sexta-feira, 25 de março de 2011

Alarme de Seitas Satânicas

“Só em 2010, as vítimas foram mais de 240 mil “
FRANCA GIANSOLDATI
Imagem Ilustrativa - Gustave Doré
Tudo começou no início de 2002, quando o Centro João XXIII decidiu abrir um observatório e ativar um número de chamada gratuira (800228866) para dialogar com as vítimas que caíram nas garras de psicóticos e de grupos satânico. 


Um fenômeno escondido que gradualmente, através de um telefone que não parava de tocar, permitiu de revelar o sutil recrutamento da parte de pessoas inescrupulosas que agiam sobre os medos e os problemas pessoais para criar vínculos com as organizações, a fim de destruir os valores de referência. O neófito tornava-se sempre mais distante da sua realidade.  Frequentemente, com fins lucrativos, pois a dependência não era sem custo. O roteiro parecia sempre o mesmo. Meninas atraídas pelo oculto, senhoras provadas por fracassos na vida, homens sofredores, histórias de solidão. Depois de terem sido sujeitadas através de manipulações mentais, as infelizes vítimas eram ameaçadas e, porvezes, violentadas sob hipnose. Os dados recolhidos pela Associação fundada por Dom Benzi estão sendo elaborados por Dom Aldo Buonaiuto, com a colaboração do  Gris (Grupo di ricerca e informazione socioreligiosa – Grupo de Pesquisa e Informação Sócio-religiosa), que editou um livro apresentado ontem à tarde, em Latrão. «As seitas ocultas são financiadas por um grande número de negócios dos bruxos, a maior parte fraudulentos» explica o sacerdote, que exorta a polícia a não fechar os olhos à uma realidade desconcertante. «É necessária uma lei para tutelar as vítimas das seitas». Mas quantas são estas vítimas? Difícil estabelecer o número. «Tenho mais de 240.000 apenas em 2010». O mundo da magia, em 80% dos casos, se associa à bruxaria e ao espiritismo, ao satanismo e à mediunicidade. «Os grupos extremos que adoram Satanás têm crescido. Desde 2002 até hoje, temos encontrado um crescimento exponencial, sobretudo entre os adolescentes». O principal veículo do avanço é a Internet. Há meninas de 14 anos que promovem blog de bruxaria autointitulando-se bruxa e assumindo a linguagem e o comportamento característico. Assim como se vê a expansão de grupos jovens com menos de 18 anos, dedicados à subcultura do vampirismo, assumindo ainda aqui o comportamento perigosos, ingerindo drogas, realizando auto-mutilação, simulando suicídio e homicídio, instigando a violência em todas as suas formas. Don Aldo insiste em dizer que é necessário impedir que essas seitas façam uso do direito à liberdade religiosa para continuarem  a atrair adeptos. O ministro Carfagna respondeu convidando as vítimas «a utilizarem o novo instrumento normativo para denunciar falsos gurus e homens santos. O crime de assédio no Código não é apenas para as senhoras, mas para todas as pessoas que desejam quebrar a aspiral de ameaças e violência, na qual todos podemos cair».
 

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