27/04/2011
O Google introduziu o latim no seu cardápio de idiomas com tradução automática. É a primeira língua de sem falantes a constar no Google Translate.
Sem falantes em termos. O latim é língua oficial do Vaticano, onde está localizado o único caixa eletrônico do mundo com instruções em latim. O papa Bento XVI, diz matéria de Mariana Hilgert e Luiz Costa Pereira Junior publicada na revista Língua Portuguesa de março, promulgou documento retomando o uso do latim nas missas, se fiéis o reivindicarem.
Em 1970, o papa Paulo VI criou a Fundação Latina do Vaticano, que editou um dicionário moderno do latim. São dois volumes, com 15 mil verbetes, algumas adaptações de termos usados atualmente, uma vez que muitas descobertas não existiam em idos tempos.
Assim, o turista que se deslocar do Brasil a Roma irá de “velivolum”, ou seja, de avião. Na capital italiana, no deslocamento do aeroporto ao hotel, ele poderá enfrentar engarrafamento, ou “fluxus interclusio”. E não adianta usar a “sonorum autocineti index” (buzina), porque ninguém cederá o lugar numa hora dessas.
No hotel, o viajante poderá usar a “machina linteorum lavatoria” para lavar suas roupas, e mandar um mail usando o “instrumentum computatorium”. E se quiser assistir TV a cabo, recorrerá ao “teleorasis cum transmissione per restem tenacem”.
Se, faminto, o turista quiser saborear batata frita num quiosque do Vaticano, ele pedirá “globulus solaniamus”. E, ao passear pelas ruas da cidade eterna e se deparar com uma pichação, ficará certamente indignado por causa daquela “figura graphio exarata”.
Ainda em Roma, poderá assistir a uma partida de “pediludium” entre Inter e Milan, ou, se preferir outro entretenimento, escutar um “astrictum sonorumque orbem” de Andrea Bocelli no “instrumentum computatorium”.
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