Bispo fala sobre o texto que é discutido na assembleia geral do episcopado
APARECIDA, quarta-feira, 4 de maio de 2011 (ZENIT.org) - O arcebispo de São Luís (Maranhão), Dom José Belisário da Silva, afirmou que as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) têm o papel de “inspirar” a ação pastoral da Igreja no Brasil.
O prelado é o presidente da Comissão do Tema Central – as DGAE – da 49ª Assembleia Geral da CNBB, evento que decorre em Aparecida até o dia 13. Esse documento deve ser aprovado nesta assembleia e terá validade até 2015.
Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, o arcebispo explicou que “as Diretrizes Gerais são uma espécie de plataforma de governo da nova presidência da CNBB”.
“Elas serão fonte de inspiração para a Conferência e para as Igrejas Particulares de todo o Brasil.”
O novo texto é “enxuto” e está “inspirado em cinco urgências pastorais: Igreja em Estado Permanente de Missão; Igreja – casa de iniciação cristã; Igreja fonte de animação bíblica; Igreja Comunidade de Comunidades; Igreja a serviço da vida plena no mundo”.
Dom Belisário destacou o primeiro item “Igreja Permanente em Estado de Missão”, como indispensável para a manutenção da essência da vida da Igreja.
“A natureza e essência da Igreja é a missão e, por isso, nas novas Diretrizes a temática é abordada no primeiro item para que seja fonte ampla de inspiração para a Igreja”, disse.
Questionado sobre o crescimento de outras religiões e uma possível preocupação da Igreja Católica quanto a isso, Dom Belisário ressaltou que a Igreja está concentrada, apenas, no cumprimento da missão deixada por Jesus.
“A Igreja é uma das forças sociais que existem. Não é hegemônica e nós não queremos reduzir a mensagem evangélica a produto para consumidores”, afirmou.
O arcebispo de Aparecida, cardeal Raymundo Damasceno Assis, concordou com as colocações de Dom Belisário.
“Queremos uma Igreja missionária, que vai em busca das pessoas, porque essa é sua natureza primeira, que responde ao mandato do próprio Jesus Cristo, que disse ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a Criatura’”, afirmou o cardeal.
Eleições
Outro grande tema da 49ª Assembleia CNBB são as eleições para os cargos diretivos do organismo. Serão escolhidos – para o próximo quadriênio – o presidente, vice-presidente e secretário-geral da CNBB, e também os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais.
O coordenador da equipe para as eleições da CNBB, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, bispo de Guarabira (Paraíba), explicou que as eleições devem ocorrer na próxima semana, a partir do dia 9, pois as votações começam tradicionalmente após o Retiro Espiritual dos Bispos, que se realiza no fim de semana.
“As eleições são o segundo tema central da Assembleia deste ano, o primeiro é as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Todos os bispos já receberam o caderno com o regulamento geral para as eleições, e os eleitos terão o cargo de duração de quatro anos e constituirão o Conselho Permanente da CNBB.”
“Todos os bispos são livres para manifestar sua convicção e liberdade. Diferente de outras eleições, teremos uma preparação espiritual para refletirmos melhor”, disse Dom Francisco.
Serão usadas urnas eletrônicas nas nossas eleições, semelhantes às usadas nas eleições civis. O presidente, vice e secretário-geral da CNBB são eleitos em votações separadas.
O eleito deve ter dois terços dos votos no primeiro ou segundo escrutínio. Se houver terceiro e quarto escrutínio, basta a maioria absoluta dos votos. Se assim não resolver, o quinto e último escrutínio acontecerá com os dois candidatos mais votados no quarto escrutínio.
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