jbpsverdade: Caríssimos, hoje começo a postar algo que o Senhor me presentou e que não posso deixar somente para mim, Ele (Senhor), me deu a graça de poder transmitir para o mundo inteiro, aquilo que por amor me é transmitido, por isso a partir de hoje quero passar a você querido leitor(a) este presente. Que o Espírito Santo vos conceda sabedoria para entender o verdadeiro sentido de santidade sem a qual não contemplaremos a face do Senhor, que você seja edificado no amor e entendimento divino, tenha bom proveito!
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1) Introdução.
A experiência nos
mostra que todo homem que viveu uma vida plena sempre teve um ideal
em direção ao qual orientava os esforços de sua existência, isto
é, um horizonte que ele via despontando ao longe e em direção ao
qual ele se dirigia. Não é difícil para as pessoas entenderem
isto, porque trata-se de um fato muito comum para todos. Aqueles que
não têm nenhum horizonte em direção ao qual caminhar são pessoas
que na prática aparentam parecem ter perdido a razão de viver e já
terem morrido por antecipação. Não é isto, porém, o que ocorre o
mais freqüentemente. Ainda que não o consigamos expressar com
palavras exatas, quase todos nós temos no íntimo de nosso ser
alguma meta que escolhemos e em direção à qual dirigimos nossa
existência. Quando ocorre que esta meta é para nós mais clara, às
vezes a chamamos de ideal.
Jesus, ao nos
anunciar o Evangelho, disse ter vindo ao nosso encontro para que nós
pudéssemos ter uma vida abundante. A natureza humana, porém, é tal
que Jesus não poderia ter dito isso seriamente sem que, ao mesmo
tempo, nos tivesse ensinado qual é o ideal mais perfeito que a vida
humana pode abraçar, aquele ideal sem o qual é impossível alcançar
a vida plena e abundante de que ele nos fala.
Muitos, quando ouvem
o Evangelho falar a este respeito, percebem que o ideal de Jesus é
diferente, e freqüentemente muitíssimo diferente, dos seus próprios
ideais. Neste caso, se temos verdadeiro interesse em nossa própria
felicidade, Jesus nos pede que renunciemos aos ideais que
erroneamente escolhemos e abracemos os que ele nos mostra.
Infelizmente para os
homens, na grande maioria dos casos, senão mesmo na quase totalidade
dos casos, as metas da vida de cada um, aquelas coisas em função
das quais e para as quais todos vivem, se reduzem aos prazeres da
vida sexual e às comodidades que podem ser obtidas através do
dinheiro. Algumas raras vezes há também alguma outra coisa mais
elevada, mas não muito mais do que estas duas de que acabamos de
falar; de qualquer maneira, trata-se praticamente sempre de
horizontes muito menores do que aquilo para o qual Deus nos quer
chamar a atenção. Sexo e dinheiro, costumam ser os mais elevados
ideais que orientam a vida da quase totalidade dos seres humanos.
Ora, se quisermos
ser verdadeiramente discípulos de Jesus, ele nos ensina que, em
primeiro lugar, além de renunciarmos ao pecado, temos que renunciar
também a estas baixíssimas metas como sendo o horizonte de nossas
vidas. Estes dois ideais têm sido os responsáveis por ter colocado
a quase totalidade dos homens em uma trajetória cega ao longo da
qual não existe nenhuma possibilidade de despontar a verdadeira
felicidade. Para aqueles homens de boa vontade, que quiserem
escutá-lo e quiserem confiar nele, Jesus nos ensina dois outros
ideais muito mais elevados do que estes, aqueles que podem
efetivamente nos conduzir à felicidade sem fim que ele nos promete.
Jesus nos apresenta
seus dois grandes ideais quando nos fala dos dois maiores
mandamentos. Estes dois maiores mandamentos são muito mais do que
apenas dois mandamentos; são na realidade os dois grandes ideais da
vida cristã, aqueles que devem substituir o do sexo e o do dinheiro.
São eles o amor a Deus e o amor ao próximo. No lugar de sexo e
dinheiro Jesus nos ensina que, se quisermos ser felizes e conquistar
a verdadeira vida, temos que fazer com que aquilo a que mais
almejamos, aquilo que mais desejamos e em função do qual tudo
fazemos sejam amar a Deus e ao próximo. Este foi o assunto da
segunda aula deste curso sobre as Sagradas Escrituras.
