Há muitas imagens distorcidas e fantasiadas, afirma cardeal de São Paulo
SÃO PAULO, quinta-feira, 21 de abril de 2011 (ZENIT.org) - O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, convida os católicos a não se contentaram “com qualquer imagem de Jesus Cristo”.
Em artigo desta semana do jornal ‘O São Paulo’, Dom Odilo adverte para não se contentar com as imagens de Jesus “que só prometem milagres e não pedem a conversão do coração, ou escondem o caminho da cruz”.
“São tantas as imagens distorcidas e fantasiadas sobre Jesus, ao longo da história e também hoje”, afirma.
A Igreja – assinala o arcebispo –, “comunidade dos discípulos de Jesus Cristo, sofreu muito no seu início para afirmar e preservar a imagem fidedigna de Jesus Cristo e para transmiti-la, de modo fiel, através dos séculos”.
Ela “nunca assumiu interpretações discordantes com o testemunho dos apóstolos, aqueles que ‘viram’ Jesus, estiveram com ele e o encontraram depois de sua morte e ressurreição – ‘não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos’ (At 4,20)”.
Dom Odilo considera que as celebrações da Semana Santa e da Páscoa suscitam algumas perguntas para as quais se devem buscar respostas sinceras.
“Afinal, quem é Jesus Cristo? Quais foram seus ensinamentos? Por que foi condenado à morte de cruz? O que dizem os testemunhos do Novo Testamento sobre os fatos recordados na celebração da Páscoa? Que significado tem sua vida, paixão e morte para a humanidade e para cada um de nós? Qual é minha relação pessoal com Jesus Cristo?”
Recentemente – recorda o arcebispo –, “foi publicada a tradução portuguesa da 2ª parte do livro do papa Bento 16 – Jesus de Nazaré – que se ocupa, justamente, da entrada de Jesus em Jerusalém até a ressurreição. Seria ótimo ler esse livro no tempo pascal”.
Segundo o cardeal, uma das preocupações do Papa “é a de proporcionar aos leitores o acesso ao ‘verdadeiro Jesus’ e o encontro com ele, como nos é dado a conhecer pela Escritura e pela fé da Igreja”.
“É isso mesmo: o ‘verdadeiro Jesus’ não é aquele que cada um se constrói, conforme suas conveniências, sentimentos ou preconceitos, mas aquele que nos é dado a conhecer por aqueles que estiveram com ele e deixaram isso relatado no Novo Testamento.”
“E também pela fé da comunidade dos fiéis, na Igreja, que persevera ‘no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações’ (cf At 2,42); ali, o próprio Ressuscitado continua presente e se manifesta aos seus, como fez após a ressurreição”, afirma.
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