A multitudinária parte de protesto hoje em Caracas (Foto: Twitter / @DolarToday) |
18 Fev 14
CARACAS, (ACI/EWTN Noticias)-
Uma fonte da agência ACI
Digital, que permanece no anonimato por razões de segurança, relatou a
dramática situação que se vive na Venezuela, entre a violenta repressão
às marchas pacíficas de estudantes e o crime descontrolado que cobrou
recentemente a vida de um sacerdote e um religioso da ordem salesiana.
Desde que começaram as marchas pacíficas estudantis na Venezuela, confrontadas por uma violenta repressão do governo e de grupos afins, três pessoas já perderam a vida.
Desde que começaram as marchas pacíficas estudantis na Venezuela, confrontadas por uma violenta repressão do governo e de grupos afins, três pessoas já perderam a vida.
Em meio à escalada da violência soma-se agora o assassinato com arma
branca de um sacerdote e um religioso salesianos, na noite de 15 de
fevereiro no Colégio Dom Bosco de Valencia. Segundo as investigações
policiais, os autores do crime seriam menores de idade, dentre 13 e 15
anos.
A resposta governamental aos fatos foi de violência contra os católicos, com o ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez, exigindo que a Igreja no país não faça “da morte um festim para seguir buscando gerar violência, ódio nos cidadãos venezuelanos”.
Além disso, o ministro levantou dúvida sobre a reputação dos salesianos assassinados, ao assinalar que no crime “há circunstâncias irregulares, pois aparentemente não se forçou a entrada pelas portas e essa escola é de difícil acesso”.
"Os assassinos estavam dentro do colégio, pois não houve entrada forçada pela porta”, disse aos meios locais.
Entretanto, a fonte próxima a ACI Digital denunciou que “as declarações do ministro infelizmente são a repetição de uma política de estado de utilizar a mentira e a difamação para evadir total e absolutamente a responsabilidade que têm eles de proteger as pessoas”.
“Não é a primeira vez que isto acontece, quando assassinaram outro sacerdote foi igual. As declarações do fiscal foram terríveis”, recordou.
Em Valencia, indicou a fonte, “os cidadãos assinalaram que estes jovens que mataram os religiosos aterrorizavam essa comunidade e eram drogados”.
Os delinquentes no país, denunciou, “atuam impunemente” enquanto o governo os deixa atuar livremente.
A fonte revelou ainda que os telefones de "muita gente da Igreja", assim como de jornalistas e líderes de oposição estão grampeados pelo governo.
Por outro lado, as manifestações continuarão, apesar de que as coisas se complicaram, “já que a guarda e polícia nacional estão nas ruas trancando a passagem para os manifestantes e já pelo Twitter se nota a raiva”.
A pedido do líder opositor Leopoldo López, os manifestantes pacíficos se vestiram hoje de branco, e já estão enchendo importantes artérias de diversas cidades no país, entre elas de Caracas, onde se espera uma grande multidão para a marcha.
López foi uma constante dor de cabeça para o governo venezuelano, e em 2008 Hugo Chávez o declarou inapto para exercer cargos públicos. Nicolás Maduro, o atual presidente, o responsabilizou recentemente das três mortes ocorridas durante as manifestações e colocou uma ordem de captura ao líder até o momento não executada.
A marcha de hoje se dirige à sede do Ministério do Interior na capital do país, onde o governo terá a oportunidade de fazer efetiva a ordem de captura.
Apesar da aparente divisão entre os dirigentes opositores, como Henrique Capriles, ex-candidato à presidência contra Nicolás Maduro, quem recentemente criticou a falta de um objetivo claro nas manifestações contra o governo, há um consenso na importância de que as marchas se mantenham afastadas de qualquer tipo de violência.
“O Governo tem pavor de um protesto social e pacífico, mas adora uma turba violenta e descontrolada, que ninguém caia em provocações”, exortou López através de sua conta na rede social Twitter.
“Não esqueçamos nunca que a violência é o recurso dos que não têm argumentos! O ódio não se pode combater com mais ódio!”, disse.
Capriles informou que acompanhará Leopoldo López na marcha ao Ministério do Interior, pois “podemos ter diferenças, mas somos solidários”.
Conforme informou Leopoldo López, a manifestação o acompanhará até certo ponto e daí se dirigirá sozinho aos escritórios do Ministério do Interior, pois “não arriscarei ninguém, não caiamos em violência”. Uma vez lá, entregará às autoridades uma folha de petições.
