1 - Santíssima Trindade
O Evangelho ensina que há um só Deus em três pessoas realmente distintas. Diz, por exemplo, Jesus Cristo a seus discípulos: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos mandará outro consolador, para ficar convosco eternamente. O consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas" (Jo. 14, 16 e 26).
Ora, aqui temos, evidentemente, três pessoas distintas: Jesus, que fala; o Pai, a quem Jesus pedirá; e o Espírito Santo, que será enviado pelo Pai, em nome de Jesus. Ninguém pede a si mesmo, ninguém envia a si mesmo!
Ora, aqui temos, evidentemente, três pessoas distintas: Jesus, que fala; o Pai, a quem Jesus pedirá; e o Espírito Santo, que será enviado pelo Pai, em nome de Jesus. Ninguém pede a si mesmo, ninguém envia a si mesmo!
Pelo que, antes da sua ascensão, diz Jesus aos Apóstolos: "Ide, instruí todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mat. 28, 19).
Nesta passagem, vêm todas as três pessoas divinas na mesma categoria, sendo, pois, igualmente dignas e perfeitas.
O Pai é verdadeiro Deus.
O Filho é verdadeiro Deus.
O Espírito Santo é verdadeiro Deus.
São três pessoas distintas existentes em uma só natureza divina.
Aí está, claramente expresso, o grande mistério da SS. Trindade, mistério que, desde os tempos dos Apóstolos até hoje, foi professado pela Igreja Católica — essa mesma Igreja a quem Jesus disse: "As portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mat. 16, 18).
Neste particular está, por conseguinte, a Igreja Católica de perfeito acordo com o que vem registrado no Evangelho de Cristo.
E o espiritismo?
Nega o mistério da SS. Trindade! Ensina que há só uma pessoa em Deus: o "Pai celeste". Verdade é que, por vezes, também o espiritismo intitula "Deus" a Jesus Cristo e ao Espírito Santo; mas não em sentido próprio, como o entendem os Evangelhos e a Igreja Católica para o espírita, Jesus Cristo e o Espírito Santo não são iguais ao Pai celeste — o que equivale a uma negação da divindade da segunda e terceira pessoa da SS. Trindade.
Portanto, o espiritismo nega o que o Evangelho afirma. Será amigo de Cristo?
2 — Divindade de Cristo
Ensina o Evangelho que a segunda pessoa da SS. Trindade, o Verbo eterno, assumiu a natureza humana e desceu a esta terra, verdadeiro homem, sem deixar de ser Deus verdadeiro.
Haja vista palavras como estas: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Esse é que estava com Deus, no princípio. Tudo foi feito pelo Verbo, e nada do que se fez foi feito sem ele... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua gloria, a gloria do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade" (Jo., 1, 1-14).
Haja vista palavras como estas: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Esse é que estava com Deus, no princípio. Tudo foi feito pelo Verbo, e nada do que se fez foi feito sem ele... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua gloria, a gloria do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade" (Jo., 1, 1-14).
Afirma, pois, o Evangelho que Jesus Cristo era Deus desde o princípio, isto é, desde a eternidade, e que, ainda depois de assumir a natureza humana, continua a ser Deus.
Eis aí o dogma fundamental do Cristianismo, a divindade de Cristo! Quem destrói este alicerce, destrói pela raiz a religião de Cristo.
É o próprio Jesus Cristo que, uma e muitas vezes, assevera a sua divindade:
"Eu e o Pai somos um" (Jo. 10, 30). "Antes que Abraão fosse feito, eu sou" (Jo. 8, 58).
À interrogação de Jesus: "Quem dizeis vós que eu sou?" responde Simão Pedro: "Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo" (Mat. 16, 16). É uma desassombrada confissão da divindade de Cristo. E Jesus o que faz? Recusa, corrige, retifica a resposta do chefe dos Apóstolos? Nem por sombra! Antes pelo contrário, louva e enaltece os sentimentos de Pedro e confirma-lhe, do modo mais solene, a profissão de fé, dizendo: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas; porque não foi a carne e o sangue que to revelaram; mas, sim, meu Pai que está no céu".
Eis aí o dogma fundamental do Cristianismo, a divindade de Cristo! Quem destrói este alicerce, destrói pela raiz a religião de Cristo.
É o próprio Jesus Cristo que, uma e muitas vezes, assevera a sua divindade:
"Eu e o Pai somos um" (Jo. 10, 30). "Antes que Abraão fosse feito, eu sou" (Jo. 8, 58).
