dombosco-salesiano
1) A TERRA ONDE NASCEU DOM BOSCO
Bem ao norte da Itália, havia no século passado, uma cidade chamada Castelnuovo d’Asti. Havia aí também uma Paróquia. Havia ali perto uma vila chamada Murialdo. Essa vila pertencia a Castelnuovo d’Asti. A cinco quilômetros da vila havia um pequeno povoado chamado de BECCHI. Podemos dizer então que Dom Bosco era do povoado de Becchi da vila de Murialdo, da cidade de Castelnuovo d’Asti, que ficam bem ao norte da Itália a uns 30 quilômetros de Turim, que era a capital do Piemonte.
2) O NASCIMENTO DE DOM BOSCO
Dom Bosco nasceu no dia 16 de agosto de 1815. Seu pai se chamava Francisco Bosco e sua mãe se chamava Margarida Occhiena. Francisco Bosco era um lavrador. Possuía um pedacinho de terra, mas isto não era suficiente para sustentar uma família de seis pessoas. Sabe quais eram as seis pessoas? Eram:
A mãe de Francisco Bosco. Ela tinha então 70 anos.
Francisco Bosco, com 31 anos. Era viúvo quando se casou com Margarida.
Margarida, a mãe de Dom Bosco. Tinha 27 anos quando Dom Bosco nasceu.
Antônio. Este era filho de Francisco, mas não de Margarida. Era do primeiro casamento de Francisco Bosco.
José, primeiro filho de Margarida.
João Bosco, o segundo filho de Margarida.
Quando João Bosco tinha apenas 2 anos de idade, morreu seu pai. Antônio ficou órfão de pai e mãe. José e João ficaram órfãos de pai. Margarida ficou viúva com apenas 29 anos de idade.
3) A MÃE DE DOM BOSCO
Será que uma senhora tão nova como Margarida vai dar conta de conduzir o lar com bons resultados? Ela é analfabeta e pobre. Mas é uma mulher de muito valor. É como a mulher forte e valorosa que a Bíblia elogia. Seu valor e sua coragem vinham sobretudo de uma profunda fé em Deus. Ela sabia colocar Deus em primeiro lugar. Por isso foi capaz de educar os três meninos e fazer a casa prosperar como nos tempos do marido.
4) UM SONHO DIFERENTE
Quando João Bosco tinha apenas nove anos de idade teve um sonho que não é sonho de criança. Eis o sonho, como ele mesmo o contou no dia seguinte para os de sua casa: parecia-lhe estar não muito distante da porta de sua casa, no meio de uma multidão de meninos que gritavam, berravam e falavam palavrões. Os meninos brigavam. Eram como bichos. João Bosco tentou fazer com que eles parassem com aquilo. Primeiro foi com jeito. Com boas palavras tentou mudar os meninos. Mas vendo que não lhe davam atenção entrou no meio deles com socos e pontapés. Apanhou muito e bateu muito também. Enquanto estava no sufoco apareceu-lhe um personagem importante e nobre. E disse-lhe: “Não com pancadas, João, mas com a bondade é que você vai conquistar a amizade destes meninos. Então João Bosco viu aqueles meninos desaparecerem como por encanto e no lugar deles aparecera vários tipos de animais ferozes e domésticos. Eram cães, gatos, ursos, cabritos. Nisto apareceu bem a seu lado uma senhora de aspecto belo e majestoso. Colocou a mão em seu ombro e disse-lhe: “Olhe, o que vai acontecer com estes animais, você deve
fazer que aconteça também com os meninos. Seja forte, humilde e robusto”. E João Bosco viu, com imensa admiração, aqueles meninos se transformarem em mansos cordeiros. Mais ainda: os cordeiros se aproximaram do moço e da senhora como se quisessem prestar-lhe um homenagem. João Bosco já não entendia mais nada, por isso começou a chorar. Mas a Senhora o confortou dizendo: “A seu tempo você compreenderá tudo”.
5) UM MENINO DE OURO
João Bosco, quando menino, era igualzinho aos meninos de seu tempo. Fazia todas artes e peraltices de um menino cheio de saúde e de vida. Mas ao mesmo tempo era diferente. E bem diferente. Era diferente porque parecia já ter uma consciência clara de que a gente deve ser bom e fazer o bem desde pequeno. Sim João Bosco gostava de ajudar os companheiros de sua idade. E a melhor maneira que encontrou para ajudá-los foi prepará-los para viverem mais perto de Deus. João Bosco era ainda uma criança quando começou a ensinar o catecismo para seus colegas.