Apesar dos férreos cercos policiais com os quais se encontraram os manifestantes desde cedo hoje, 18, eles expressaram sua vontade com exclamações como “não temos medo” e seguem adiante.
Os Bispos do Venezuela pediram ao governo que respeite as manifestações pacíficas, e que cessem "os excessos na repressão". Expressando sua dor pelo assassinato dos salesianos na localidade de Valencia, e pediram às autoridades que investiguem os fatos que são “uma prova mais da violência criminal imperante em nosso país”.
A resposta governamental aos fatos foi de violência contra os católicos, com o ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez, exigindo que a Igreja no país não faça “da morte um festim para seguir buscando gerar violência, ódio nos cidadãos venezuelanos”.
Além disso, o ministro levantou dúvida sobre a reputação dos salesianos assassinados, ao assinalar que no crime “há circunstâncias irregulares, pois aparentemente não se forçou a entrada pelas portas e essa escola é de difícil acesso”.
"Os assassinos estavam dentro do colégio, pois não houve entrada forçada pela porta”, disse aos meios locais.
Entretanto, a fonte próxima a ACI Digital denunciou que “as declarações do ministro infelizmente são a repetição de uma política de estado de utilizar a mentira e a difamação para evadir total e absolutamente a responsabilidade que têm eles de proteger as pessoas”.
“Não é a primeira vez que isto acontece, quando assassinaram outro sacerdote foi igual. As declarações do fiscal foram terríveis”, recordou.
Em Valencia, indicou a fonte, “os cidadãos assinalaram que estes jovens que mataram os religiosos aterrorizavam essa comunidade e eram drogados”.
Os delinquentes no país, denunciou, “atuam impunemente” enquanto o governo os deixa atuar livremente.
A fonte revelou ainda que os telefones de "muita gente da Igreja", assim como de jornalistas e líderes de oposição estão grampeados pelo governo.
Por outro lado, as manifestações continuarão, apesar de que as coisas se complicaram, “já que a guarda e polícia nacional estão nas ruas trancando a passagem para os manifestantes e já pelo Twitter se nota a raiva”.
A pedido do líder opositor Leopoldo López, os manifestantes pacíficos se vestiram hoje de branco, e já estão enchendo importantes artérias de diversas cidades no país, entre elas de Caracas, onde se espera uma grande multidão para a marcha.
López foi uma constante dor de cabeça para o governo venezuelano, e em 2008 Hugo Chávez o declarou inapto para exercer cargos públicos. Nicolás Maduro, o atual presidente, o responsabilizou recentemente das três mortes ocorridas durante as manifestações e colocou uma ordem de captura ao líder até o momento não executada.
A marcha de hoje se dirige à sede do Ministério do Interior na capital do país, onde o governo terá a oportunidade de fazer efetiva a ordem de captura.
Apesar da aparente divisão entre os dirigentes opositores, como Henrique Capriles, ex-candidato à presidência contra Nicolás Maduro, quem recentemente criticou a falta de um objetivo claro nas manifestações contra o governo, há um consenso na importância de que as marchas se mantenham afastadas de qualquer tipo de violência.
“O Governo tem pavor de um protesto social e pacífico, mas adora uma turba violenta e descontrolada, que ninguém caia em provocações”, exortou López através de sua conta na rede social Twitter.
“Não esqueçamos nunca que a violência é o recurso dos que não têm argumentos! O ódio não se pode combater com mais ódio!”, disse.
Capriles informou que acompanhará Leopoldo López na marcha ao Ministério do Interior, pois “podemos ter diferenças, mas somos solidários”.
Conforme informou Leopoldo López, a manifestação o acompanhará até certo ponto e daí se dirigirá sozinho aos escritórios do Ministério do Interior, pois “não arriscarei ninguém, não caiamos em violência”. Uma vez lá, entregará às autoridades uma folha de petições.
Apesar dos férreos cercos policiais com os quais se encontraram os manifestantes desde cedo hoje, 18, eles expressaram sua vontade com exclamações como “não temos medo” e seguem adiante.
Os Bispos do Venezuela pediram ao governo que respeite as manifestações pacíficas, e que cessem "os excessos na repressão". Expressando sua dor pelo assassinato dos salesianos na localidade de Valencia, e pediram às autoridades que investiguem os fatos que são “uma prova mais da violência criminal imperante em nosso país”.
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