À interrogação de Jesus: "Quem dizeis vós que eu sou?" responde Simão Pedro: "Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo" (Mat. 16, 16). É uma desassombrada confissão da divindade de Cristo. E Jesus o que faz? Recusa, corrige, retifica a resposta do chefe dos Apóstolos? Nem por sombra! Antes pelo contrário, louva e enaltece os sentimentos de Pedro e confirma-lhe, do modo mais solene, a profissão de fé, dizendo: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas; porque não foi a carne e o sangue que to revelaram; mas, sim, meu Pai que está no céu".
Entendamo-lo bem. Não foram as luzes da natureza humana que a Pedro fizeram conhecer esta grande verdade, mas foi a revelação do Pai celeste. Poderá esta revelação ser falsa, errônea? Certo que não.
Tão certo, pois, como o Pai celeste é infalível nas suas revelações, tão certo é que Simão Pedro deu expressão à verdade, quando confessou a divindade de Cristo. Mais ainda: em recompensa dessa profissão de fé, promete Jesus a Pedro as "chaves do reino do céu", constitui-o chefe dos Apóstolos e pontífice da sua Igreja: "Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino do céu; tudo o que ligares sobre a terra será também ligado ao céu; e tudo o que desligares sobre a terra será também desligado no céu".
Absurdo e blasfemo fora supor que Jesus Cristo tivesse outorgado a Pedro tão extraordinárias prerrogativas em recompensa de um funestíssimo erro religioso.
Jesus Cristo jura solenemente que é Deus.
Achava-se Jesus às barras do Sinédrio, supremo tribunal religioso de Israel. À intimação de Caifás: "Eu te conjuro pelo Deus vivo, que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus bendito", Jesus responde com a maior clareza e precisão: "Sim, eu o sou" (Luc. 22, 70). Equivale esta resposta a um verdadeiro juramento, uma vez que a pergunta do presidente do tribunal revestia essa forma.
E, afim de atalhar toda e qualquer dúvida sobre o sentido exato em que toma a palavra "filho de Deus", Jesus acrescenta que, no fim do mundo, virá sobre as nuvens do céu para julgar os vivos e os mortos. Todos compreenderam que com estas palavras afirmava a sua divindade, porque só a Deus compete julgar os homens, no juízo final; mas, como ignoravam o mistério da SS. Trindade, viram na resposta de Jesus uma blasfêmia, e exclamaram a uma voz: "Blasfemou! é réu de morte!"
Tão certo, pois, como o Pai celeste é infalível nas suas revelações, tão certo é que Simão Pedro deu expressão à verdade, quando confessou a divindade de Cristo. Mais ainda: em recompensa dessa profissão de fé, promete Jesus a Pedro as "chaves do reino do céu", constitui-o chefe dos Apóstolos e pontífice da sua Igreja: "Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino do céu; tudo o que ligares sobre a terra será também ligado ao céu; e tudo o que desligares sobre a terra será também desligado no céu".
Absurdo e blasfemo fora supor que Jesus Cristo tivesse outorgado a Pedro tão extraordinárias prerrogativas em recompensa de um funestíssimo erro religioso.
Jesus Cristo jura solenemente que é Deus.
Achava-se Jesus às barras do Sinédrio, supremo tribunal religioso de Israel. À intimação de Caifás: "Eu te conjuro pelo Deus vivo, que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus bendito", Jesus responde com a maior clareza e precisão: "Sim, eu o sou" (Luc. 22, 70). Equivale esta resposta a um verdadeiro juramento, uma vez que a pergunta do presidente do tribunal revestia essa forma.
E, afim de atalhar toda e qualquer dúvida sobre o sentido exato em que toma a palavra "filho de Deus", Jesus acrescenta que, no fim do mundo, virá sobre as nuvens do céu para julgar os vivos e os mortos. Todos compreenderam que com estas palavras afirmava a sua divindade, porque só a Deus compete julgar os homens, no juízo final; mas, como ignoravam o mistério da SS. Trindade, viram na resposta de Jesus uma blasfêmia, e exclamaram a uma voz: "Blasfemou! é réu de morte!"
Ainda no mesmo dia, em face de Pilatos, repetem em altos brados: "Nós temos uma lei, e segundo essa lei deve morrer, porque se fez Filho de Deus".
