O texto será submetido a votação na manhã de sábado e o Santo Padre irá decidir se o publicará
Roma,
(ZENIT.org)
Por
Rocío Lancho García
O Sínodo dos Bispos dedicado à família, que está sendo realizado no
Vaticano desde o último 04 de outubro e que termina no domingo, 25, já
está trabalhando na elaboração do documento final. O texto está sendo
escrito por uma comissão de dez membros nomeados pelo Santo Padre. Esta
tarde, o rascunho do documento será apresentado na Sala para os padres
sinodais.
O trabalho desta comissão está sendo muito intenso, como assegurou em
uma coletiva de imprensa o Pe. Federico Lombardi, diretor da sala de
Imprensa da Santa Sé.
Acompanhando o porta-voz do Vaticano estavam o cardeal Osvald
Gracias, Arcebispo de Bombaim; o cardeal Soane Mafi, arcebispo de Tonga e
presidente da Conferência Episcopal do Pacífico; e o arcebispo de Santo
Antonio, Mons. José H. Gomez.
O cardeal Gracias indicou que “o Sínodo foi uma experiência
espiritual para entender como ajudar as famílias a serem melhores ou a
encontrar soluções para as suas dificuldades, graças ao debate entre
opiniões, pontos de vista e situações culturais diferentes”.
Também disse que o Papa veio para agradecer-lhes o trabalho que estão
fazendo na comissão. No que diz respeito ao método de trabalho explicou
que das mais de 700 emendas propostas pelos círculos menores para o
documento final, os especialistas avaliaram procurando escolher as mais
representativas, e depois a comissão decide quais incluir no texto
final, de forma que assim possa surgir uma mensagem coerente.
Também destacou que o documento final que, embora esteja em uma fase
de rascunho, tem umas cem páginas, aprovadas por unanimidade pela
comissão. O rascunho será apresentado hoje a tarde aos padres sinodais e
discutido amanhã, sexta-feira, pela manhã. As modificações solicitadas
deverão ser entregues por escrito antes de amanhã às 14hs. Dessa forma,
sexta-feira pela tarde a comissão reelaborará o texto e no sábado pela
manhã será lido na Sala na sua forma definitiva. Pela tarde será votado
parágrafo por parágrafo. Uma vez concluído este trabalho, o Santo Padre
decidirá se o faz público ou não.
Por sua parte, o cardeal Mafi garantiu que no Sínodo trabalharam com
coração aberto procurando sempre fazer sentir o apoio da Igreja à
Família. “O sínodo é uma viagem que continuará”, destacou. Além do mais,
advertiu que “assim como os valores familiares tradicionais foram
estendidos à família e ao povo, agora o individualismo chega nas nossas
praias”.
Finalmente, mons Gomez comentou um dos temas muito presentes no
Sínodo, a migração. Nos Estados Unidos – explicou – existem 11 milhões
de imigrantes irregulares e tratam-se de pessoas que formam parte da
nossa família e que devem ser ajudadas. E sobre a igualdade reconheceu
que “falamos do importante que é para as mulheres serem respeitadas, com
iguais direitos e responsabilidades”. Da mesma forma, desejou que o
Sínodo ajude as pessoas a viverem de forma mais profunda a fé.
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