Quando João Bosco tinha apenas 10 anos de idade, já era um grande catequista. Até jovens e adultos vinham às suas aulas. Sabemos que a maioria vinha principalmente para se divertir com os exercícios de João Bosco. Mas o certo é que grandes e pequenos participavam das orações e das explicações promovidas por João Bosco. E se alguém não quisesse participar da parte religiosa não podia ficar para os espetáculos.
6) UM ENCONTRO QUE VALEU A PENA
O ano de 1826 foi ano de jubileu por toda a parte na Itália. Na Paróquia de Castelnuovo houve uma semana de pregações e celebrações com a participação de muita gente. O mesmo aconteceu na Paróquia de Butigliera. O povoado dos Becchi ficava um pouco mais perto de Butigliera do que de Castelnuovo. Por isso a família Bosco ia todos os dias a Butigliera. Ia também muita gente de Murialdo e de Capriglio. Entre as pessoas que freqüentavam as pregações todas as tardes, estava um padre de 70 anos. Era o padre Calosso, que trabalhava em Murialdo, um povoado, ou melhor uma vila, pertencente à Paróquia de Castelnuovo D’asti. Apesar da idade percorria a pé os 16 quilômetros de ida e volta a Capriglio todos os dias.
Certa tarde o padre Calosso abordou a João Bosco:
- Como é o seu nome?
- João Bosco.
- Mora onde?
- Nos Becchi.
- Será que você conseguiu entender alguma coisa do sermão de hoje?
- Sim Senhor, Padre. Entendi tudo.
- Tudo é muito. Se você for capaz de repetir quatro frases do sermão eu lhe dou quatro soldos.
- O sermão tinha três partes. Qual delas o senhor quer que eu repita?
- Repita o que você quiser.
- Então vou repetir tudo.
E João Bosco foi repetindo o sermão ponto a ponto, de sorte que deixou o Padre Calosso muito admirado com sua memória e sua inteligência. E o padre mostrou logo um grande interesse por João Bosco. E lhe fez muitas outras perguntas.
- Você está estudando?
- Infelizmente não.
- Por que?
- Porque Antônio, meu irmão mais velho não deixa. Diz que para trabalhar na enxada a gente não precisa estudar.
- Mas você gostaria de estudar?
- Nem se fale. O meu sonho é estudar muito.
- E por que você queria estudar?
- Quero estudar para ser padre. E quero ser padre para cuidar dos meninos, principalmente dos mais pobres.
Chegou a hora de os dois amigos se despedirem. Mas o Padre Calosso convidou João Bosco a comparecer em sua casa em Murialdo no dia seguinte. João Bosco aceitou o convite. No dia seguinte bem cedo estava em Murialdo e nesse mesmo dia o Padre Calosso começou a ensinar-lhe um pouco de latim.
7) EMPREGADINHO DE FAZENDA
Dizem que “o que é bom dura pouco”. Isto não é verdade. Mas no caso de João Bosco o provérbio funcionou. Ele estava fazendo grande progressos no estudo do latim com o Padre Calosso. Mas Antônio, o irmão mais velho não tolerava que saísse todos os dias de manhã. Havia brigas todos os dias por causa dos estudos de João Bosco. A bomba estourou num dia em que João Bosco deu ao irmão a resposta que merecia. Disse-lhe o Antônio:
- eu não estudei nada e estou muito bem de saúde. Veja como sou forte.
- Nosso burro também não estudou e é mais forte que você, respondeu João Bosco.
Antônio nem esperou o final da frase para cair sobre o irmão com socos e pontapés. O relacionamento entre Antônio e João Bosco ficou tão tenso que Margarida aconselhou João Bosco a sair de casa. Se fosse outra mãe preferiria afastar Antônio que não era seu filho e era mais velho. Mas Antônio ia precisar muito dela para se educar.