Dissemos, ademais,
que o amor a Deus se realiza na prática através do trabalho de
nossa santificação, sem o qual se torna impossível amar a Deus; e
que o amor ao próximo alcança sua verdadeira perfeição através
do ensino, que é, para Jesus, a maior prova de amor que ele quer de
nós. Ensinar foi a última coisa que Jesus recomendou aos seus
discípulos quando se despediu definitivamente deles: "Ide,
e ensinai a todos os povos",
disse então Jesus. Ora, nós costumamos sempre recomendar por último
aquilo que nos é mais querido ao coração.
Amar a Deus e
ensinar, são, pois, os grandes ideais da vida cristã. Não há modo
de se amar a Deus senão buscando-se a santidade, e não há outra
coisa que diga respeito ao nosso próximo que Jesus nos tenha pedido
tão entranhadamente quanto ensinar.
Há pessoas, como
talvez possa ter sido o jovem rico de que fala o Evangelho de São
Marcos, que procuram cumprir os mandamentos da lei de Deus, como são
o honrar pai e mãe, o não matar, o não roubar, o não cometer
adultério, e outros, e que também contribuem com algum dinheiro
para alguma obra de beneficiência, mas que, mesmo assim, são
movidos na maior parte das coisas importantes que fazem pela busca do
prazer da vida sexual e das comodidades que podem ser obtidas através
do dinheiro. Não se pode dizer que estas pessoas sejam cristãs no
mais próprio sentido do termo. Elas ainda não entenderam
verdadeiramente o que Jesus ensinava. E é difícil inclusive que
elas perseverem até na simples prática dos mandamentos. Quando se
buscam as coisas da terra, as coisas da terra exigem mais coisas da
terra; assim também, quando se buscam as coisas do céu, as coisas
do céu trazem consigo mais coisas do céu. "É
mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha",
diz Jesus, do que uma pessoa como esta entrar no Reino de Deus (Marc.
10,25).
O que vamos examinar
em seguida é o modo pelo qual a nossa santificação e a missão de
ensinar podem se tornar realidade dentro do plano que Deus tem para
os homens. Um plano que Ele já havia preparado desde antes da
criação do mundo. Ambas estas coisas, conforme veremos, somente são
possíveis mediante a graça do Espírito Santo. Mas, para entender
como através dela a santificação e o ensino são possíveis,
precisamos entender primeiro o que é a graça do Espírito Santo.
2) Jesus
promete o Espírito Santo.
Texto de João
14, 15-25.
"Se me amais,
observareis os meus mandamentos; e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará
um outro Consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito
da verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem
o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em
vós.
Não vos deixarei
órfãos; voltarei a vós. Resta ainda um pouco, e depois o mundo me
não verá. Mas ver-me-ei vós, porque eu vivo, e vós vivereis.
Naquele dia vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós em mim,
e eu em vós. Aquele que retém os meus mandamentos e os guarda, esse
é que me ama; e aquele que me ama, será amado por meu Pai, e eu o
amarei, e me manifestarei a ele.
Disse-lhe Judas, não
o Iscariotes: Senhor, qual é a causa por que te hás de manifestar a
nós, e não ao mundo? Respondeu Jesus, e disse-lhe: Se alguém me
ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e nós viremos a
ele, e faremos nele morada. O que não me ama, não observa as minhas
palavras. E a palavra que ouvistes, não é minha, mas do Pai, que me
enviou. Eu disse-vos estas coisas, permanecendo convosco; mas o
Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, ele
vos ensinará todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho
dito".
3) O
cumprimento da promessa de Jesus.
Texto de Atos
1,1-5; 2,1-47.
"Na primeira
narração, ó Teófilo, falei de todas as coisas que Jesus começou
a fazer e a ensinar até ao dia em que tendo dado as suas instruções
por meio do Espírito Santo aos apóstolos que tinha escolhido, foi
arrebatado; aos quais também se manifestou vivo, depois da sua
Paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes por quarenta dias, e
falando do reino de Deus.
Estando à mesa com
eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que
esperassem a promessa do Pai, a qual ouvistes, disse ele, da minha
boca; porque João na verdade batizou em água, mas vós sereis
batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias.
Quando se
completaram os dias do Pentecostes, estavam todos juntos no mesmo
lugar; e, de repente, veio do céu um estrondo, como de vento que
soprava impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E
apareceram-lhe repartidas umas como línguas de fogo, e pousou sobre
cada um deles. Foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a
falar várias línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem.
