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Por Paul Kreiner
Nenhuma receita concreta, nenhum anúncio de reformas imediatas, mas sim a certeza de que o papa Francisco está "muito aberto ao diálogo" e que promissores processos de diálogo serão efetivamente concretizados. É o que afirma o bispo de Innsbruck, na Áustria, Manfred Scheuer, ao voltar para casa "alegre e encorajado" pela visita Ad limina de cinco dias ao Vaticano.
Falando com o Die Presse, logo após a audiência com Francisco, Scheuer disse que não foi possível ter respostas até agora por exemplo sobre os problemas do matrimônio e da moral sexual: "Trouxemos agora as respostas ao questionário e recém as entregamos ao Sínodo dos Bispos". O bispo espera agora não só "um processo dinâmico", mas também "fortes discussões" em nível de Igreja universal sobre esses temas.
Quanto aos divorciados em segunda união e o seu acesso aos sacramentos, Francisco teria assegurado aos bispos austríacos que a discussão serão abordada em diversos níveis. Nesse contexto, Scheuer vê absolutamente como um sinal de esperança o fato de que o papa tenha encarregado o cardeal alemão Walter Kasper a apresentar no consistório de fevereiro o relatório com base nesses temas. Em 1993, junto com os coirmãos bispos de Mainz e de Friburgo, Karl Lehmann e Oskar Saier, em um documento teologicamente elaborado, Kasper tinha expressado as motivações pelas quais os divorciados em segunda união podiam ter acesso à comunhão, depois de um aprofundado exame caso a caso. Mas, à época, a tentativa tinha fracassado por causa do chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger.
Scheuer afirma que o papa Francisco também exortou os bispos a "se aproximarem justamente das pessoas feridas com maior abertura". Quem nem ele tem receitas contra a crise da fé, "mas nos diz que devemos ter grande simpatia pelos nossos contemporâneos e, nisso também, saber assumir riscos. A imagem de sua preferência por uma Igreja ´acidentada´, ao invés de uma Igreja que adoece por causa do ar viciado da sala em que está encerrada, é recorrente em Francisco".
Scheuer diz que o papa não se interessa tanto pela moral, mas sim pelo problema de Deus e da alegria do Evangelho também como meio contra o pessimismo da cultura generalizada. E com relação à ordem econômica, Francisco teria destacado claramente que é o ser humano que deve estar no centro, que na sociedade deve ser considerado "o direito à vida dos outros": "O mundo não é somente a minha vontade e a minha concepção. Temas concretos? "Não, somente essas indicações de forte impacto. Aos problemas específicos, deve ser dada, depois, uma resposta com inteligência e discernimento".
Quanto às paróquias que não têm padre, "Francisco confiou à responsabilidade das Igrejas locais o esforço de encontrar caminhos para o anúncio", disse Scheuer. Que continuou: "Francisco alertou expressamente" contra o clericalismo, "tanto dos padres, quanto do dos leigos. Ele nos exortou a entrar em diálogo com os padres em estado laical e – com inteligência e discernimento – verificar como eles podem ser inseridos na vida eclesial".
Nenhuma receita concreta, nenhum anúncio de reformas imediatas, mas sim a certeza de que o papa Francisco está "muito aberto ao diálogo" e que promissores processos de diálogo serão efetivamente concretizados. É o que afirma o bispo de Innsbruck, na Áustria, Manfred Scheuer, ao voltar para casa "alegre e encorajado" pela visita Ad limina de cinco dias ao Vaticano.
Falando com o Die Presse, logo após a audiência com Francisco, Scheuer disse que não foi possível ter respostas até agora por exemplo sobre os problemas do matrimônio e da moral sexual: "Trouxemos agora as respostas ao questionário e recém as entregamos ao Sínodo dos Bispos". O bispo espera agora não só "um processo dinâmico", mas também "fortes discussões" em nível de Igreja universal sobre esses temas.
Quanto aos divorciados em segunda união e o seu acesso aos sacramentos, Francisco teria assegurado aos bispos austríacos que a discussão serão abordada em diversos níveis. Nesse contexto, Scheuer vê absolutamente como um sinal de esperança o fato de que o papa tenha encarregado o cardeal alemão Walter Kasper a apresentar no consistório de fevereiro o relatório com base nesses temas. Em 1993, junto com os coirmãos bispos de Mainz e de Friburgo, Karl Lehmann e Oskar Saier, em um documento teologicamente elaborado, Kasper tinha expressado as motivações pelas quais os divorciados em segunda união podiam ter acesso à comunhão, depois de um aprofundado exame caso a caso. Mas, à época, a tentativa tinha fracassado por causa do chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger.
Scheuer afirma que o papa Francisco também exortou os bispos a "se aproximarem justamente das pessoas feridas com maior abertura". Quem nem ele tem receitas contra a crise da fé, "mas nos diz que devemos ter grande simpatia pelos nossos contemporâneos e, nisso também, saber assumir riscos. A imagem de sua preferência por uma Igreja ´acidentada´, ao invés de uma Igreja que adoece por causa do ar viciado da sala em que está encerrada, é recorrente em Francisco".
Scheuer diz que o papa não se interessa tanto pela moral, mas sim pelo problema de Deus e da alegria do Evangelho também como meio contra o pessimismo da cultura generalizada. E com relação à ordem econômica, Francisco teria destacado claramente que é o ser humano que deve estar no centro, que na sociedade deve ser considerado "o direito à vida dos outros": "O mundo não é somente a minha vontade e a minha concepção. Temas concretos? "Não, somente essas indicações de forte impacto. Aos problemas específicos, deve ser dada, depois, uma resposta com inteligência e discernimento".
Não ao clericalismo
Entre os temas abordados nos três encontros com o papa – uma audiência a região de Viena, uma para a de Salzburgo, seguida por um encontro comum –, falou-se também, segundo Scheuer, da falta de padres e das condições de vida dos padres. Também nesse âmbito, especificamente sobre o problema do celibato, os bispos "não fizeram nenhum anúncio de que algo será mudado".
Quanto às paróquias que não têm padre, "Francisco confiou à responsabilidade das Igrejas locais o esforço de encontrar caminhos para o anúncio", disse Scheuer. Que continuou: "Francisco alertou expressamente" contra o clericalismo, "tanto dos padres, quanto do dos leigos. Ele nos exortou a entrar em diálogo com os padres em estado laical e – com inteligência e discernimento – verificar como eles podem ser inseridos na vida eclesial".
Diepresse.com, 30-01-2014.
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