Depois de muito choro e súplica João Bosco conseguiu ficar com empregadinho numa fazenda. Aí não deixava os livros. Ele estudava enquanto tomava conta das vacas. À tardinha, quando deixava o trabalho, corria a estudar. Parece que tinha prazer em estudar. Ficou ali naquela fazenda quase dois anos. Uma bela manhã raiou para ele a esperança de continuar seus estudos. Apareceu na fazenda um tio de nome Miguel. Era um irmão de Margarida. O tio Miguel prometeu-lhe que ia arranjar tudo para que ele pudesse estudar. E cumpriu a palavra. Assim João Bosco retornou à casa e com grande alegria, voltou a estudar com o Padre Calosso.
8) VOLTAM AS DIFICULDADES
Durou pouco a alegria de João Bosco. Padre Calosso estava velho e doente. Veio a morrer mais depressa do que se esperava. Com sinais, antes de morrer, indicou a João Bosco o cofre. Queria dizer que era para seus estudos o que havia ali. Logo que o Padre Calosso morreu apareceram alguns sobrinhos. Queriam a chave do cofre. A princípio João Bosco teve dúvidas do mas depois preferiu entregar aos herdeiros a chave do cofre. Confiou na providência divina e não quis saber de confusões com herdeiros de seu grande amigo, Padre Calosso.
João Bosco passou então a freqüentar aulas em Castelnuovo. Mas esta cidade ficava a 10 km de sua casa. Pelo menos durante algum tempo ele percorria todos os dias nada menos que vinte km para estudar. Depois passou a morar na casa de um amigo de Margarida, cujo nome era João Roberto.
9) NO SEMINÁRIO DE CHIERI
Depois de estudar alguns anos numa escola pública de Chieri, João Bosco entrou no Seminário da mesma cidade. Chegando ali viu escrito na parede a seguinte frase: “As horas passam devagar para quem está triste, mas são rápidas para quem está alegre”. Queria que passasse logo o
seu tempo de seminário. Por isso procurou viver alegre. E até fundou com um grupo de seminaristas uma sociedade que recebeu o nome de sociedade da alegria.
O Regulamento da sociedade dizia que a alegria devia consistir sobretudo no exato cumprimento do dever. Isto está certo e perfeitamente de acordo com a maneira de João Bosco pensar. Para ele um jovem é feliz quando é bom e cumpre bem o seu dever.
João Bosco viveu alegre o seu tempo de seminário. O tempo passou rápido. E assim no dia 05 de junho foi ordenado sacerdote por Mons. Franzoni, arcebispo de Turim. Passou a ser Dom Bosco.
Depois que foi ordenado, Margarida, sua mãe, aproximou-se dele e lhe disse: “agora você é padre. Não se preocupe mais comigo. Pense apenas nas pessoas que você deverá salvar”.
10) INÍCIO DE UMA GRANDE OBRA
Após sua Ordenação Sacerdotal, Dom Bosco foi completar seus estudos em Turim, a capital do Piemonte. Aí trabalhava ao lado do Padre Cafasso (hoje São José Cafasso). Esse padre muito ajudou o desde os tempos de seminário. Agora levava-o para visitar as prisões de Turim. Dom Bosco ficava vivamente comovido ao ver tantos e tantos jovens em estado de miséria, presos juntos com os adultos. E ele pensava assim: “se alguém tivesse se interessado por eles não estariam aqui”. As visitas às prisões de Turim faziam crescer em Dom Bosco o desejo de fazer logo alguma coisa em favor dos jovens. Chegou finalmente o dia de dar início à sua obra. Ele estava se preparando para celebrar a Missa na Igreja de São Francisco de Assis. Era o dia 08 de dezembro de 1841, festa da Imaculada, um dia de domingo Conceição. De repente viu o sacristão correndo atrás de um garoto.
- O que aconteceu? Por que queria bater no menino?
- Não sabe ajudar a Missa e fica aqui na sacristia.
- Vá chamá-lo. É meu amigo.
- Amigo seu, um moleque daqueles?
O Sacristão torceu o nariz, mas foi chamar o menino. Só com muito custo conseguiu trazê-lo de volta. Dom Bosco pediu que ele assistisse a Missa e depois voltasse para conversar com ele. Após a Missa a Igreja de São Francisco viu uma das cenas mais lindas. Um diálogo que nunca tinha visto. Quem iniciou a conversa foi Dom Bosco.
- Como é o seu nome?
- Bartolomeu Garelli.
- Quantos anos você tem?
- Dezesseis.
- Você tem pai?
- Não. Já morreu.
- E mãe?
- Morreu também.
