Corresponsabilidade implantada no projeto pastoral
POR PE. JOSÉ ALEM, CMFUm desafio para todas as pessoas e situações é a capacidade de ser corresponsável, ou seja, sentir-se responsável também por aquilo que se realiza, como a sociedade se organiza, o que pensa, o que deve fazer, como se pode contribuir para que a vida em comum seja assumida como um bem de todos. Faz parte da convivência humana o ser co-responsável. Viver é conviver. Isso é fundamental também na vida das comunidades eclesiais. E muito mais, todos serem responsáveis por toda a comunidade é decorrente da missão cristã.
São Paulo já orientava os membros da Igreja a se sentirem um corpo onde cada um é um membro, mas todos formam uma única realidade. Ninguém supera ninguém e ninguém subsiste por conta própria (Cfr. 1 Co 12). Isso inclui que cada membro de uma comunidade se sinta co-responsável por ela. Tudo na comunidade interessa a todos. E todos devem também partilhar seus dons, talentos, serviços para construir o corpo, a comunidade.
Quando se entende esse grande desafio próprio de sua vocação-missão de ser comunidade rompe-se com a mentalidade auto-suficiente que muitas vezes perpassa serviços e ministérios onde se incorre no perigo do isolamento, da competição e até o autoritarismo.
Em uma paróquia ou comunidade religiosa, por exemplo, a ação co-responsável favorece um diálogo mais verdadeiro, uma paixão pela causa comum, a busca de um crescimento conjunto. Ninguém se sente dono de nada e todos se sentem comprometidos com o todo, com a missão.
Em muitas comunidades há ainda a mentalidade de que a gente ajuda o padre na catequese, na liturgia ou em algum serviço, ou ainda, que o padre é o dono e os membros da comunidade seus ajudantes. Isso acarreta muitos prejuízos, tanto para o padre como para a comunidade e sua missão.
É certo que viver e conviver é uma arte e um desafio e nem sempre somos educados para isso. Facilmente transferimos para nossas comunidades os vícios e erros de visão e comportamento que criticamos na sociedade em geral, o que não diferencia muito de nosso modo de pensar e agir.
10 ATITUDES ERRADASPara agir corresponsavelmente evite:
1 Pensar que se está sempre certo.
2 Reclamar de tudo e responsabilizar os outros pelos problemas.
3 Entender tudo sob um único ponto de vista.
4 Atitudes de inveja, indiferença, de ciúmes.
5 Atitudes de auto-suficiência que impedem o crescimento pessoal.
6 Observar unicamente os defeitos dos outros.
7 Ficar “remoendo” as coisas que não deram certo aumentando a tensão na comunidade.
8 Desejo de exercer o poder, ao invés do serviço, e não se preocupar com o bem da comunidade.
9 A falta de colaboração e participação.
10 Convencer as pessoas das coisas que você fala, mas não acredita.
Pe. José Alem, CMF é Especialista em Comunicação e Logoterapia, Professor na UNISAL/SP. Assessoria para oficinas, palestras, retiros, cursos em comunicação.
Site: www.josealem.com.br
Contato: josealem@bol.com.br
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