E Jesus vai à morte, tranquilo e sereno — morre em testemunho da sua divindade.
Jesus prova ainda com estupendos milagres que é Deus. Apela ele mesmo para os seus milagres, dizendo: "Se não quiserdes crer em mim (isto é: às minhas palavras), crede às minhas obras, porque estas dão testemunho de mim" (Jo. 10, 28).
Jesus mostra-se senhor absoluto da natureza inanimada, convertendo água em vinho, multiplicando os pães, caminhando sobre as águas, aplacando a tempestade, etc.
Jesus mostra-se senhor absoluto da natureza animada, curando toda a espécie de moléstias, sem remédio algum, muitas vezes sem o menor contato, mas com um simples "eu quero", e isto, por vezes, a grandes distâncias, em plena luz do dia, aos olhos de todo o mundo.
E Jesus vai à morte, tranquilo e sereno — morre em testemunho da sua divindade.
Jesus prova ainda com estupendos milagres que é Deus. Apela ele mesmo para os seus milagres, dizendo: "Se não quiserdes crer em mim (isto é: às minhas palavras), crede às minhas obras, porque estas dão testemunho de mim" (Jo. 10, 28).
Jesus mostra-se senhor absoluto da natureza inanimada, convertendo água em vinho, multiplicando os pães, caminhando sobre as águas, aplacando a tempestade, etc.
Jesus mostra-se senhor absoluto da natureza animada, curando toda a espécie de moléstias, sem remédio algum, muitas vezes sem o menor contato, mas com um simples "eu quero", e isto, por vezes, a grandes distâncias, em plena luz do dia, aos olhos de todo o mundo.
Jesus mostra-se senhor absoluto das almas humanas separadas do corpo. A uma simples ordem sua, volta do outro mundo e torna a reunir-se ao corpo a alma da filha de Jairo, a alma do jovem de Naim, cujo cadáver já estava sendo levado para o cemitério; e, por fim, a alma de Lázaro, morto havia quatro dias, enterrado e em via de decomposição. Sobretudo esta última ressurreição realizou-se em face de grande multidão de povo, amigos e inimigos, e sem que Jesus tocasse sequer no cadáver putrefato1.
Jesus mostra-se senhor absoluto dos espíritos infernais, que, transidos de medo na sua presença, o adoram e o proclamam Filho de Deus; mas que a uma ordem categórica dele tem de sair dos corpos das suas vítimas.
E, como coroa e remate de todos os milagres, Jesus ressuscita vivo ao terceiro dia; Ressuscita como havia predito repetidas vezes com a maior clareza e precisão: "O Filho do homem deve ser crucificado; no terceiro dia, porém, há de ressuscitar".
E tudo isto fazia Jesus em virtude do seu próprio poder intrínseco, sem o auxilio de quem quer que fosse.
Jesus mostra-se senhor absoluto dos espíritos infernais, que, transidos de medo na sua presença, o adoram e o proclamam Filho de Deus; mas que a uma ordem categórica dele tem de sair dos corpos das suas vítimas.
E, como coroa e remate de todos os milagres, Jesus ressuscita vivo ao terceiro dia; Ressuscita como havia predito repetidas vezes com a maior clareza e precisão: "O Filho do homem deve ser crucificado; no terceiro dia, porém, há de ressuscitar".
E tudo isto fazia Jesus em virtude do seu próprio poder intrínseco, sem o auxilio de quem quer que fosse.
Ora bem, o espiritismo nega a divindade de Cristo. Para ele, Jesus é apenas o "meigo Nazareno", o "grande filósofo", o "maior dos profetas", o "mais poderoso dos médiuns que até hoje têm aparecido na face da terra" — tudo isto se lê nos escritos dos nossos irmãos kardequianos. Nenhum espírita esclarecido e exato conhecedor do seu sistema admite a divindade de Cristo no sentido em que o entende o Evangelho, isto é: a perfeita igualdade com o Pai celeste. Verdade é que os espíritas falam às vezes no "divino filho de Maria"; mas, como se depreende do contexto, referem-se apenas a uma filiação adotiva — sentido esse em que todo o homem, máxime os Santos, podem chamar-se filhos de Deus. Não é isto que Jesus afirma da sua pessoa; intitula-se a si mesmo o "Filho Unigênito do Pai". A filiação adotiva não teria jamais formado motivo de protesto e condenação da parte dos judeus, uma vez que todo o israelita se dizia filho de Deus, nesse sentido. "Em princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus; tudo foi feito pelo Verbo, e sem ele nada se fez" — aí está o sentido exato em que o Evangelho entende a divindade de Cristo: a perfeita igualdade e consubstancialidade com o eterno Pai.