Estavam então
residindo em Jerusalém judeus, homens religiosos de todas as nações
que há debaixo do céu. Logo que se deu este ruído, acudiu muita
gente, e ficou pasmada, porque cada um os ouvia falar na sua própria
língua. Estavam, pois, todos atônitos, e admiravam-se, dizendo:
Porventura não são galileus todos estes que falam? Como é que os
ouvimos cada um de nós na nossa língua, em que nascemos? Partos,
medos, elamitas, e os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a
Capadócia, o Ponto e a Àsia, a Frígia e a Panfília, o Egito e
várias partes da Líbia, que é vizinha de Cirene, e os vindos de
Roma, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes; os ouvimos
falar nas nossas línguas das maravilhas de Deus. Estavam todos
atônitos e fora de si, dizendo uns para os outros: Que quer isto
dizer? Outros, porém, escarnecendo, diziam: Estão cheios de mosto.
Então Pedro,
apresentando-se com os onze, levantou a voz, e disse-lhes: Homens
judeus, e vós todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto
conhecido, e com ouvidos atentos ouvi as minhas palavras. Estes
homens não estão embriagados, como vós cuidais, sendo a hora
terceira do dia; mas isto é o que foi predito pelo profeta Joel: E
acontecerá nos últimos dias, diz Deus, que eu derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne, e profetizarão vossos filhos e vossas
filhas, e os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos
sonharão sonhos, e naqueles dias derramarei do meu Espírito sobre
os meus servos e sobre as minhas servas, e profetizarão. Farei ver
prodígios em cima no céu, e sinais embaixo da terra, sangue, fogo e
vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue,
antes que venha o dia grande e glorioso do Senhor. Então acontecerá
que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Varões israelitas,
ouvi estas palavras: a Jesus Nazareno, homem acreditado por Deus
entre vós, por meio de milagres, prodígios e sinais, que Deus
operou por meio dele entre vós, como vós mesmos sabeis, este homem
que foi entregue, segundo os desígnios e a presciência de Deus, vós
o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos. Mas Deus o
ressuscitou, e livrou dos laços da morte, porquanto era impossível
que por esta fosse retido. Porque Davi diz dele: Eu
tinha sempre o Senhor diante de mim, porque Ele está à minha
direita, para que eu não seja abalado. Por isto se alegrou o meu
coração, e exultou a minha língua, e, além disto, a minha carne
repousará na esperança, porque não abandonarás a minha alma na
habitação dos mortos, nem permitirás que o teu Santo experimente a
corrupção. Ensinaste-me os caminhos da vida, e me encherás de
alegria com a vista da tua face.
Irmãos, seja-me
permitido dizer-vos francamente do patriarca Davi, que ele morreu, e
foi sepultado, e o seu sepulcro está entre nós até o dia de hoje.
Sendo ele, pois, profeta, e sabendo que Deus lhe
tinha prometido com juramento que um da sua descendência se sentaria
sobre o seu trono
(Salmo 88,4-5; 131,11), profeticamente falou da ressurreição de
Cristo, que
não seria deixado na habitação dos mortos, nem sua carne seria
sujeita à corrupção.
A este Jesus ressuscitou Deus, do que todos nós somos testemunhas.
Elevado ele, pois, pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai o
Espírito Santo, que tinha prometido, ele o derramou como vós vedes
e ouvis. Porque Davi não subiu ao céu, mas ele mesmo disse: O
Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que eu
ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés
(Salmo 109,1). Saiba, pois, toda a casa de Israel com a maior certeza
que Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus, a quem vós
crucificastes.
Ao ouvir estas
coisas, ficaram compungidos no seu coração, e disseram a Pedro e
aos outros apóstolos: Que devemos fazer, irmãos? Pedro disse-lhes:
Fazei penitência, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo para a remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do
Espírito Santo. Porque a promessa é para vós e para os vossos
filhos, e para todos os que estão longe e para quantos o nosso Deus
chamar. E, com outras muitíssimas palavras, os persuadia e exortava,
dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. Os que receberam a sua
palavra foram batizados; e ficaram agregadas naquele dia cerca de
três mil pessoas.
Perseveravam na
doutrina dos apóstolos, nas reuniões comuns, na fração do pão e
nas orações. Toda a gente estava com temor; eram também realizados
pelos apóstolos muitos prodígios e maravilhas em Jerusalém, e em
todos havia um grande medo. Todos os que criam estavam unidos, e
tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e
distribuíam o preço por todos, segundo a necessidade que cada um
tinha. Todos os dias freqüentavam em perfeita harmonia o templo, e,
partindo o pão pelas casas, tomavam a comida com alegria e
simplicidade de coração, louvando a Deus, e sendo bem vistos por
todo o povo. O Senhor aumentava cada dia mais o número dos que
estavam no caminho da salvação".
Continua...
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