Mais um pouco de conversa e Dom Bosco iniciava ali mesmo o catecismo com Bartolomeu Garelli.
Bartolomeu Garelli saiu da sacristia feliz da vida. Nunca tinha encontrado alguém capaz de lhe dedicar tanta atenção. E Dom Bosco deve ter se sentido mais feliz ainda. Pois com aquela aula de catecismo ele iniciava sua obra em favor dos jovens. E iniciava justamente com um pobre órfão., servente de pedreiro e que nem sequer havia tido a oportunidade de fazer sua primeira comunhão.
11) O ORATÓRIO SALESIANO
No dia 15 de dezembro (domingo) Bartolomeu Garelli voltou. E não voltou sozinho. Vinham com ele mais 8 companheiros. Eram seis que ele havia convidado e dois indicados pelo Padre Cafasso.
No outro domingo já era um grupo maior. O número dos meninos que queriam ter catecismo com Dom Bosco ia só crescendo. Daí a pouco já não havia um espaço adequado para reunir tantos meninos. Dom Bosco os reunia ora num lugar, ora em outro. Até no Cemitério de São Pedro os reuniu. Mas parece que nem os mortos queriam ouvir o barulho que os meninos faziam. Por isso nem ali puderam permanecer por muitos domingos seguidos. Dom Bosco já não sabia o que fazer, mas Deus é bom e deu um jeito. Apareceu um tal de Senhor Pinardi oferecendo-lhe um barracão para que pudesse reunir ali os meninos. O barracão era pequeno demais. Mas havia um bom pedaço de terra junto dele. Dom Bosco não tinha dinheiro mas assim mesmo fechou negócio com o Senhor Pinardi.
12) O INTERNATO DE DOM BOSCO EM TURIM
A princípio o barracão servia apenas para o catecismo, aos domingos. Mas depois Dom Bosco fez nele pequenas modificações. Buscou sua mãe na roça e os dois ficaram morando no barracão. Poucos dias depois, acolheram um menino que não tinha onde passar a noite. Vieram outros meninos.
Mas como Dom Bosco pode formar um Internato, se tinha apenas um barracão? O Sr. Pinardi tinha ali pertinho do barracão uma casa e um bom pedaço de terra. Quase para fazer uma gozação ofereceu a casa e a terra a Dom Bosco por 60.000 liras. Era um preço exorbitante. Dom Bosco não tinha nem cinco liras, mas respondeu-lhe: eu compro a sua propriedade no dia que você quiser vendê-la por um preço justo.
- E quanto você me daria então?
- A propriedade está avaliada em 28.000,00 liras, mas eu dou 30.000,00 liras.
- Pagamento à vista?
- Sim pagamento à vista.
- E você não daria mais 500 liras para comprar um colar para minha esposa?
- Bem isto eu posso dar.
Ficou acertado que o pagamento seria de aí a 15 dias. Quem se arrependesse do negócio, pagaria 100.000,00 liras.
Logo que o Sr. Pinardi saiu, Margarida foi falar com Dom Bosco muito preocupada. Você está louco, João. Nós só temos dívidas. Onde vai arranjar todo esse dinheiro em tão pouco prazo? Ele respondeu: “se a senhora tivesse esse dinheiro não mo daria? Pois então? Será que Deus que é tão rico não vai me ajudar?”
No dia seguinte, o Padre Cafasso entregou a Dom Bosco 10.000,00. Era uma generosa oferta da Condessa Ricardi.
No outro dia apareceu no Oratório um Padre que doou a Dom Bosco 20.000,00. Um Banqueiro (Sr. Cotta) doou 3.000,00 liras. Era o suficiente para as despesas de escrituração e para o colar da senhora Pinardi. Foi assim que nasceu o Internato de Dom Bosco, que desde o início recebeu o nome de ORATÓRIO SÃO FRANCISCO DE SALES. A Casa Pinardi era pequena e velha. Poucos anos depois foi demolida. Em seu lugar surgiu um prédio adequado para acolher os meninos pobres vinham para Turim em busca de trabalho..
13) DOM BOSCO ABRE AS PORTAS DA CADEIA
Disse no início deste livro que Dom Bosco tinha o costume de visitar os presos das quatro cadeias de Turim. Pouco a pouco foi se tornando simpático a todos os presos. Percebeu que exercia sobre todos uma grande liderança.