A Igreja Católica professa a divindade de Cristo, na acepção rigorosa do Evangelho, ao passo que o espiritismo lhe adultera o sentido.
Em resumo: o espiritismo nega o dogma fundamental do Cristianismo, dogma ensinado pelo Evangelho, afirmado, provado e jurado pelo próprio Cristo.
Pode-se lá conceber maior antagonismo entre o credo dos adeptos de Alan Kardec e o do Evangelho de Cristo?
A Igreja Católica professa a divindade de Cristo, na acepção rigorosa do Evangelho, ao passo que o espiritismo lhe adultera o sentido.
Em resumo: o espiritismo nega o dogma fundamental do Cristianismo, dogma ensinado pelo Evangelho, afirmado, provado e jurado pelo próprio Cristo.
Pode-se lá conceber maior antagonismo entre o credo dos adeptos de Alan Kardec e o do Evangelho de Cristo?
3. Demônio
Existem espíritos maus, inimigos de Deus, a que chamamos demônios ou diabos.
Não são almas humanas, esses espíritos, tanto assim que já no paraíso terrestre, quando não existia outra alma senão as de Adão e Eva, apareceu um desses seres misteriosos, fazendo revelações contrarias à revelação de Deus.
Jesus, no deserto, é tentado três vezes por um desses espíritos infernais, a que o Evangelista chama "diabo", "tentador", e Jesus mesmo: "Satanás" (Mat. 4, 10).
É com muita frequência que Jesus Cristo menciona o "príncipe das trevas", o "espírito imundo", prevenindo os homens das suas astúcias; expulsa os demônios dos corpos dos possessos, repreendendo-os e sendo imediatamente obedecido.
Ora, é sabido que o espiritismo nega a existência do demônio, no sentido exposto; compraz-se em ridicularizar essa crença como "espantalho", "relíquia do obscurantismo medieval", "conto da carochinha", etc.
Não são almas humanas, esses espíritos, tanto assim que já no paraíso terrestre, quando não existia outra alma senão as de Adão e Eva, apareceu um desses seres misteriosos, fazendo revelações contrarias à revelação de Deus.
Jesus, no deserto, é tentado três vezes por um desses espíritos infernais, a que o Evangelista chama "diabo", "tentador", e Jesus mesmo: "Satanás" (Mat. 4, 10).
É com muita frequência que Jesus Cristo menciona o "príncipe das trevas", o "espírito imundo", prevenindo os homens das suas astúcias; expulsa os demônios dos corpos dos possessos, repreendendo-os e sendo imediatamente obedecido.
Ora, é sabido que o espiritismo nega a existência do demônio, no sentido exposto; compraz-se em ridicularizar essa crença como "espantalho", "relíquia do obscurantismo medieval", "conto da carochinha", etc.
Ainda neste ponto, como se vê, anda o espiritismo em manifesto conflito com o Evangelho e a doutrina explicita de Jesus Cristo.
4. Inferno
Jesus Cristo ensina que o castigo das almas que se separam do corpo em estado de pecado mortal, será eterno e irremediável.
Na previsão de que esta verdade, odiosa à natureza corrupta, viria a tornar-se alvo de veementes impugnações, expô-la Jesus com a máxima clareza e precisão. Poucas verdades encontramos nas páginas do Evangelho que o divino Mestre inculque com tanta frequência e rigor, como precisamente esta das penas dos condenados.
Sirvam de comprovação os seguintes tópicos:
"Se tua mão te leva ao pecado, corta-a! melhor te é entrares na vida eterna manco, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca jamais se apaga, onde o verme que os rói nunca morre, e o fogo nunca se extingue.
E, se teu pé te leva ao pecado, corta-o! melhor te é entrares na vida eterna coxo, do que, tendo dois pés, seres lançado no fogo do inferno, que nunca se extingue, onde o verme que os rói nunca morre e o fogo jamais se apaga.
E, se tua vista te leva ao pecado, arranca-a fora! melhor te é entrares no reino de Deus com uma vista, do que, tendo duas, seres lançado no fogo do inferno, onde o verme que os rói nunca morre e onde o fogo jamais se apaga" (Marc. 9, 42-47).
