não hesitaremos em nos conformar em tudo à sua santíssima Vontade, em nos privar de tudo o que Lhe desagrada, em procurar tudo o que Lhe é agradável, a fim de realizar em nós a perfeita uniformidade de pensamentos e de sentimentos entre o Sacerdote Eterno e os seus humildes colaboradores.

Seremos cristãos intrépidos e irrepreensíveis; pois que podem temer dos homens ou dos acontecimentos aqueles que penetram com Cristo na intimidade de Deus, Senhor dos corações e soberano Senhor de todas as coisas?

 

Leia em pdf aqui! 


Fonte - alexandriacatolica

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