Por isso certo dia Dom Bosco foi falar com o diretor dos cárceres. Queria permissão para dar um passeio com os presos. O diretor só faltou chamar Dom Bosco de louco. Mas Dom Bosco insistiu. Como não conseguiu nada do diretor dos cárceres, foi falar com o Ministro do Interior, responsável por esta área. O ministro Ratazzi ficou muito assustado, mas acabou concedendo a Dom Bosco a autorização solicitada. Antes, porém avisou a Dom Bosco. Você não vai conseguir trazer nem dez presos de volta.
No dia combinado Dom Bosco saiu com os presos. O dia foi maravilhoso para os presos. Eram quase todos jovens. Divertiram-se à vontade. E à tarde retornaram à cadeia. E os guardas ficaram pasmos ao constatarem que não faltava nem sequer um dos prisioneiros.
14) A FAMÍLIA DE DOM BOSCO
Desde os primeiros anos de sua atividade junto aos meninos, Dom Bosco havia percebido que era preciso arranjar alguém não só para ajudá-lo, mas também para continuar sua obra quando ele morresse. Primeiro ele preparou um grupo de pessoas, a quem deu o nome de “COOPERADORES SALESIANOS”. Os Cooperadores Salesianos existem até hoje. São geralmente leigos que assumem o compromisso de trabalhar na igreja de acordo com o espírito de Dom Bosco. Podem ser homens ou mulheres, jovens ou adultos , casados ou solteiros.
Depois Dom Bosco começou a preparar um grupo de jovens para assumir com ele um compromisso mais direto. Desse grupo surgiram padres, bispos e até cardeais. Com estes Dom Bosco fundou, no dia 18 de dezembro de 1859 a Congregação Salesiana, que é formada de padres e de leigos (irmãos). Tanto os padres como os irmãos fazem um voto consagrando sua vida ao serviço dos jovens, especialmente dos mais pobres.
Em 1872, Dom Bosco fundava, em colaboração com Maria Mazzarello, o Instituto das Irmãs. São as Filhas de Maria Auxiliadora. Elas deviam fazer pelas meninas o que os salesianos já faziam pelos meninos.
Mais tarde surgiram outros ramos nesta grande árvore que é a Família Salesiana.
15) ÚLTIMOS DIAS DE DOM BOSCO
No dia 08 de dezembro do mesmo ano de 1887, Dom Bosco almoçou com a comunidade no refeitório pela última vez.
Até o dia 20 ainda atendeu confissões no seu quarto. Recebeu também um imenso número de visitas. Depois se enfraqueceu de tal modo, que não pode fazer nada mais. Suas últimas palavras em plena lucidez foram para os jovens. Eis o que ele disse, com calma e com toda a firmeza: “Dizei a meus meninos que os espero a todos no céu. Do púlpito insisti sobre a comunhão freqüente e sobre a devoção a Nossa Senhora. A Hóstia e a Virgem! Força e Pureza”!
No dia 29 de janeiro de 1888, festa de São Francisco de Sales, comungou pela última vez. Daí para a frente Dom Bosco só foi piorando e às 4:45h do dia 31 de janeiro de 1888 entregou sua alma a Deus. Tinha 72 anos, 5 meses e 15 dias de idade.
Nasceu pobre e morreu pobre. No dia de sua morte, o Oratório teve que comprar fiado os pães para os oitocentos meninos que viviam lá nesta época.
16) DOM BOSCO É SANTO
No dia 02 de junho de 1929, o Papa Pio XI proclamou Dom Bosco Bem Aventurado. Significa que era digno de ser venerado pelos cristãos. Então foi apresentada na Basílica do Vaticano, a Imagem de Dom Bosco. Neste momento cerca de 50.000 pessoas explodiram num aplauso interminável. Parecia que não era possível um triunfo maior que este. Mas apenas cinco anos depois é que Roma viu um triunfo mais imponente. Foi a Canonização de Dom Bosco. Por ser época de Páscoa e Ano Santo, Roma estava apinhada de peregrinos. E no dia 01 de abril de 1834 aconteceu o grande triunfo, o Papa Pio XI, que em 1883 havia passado 3 dias no Oratório de Turim, incluiu Dom Bosco na lista dos Santos da Igreja. Havia tanta gente para celebrar o grande acontecimento, que cerca de 50.000 pessoas teve que ficar fora da Basílica de São Pedro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário