- Erick Muñoz, marido de Marlise, ao lado de uma foto em que aparece também com o filho Mateo
A família de uma mulher grávida com morte cerebral confirmou na tarde
deste domingo (26) que o hospital desligou os aparelhos que a mantinham
viva, depois de uma decisão judicial baseada em um pedido da família. O
caso aconteceu na cidade de Fort Worth, no Estado americano do Texas, e
causou comoção em todos os Estados Unidos.
Para proteger o
feto, a legislação do Texas proíbe que hospitais desliguem os aparelhos
de pacientes grávidas, mesmo em casos como o de Marlise Muñoz, que
assinou um pedido de "não ressuscitação". Mas o marido dela entrou com
uma ação judicial, argumentando que o feto estava definhando em seu
corpo sem vida.
Na sexta-feira (24), juiz acatou o pedido do
marido e, na sentença, ordenou que o hospital desligasse os aparelhos
por considerar que a mulher "está morta e o feto não é viável".
Um advogado da família de Muñoz disse que o hospital desconectou seus
aparelhos e a entregaram a seu marido, Erick Muñoz, às 11h30 (hora
local) neste domingo.
A rede JPS Health, que dirige o hospital,
afirmou que não poderia confirmar o desligamento dos aparelhos, citando
políticas de privacidade. Mais cedo, o hospital disse em comunicado que
removeria o tratamento de "manutenção vital" de Muñoz, mas não deu
detalhes de quando isso ocorreria.
Caso causou comoção e polêmica nos EUA
Marlise Muñoz, de 33 anos de idade e grávida, sofreu uma embolia
pulmonar no final de novembro e foi declarada então com morte cerebral. O
fato de Muñoz já ter sido declarada morta e as provas de que o feto
sofreu graves consequências foram dois elementos cruciais para a decisão
do juiz.
Durante a disputa, que provocou um grande debate
social nos EUA sobre o que implica ser declarado com morte cerebral, os
juristas que respaldam a postura da família explicaram que a lei texana -
como a de outros 20 estados - se refere a mulheres grávidas em estado
vegetativo ou de coma, não com morte cerebral.
O outro elemento
decisivo foi o estado do feto, de 22 semanas, que não era "viável", um
ponto que os advogados da família defenderam esta semana. "As
extremidades inferiores se deformaram de modo que o gênero do feto não
pode ser determinado", argumentaram.
Desde o princípio, a
família considerou desumano que o feto continuasse crescendo sob essas
circunstâncias, em um corpo clinicamente morto e sem um funcionamento
correto, além do embrião ter sofrido a mesma falta de oxigênio da mãe
durante a embolia pulmonar.
O juiz ressaltou que, se estivesse viva, a mãe teria abortado diante dos danos sofridos pelo feto.
A resolução do juiz responde a pedido que o marido, Erick Muñoz, em
nome também dos pais da paciente, apresentou em 14 de janeiro para que a
justiça apoiasse sua vontade de desconectar Marlise do respirador.
A lei que o hospital se baseou durante esses meses foi aprovada pelo
congresso texano em 1989 e modificada em 1999, e estabelece que ninguém
pode interromper um tratamento que mantenha artificialmente a vida de
uma paciente grávida.
Em sua argumentação, os dois advogados da
família justificaram que o hospital "interpreta erroneamente" a lei
texana: se a paciente estiver morta, nem pode estar grávida nem podem
ser aplicadas indefinidamente medidas de suporte à vida, já que a vida
não existe mais. (Com agências internacionais)
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jbpsverdade: Isto é uma prática de Eutanásia, a vida é um dom de Deus somente Ele tem o direito de tirá-la, o que diz a Igreja sobre a mesma? Vejamos:
(…) a vida humana, dom precioso de Deus, é sagrada e inviolável, e, por isso mesmo, o aborto provocado e a eutanásia são absolutamente inaceitáveis; a vida do homem não apenas não deve ser eliminada, mas há-de ser protegida com toda a atenção e carinho; a vida encontra o seu sentido no amor recebido e dado, em cujo horizonte haurem plena verdade a sexualidade e a procriação humana; nesse amor, até mesmo o sofrimento e a morte têm um sentido, podendo tornar-se acontecimentos de salvação, não obstante perdurar o mistério que os envolve; o respeito pela vida exige que a ciência e a técnica estejam sempre orientadas para o homem e para o seu desenvolvimento integral; a sociedade inteira deve respeitar, defender e promover a dignidade de toda a pessoa humana, em cada momento e condição da sua vida. (João Paulo II, Evangelium Vitae, 81 b)
Este [olhar] nasce da fé no Deus da vida, que criou cada homem fazendo dele um prodígio.
Este olhar não se deixa cair em desânimo à vista daquele que se encontra enfermo, atribulado, marginalizado, ou às portas da morte; mas deixa-se interpelar por todas estas situações procurando nelas um sentido, sendo, precisamente em tais circunstâncias, que se apresenta disponível para ler de novo no rosto de cada pessoa um apelo ao entendimento, ao diálogo, à solidariedade.
(João Paulo II, Evangelium Vitae, 83 b)
Tais atentados [aborto e eutanásia] ferem a vida humana em situações de máxima fragilidade, quando se acha privada de qualquer capacidade de defesa. Mais grave ainda é o facto de serem consumados, em grande parte, mesmo no seio e por obra da família que está, pelo contrário, chamada constitutivamente a ser "santuário da vida". (João Paulo II, Evangelium Vitae, 11ª)
(João Paulo II, Evangelium Vitae, 83 b)
Tais atentados [aborto e eutanásia] ferem a vida humana em situações de máxima fragilidade, quando se acha privada de qualquer capacidade de defesa. Mais grave ainda é o facto de serem consumados, em grande parte, mesmo no seio e por obra da família que está, pelo contrário, chamada constitutivamente a ser "santuário da vida". (João Paulo II, Evangelium Vitae, 11ª)
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