Sirvam de comprovação os seguintes tópicos:
"Se tua mão te leva ao pecado, corta-a! melhor te é entrares na vida eterna manco, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca jamais se apaga, onde o verme que os rói nunca morre, e o fogo nunca se extingue.
E, se teu pé te leva ao pecado, corta-o! melhor te é entrares na vida eterna coxo, do que, tendo dois pés, seres lançado no fogo do inferno, que nunca se extingue, onde o verme que os rói nunca morre e o fogo jamais se apaga.
E, se tua vista te leva ao pecado, arranca-a fora! melhor te é entrares no reino de Deus com uma vista, do que, tendo duas, seres lançado no fogo do inferno, onde o verme que os rói nunca morre e onde o fogo jamais se apaga" (Marc. 9, 42-47).
Na parábola do rico epulão e do pobre Lázaro vem a mesma doutrina. Morreu o opulento pecador, e foi "sepultado no inferno", diz Jesus. E do meio desses suplícios levantou os olhos e pediu a Deus que ao menos lhe refrescasse a língua com uma gotinha d'água, porque "sofria grandes tormentos naquelas chamas". Lá do alto, porém, lhe veio uma negativa formal, com a motivação de que entre os bem-aventurados e os réprobos mediava um "grande abismo", de maneira que os do céu não podiam passar para o inferno, nem os do inferno para o céu.
E o condenado continua a sofrer nas chamas do inferno (Luc. 16, 19-31).
É Jesus que o diz.
No juízo final dirá Jesus Cristo aos pecadores impenitentes: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e seus companheiros... E irão estes para o suplício eterno; os justos, porém, para a vida eterna" (Mat. 15, 41e46).
É esta a doutrina do Evangelho de Cristo, como também a da Igreja Católica: que o inferno existe e que as suas penas são eternas.
E o condenado continua a sofrer nas chamas do inferno (Luc. 16, 19-31).
É Jesus que o diz.
No juízo final dirá Jesus Cristo aos pecadores impenitentes: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e seus companheiros... E irão estes para o suplício eterno; os justos, porém, para a vida eterna" (Mat. 15, 41e46).
É esta a doutrina do Evangelho de Cristo, como também a da Igreja Católica: que o inferno existe e que as suas penas são eternas.
Ora, é mais que sabido que o espiritismo nega com apaixonada veemência essa doutrina, a fim de poder sustentar a sua hipótese arbitrária sobre a "reencarnação" das almas. Não admite inferno, no sentido do Evangelho; não crê na eternidade das penas dos condenados. Deus é pai de bondade, dizem eles, que não pode castigar para sempre uma pobre alma; privando-a da possibilidade de converter-se; seria fazer injuria à misericórdia de Deus e desmentir o seu amor paternal para com os homens, etc. etc.2.
Não nos compete a nós decidir o que Deus pode ou não pode fazer; se ele nos revelou que assim e assim acontece, corre-nos o rigoroso dever de darmos crédito incondicional às suas palavras, por menos que lhes compreendamos o como e o porquê. É certo que as penas eternas dos réprobos representam um verdadeiro mistério para a razão humana, porque não compreendemos devidamente nem a santidade de Deus nem a gravidade da culpa mortal. Mas nem por ser mistério temos o direito de negar-lhe a existência e objetiva realidade, uma vez que a doutrina de Cristo aí está, precisa, insofismável, clara como a luz do sol.
Contra a revelação da eterna verdade não conseguirão prevalecer as potências do inferno nem as paixões do coração humano.
O espiritismo, negando a existência de penas eternas, põe-se na mais flagrante oposição à doutrina de Cristo e da Sagrada Escritura em geral, quer do Novo, quer do Antigo Testamento.
Terá esse sistema o direito de chamar-se Cristão ou bíblico?
Também neste ponto, como em outros, é o espiritismo o que Judas foi entre os Apóstolos.
Contra a revelação da eterna verdade não conseguirão prevalecer as potências do inferno nem as paixões do coração humano.
O espiritismo, negando a existência de penas eternas, põe-se na mais flagrante oposição à doutrina de Cristo e da Sagrada Escritura em geral, quer do Novo, quer do Antigo Testamento.
Terá esse sistema o direito de chamar-se Cristão ou bíblico?
Também neste ponto, como em outros, é o espiritismo o que Judas foi entre os Apóstolos.
Continua...
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