quarta-feira, 13 de julho de 2011

Assis: importância do compromisso das religiões

O espírito do ecumenismo continua a dizer que: “As culturas e as religiões do mundo têm, todas, um patrimônio de valores e de riquezas espirituais para compartilhar com as outras, e que pode ser considerado como uma preparação para Cristo.” E ainda: “toda comunidade religiosa está chamada a cultivar o diálogo com as demais religiões, a abrir-se à escuta para continuar caminhando juntos na paz e oferecer o melhor que cada uma possui para construir um mundo mais justo e solidário”. Sabemos que jamais haverá paz verdadeira se não buscarmos em Jesus Cristo. Diante desta verdade, o que dizer das religiões que não aceitam Jesus como o Messias que devia vir e já veio? o que dizer das religiões que não aceitam Jesus como o Senhor? o que dizer das religiões que não acreditam na Trindade, ou seja, "Um DEUS em Três Pessôas"? e ainda, o que dizer das religiões que acreditam na reencarnação (Budismo, Induismo, etc..), e que para elas a morte de Jesus não tem nada haver com remissão dos pecados? 
Algo que me chama muito atenção foi quando Jesus rogou ao Pai pelos discípulos, Ele disse:  Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. (Jo 17, 9)  Jesus não orou pelo mundo e sim por aqueles que viveram e aprenderam com Ele toda a Verdade, que receberam a sua doutrina. Em outro versículo Ele diz: Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crêr em mim. (Jo 17, 20) E quem não acredita Nele???
xxx
O futuro da humanidade está em jogo”, afirma cardeal Turkson
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 12 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Como preparação para o encontro de representantes de grandes religiões em Assis, no próximo dia 27 de outubro, o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, destacou no L'Osservatore Romano a importância das comunidades religiosas para a justiça e para a paz.
Depois de 25 anos desde o primeiro encontro organizado por iniciativa de João Paulo II, o cardeal recorda que o diálogo entre as religiões deve ser “um diálogo sincero, no pleno respeito pelas diferenças e pela diversidade de tradições”.
Juntas, as diversas religiões são convidadas a “transformar as mentalidades e as estruturas”, especialmente no que se refere ao direito à vida, sem o qual “é impossível desfrutar dos demais direitos”.
“Falar do compromisso das comunidades religiosas pela justiça e pela paz significa sua cooperação pelo bem comum da sociedade, no marco do seu diálogo”, afirma o cardeal no artigo do jornal vaticano.
“As culturas e as religiões do mundo têm, todas, um patrimônio de valores e de riquezas espirituais para compartilhar com as outras, e que pode ser considerado como uma preparação para Cristo.”
“Estas tradições espirituais e morais podem também permitir um diálogo fecundo para ancorar-se em uma plataforma comum”, explica.
“Sobre esta plataforma pode se desenvolver um diálogo sincero, no pleno respeito pelas diferenças e pela diversidade de tradições”, continua.
“Segundo o purpurado, “toda comunidade religiosa está chamada a cultivar o diálogo com as demais religiões, a abrir-se à escuta para continuar caminhando juntos na paz e oferecer o melhor que cada uma possui para construir um mundo mais justo e solidário”.
“Ainda que nem sempre seja possível estabelecer um diálogo no campo teológico ou doutrinal, existem outras vias que merecem ser aprofundadas”, particularmente a via do diálogo, “no campo da vida e das obras”.
“O diálogo supõe que os interlocutores se acolhem e se aceitam em sua especificidade, com suas riquezas e suas fraquezas”, explica o cardeal.
“É o caminho privilegiado do diálogo e da cooperação ao serviço do bem comum: respeitar o outro sem deixar de lado sua identidade, ainda que buscando compreendê-lo.”

Contra as estruturas de pecado
Os fiéis das diversas religiões – afirma o cardeal Turkson – estão chamados a “unir suas forças para reforçar a solidariedade e a fraternidade entre os povos, lutando especialmente contra as causas das injustiças e trabalhando para transformar as mentalidades e as estruturas que, infelizmente, são muitas vezes portadoras de pecado”.
Neste contexto, “o direito à vida merece uma atenção especial porque, sem este direito, é impossível usufruir dos demais direitos”.
Falar do direito à vida, afirma, “significa referir-se ao mesmo tempo ao lugar em que esta nasce e cresce, isto é, a família, uma instituição que hoje em dia é atacada”.
Não se pode jamais questionar “o direito da pessoa de fundar uma família conforme o desígnio do seu Criador, a ter filhos, a educá-los segundo suas próprias convicções religiosas”.
O cardeal Turkson convida a evitar algumas armadilhas para “que a cooperação das comunidades religiosas ao serviço da justiça e da paz seja fecunda”.
“A primeira armadilha é a instrumentalização da religião. Muitas vezes, esta armadilha é uma consequência do fanatismo e do fundamentalismo, que buscam impor suas convicções aos outros pela força e pela violência”, afirma.
“A violência em nome de Deus geralmente está enraizada em um contexto de cegueira religiosa – adverte. Uma forma de violência especialmente preocupante é a do fenômeno do terrorismo.”
“Também existem formas solapadas de violência, que são uma grave ameaça à vida e ao futuro da humanidade”, insiste.
“Basta pensar na violência contra o direito à vida, que é difundida e estimulada por uma mentalidade contrária à vida por meio de muitos caminhos: contracepção, aborto, legislações contrárias ao nascimento, esterilizações incentivadas nos países pobres por algumas ONGs, controle coercitivo de nascimentos, eutanásia.”
É importante, portanto, que “as comunidades religiosas – em nome de Deus, fonte, autor e fim último da vida – unam seus esforços para denunciar esta mentalidade em todos os âmbitos e para comprometer-se na promoção e na defesa da vida, da concepção até a morte natural”.
O cardeal Turkson adverte que “o futuro da nossa humanidade está em jogo”. 


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