quarta-feira, 25 de novembro de 2015

DÍZIMO, UM MANDAMENTO DO BEM E DO MAL

[afeexplicada]


Muita gente, homens e mulheres, todos pecadores e injustos (Romanos 3,10 e 3,23) com boa ou má intenção, mas sem autorização de Deus na Bíblia, inventam casas de culto e oração às quais dão o nome de igreja. Elas aparecem em qualquer rua, praça ou esquina. Embora haja na Bíblia muitos pedidos e mandamentos, existe um que para muitos dirigentes das chamadas igrejas torna-se o maior e o mais obrigatório para seus seguidores: Pagar o dízimo! O texto bíblico mais usado é Malaquias 3,8“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.” (v.9) – “Com maldição sois amaldiçoados…”, v. (10) “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento  na minha Casa e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênçãos sem medida”. E é aqui, sobre esta parte da palavra de Deus que muitos espertalhões, dirigentes de comunidades chamadas de “igreja”, se autodenominam “pastores, ministros, bispos, apóstolos etc”. Esses tais deitam e rolam no dinheiro arrecadado em nome de Deus e da fé, de modo que a pessoa passa a pagar uma prestação sem fim para pertencer e seguir o tal grupo chamado de “igreja e religião”. (Vale lembrar que existem algumas poucas denominações de igrejas evangélicas ou crentes que não praticam este roubo em nome de Deus)

Realmente a Bíblia diz para pagar integralmente o dízimo e o dizimista receberá bênçãos de Deus (Malaquias 3,10). Por isso que os pastores usam muito esse texto para enganar as pessoas. Acontece que se a gente olhar direito, esse dízimo falado em Malaquias 3,10, não é dinheiro, é grão, são mantimentos, “trazei todos os dízimos para que haja mantimentos…” os quais deveriam ser doados ao templo e no final de cada três anos os obreiros do templo deveriam redistribuir ao povo, digamos numa refeição coletiva, numa festa para todos, inclusive para os estrangeiros onde todos comessem à vontade (“Ao fim de três anos tirarás todos os  dízimos da tua novidade no mesmo ano e os recolherás nas tuas  portas. Então virá o levita…o estrangeiro, e o órfão e a viúva que estão dentro de tuas portas e comerão e fartar-se-ão, para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos, que fizeres” (Deut. 14,28-29) “Quando acabares de dizimar todos os dízimos da tua novidade no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os dará aos levitas, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro de tuas portas e se fartem” (Deuteronômio 26,12). Onde não for possível levar os alimentos e produtos ao Templo, a pessoa até pode vender o que se refere ao dízimo e levar o dinheiro ao templo pra que cumpra o seu propósito (socorrer os necessitados) (Deuteronômio 14,24-25). Mas onde está na Bíblia que o dízimo deva ser dinheiro que deve ser dado ao pastor para ele comprar seus jatinhos, suas mansões, seus carros de luxo, suas viagens de turismo etc, em nome da conta de água e luz? Em lugar nenhum! E mais: Quem socorre os pobres e necessitados é somente a Igreja católica e também os espíritas. Dificilmente encontramos igrejas crentes que ajudam pessoas necessitadas. Até crentes, ou evangélicos procuram sua cesta básica nas igrejas católicas.
O DÍZIMO E A LEI DE MOISÉS: Esse dízimo do Antigo Testamento é dízimo do judeu, da Lei de Moisés, e não do cristão. E a Lei de Moisés durou só até João (Lucas 16,16); a Lei está morta e estamos livres dela (Romanos 7,4 e 7,6). Assim, se a Lei está morta e estamos livres dela, nós cristãos estamos livres também daquele dízimo de 10% do Antigo Testamento. Por que o pastor quer cobrar hoje um dízimo de uma lei que já está morta (Romanos 7,4) e durou só até João? (Lucas 16,16).Porque é ganancioso e mentiroso e, como diz um pastor que não cobra dízimo: “São larápios da fé” (Ladrões – Pastor Caio Fabio, internet).
Jesus nunca mandou ninguém pagar dízimo. Pelo contrário, até atacou alguns pelo modo como pagavam, para se mostrar.
O DÍZIMO E A IGREJA CATÓLICA: O pastor Silas Malafaia, num vídeo da internet, mente descaradamente quando quer se justificar porque cobra dízimo de 10% dizendo que “a Igreja Católica cobra dízimo e manda não milhões, mas bilhões de reais para o Vaticano”. É uma mentira deslavada. A mísera quantia que se arrecada no dia de São Pedro (mísero porque, infelizmente, a maioria dos católicos são mesmo miseráveis) e vai para o Vaticano não cobre nem as ajudas que o Brasil recebe do Papa para socorrer nossas catástrofes. Mas a Igreja Católica, a única fundada por Jesus pessoalmente recebeu do próprio Jesus AUTORIDADE para ligar e desligar tudo na terra que seria aceito no céu. (Mateus 16,19). E a Igreja, declarada na Bíblia como “Coluna e fundamento, ou sustentáculo da verdade” (1Timóteo 3,15) estabeleceu no seu 5º mandamento o pagamento do dízimo que longe de ser 10% segue o mesmo preceito das ofertas cristãs: “conforme manda o coração” (2Coríntios 9,7). Esta oferta de coração é o que Deus ama (Cf. 2Cor. 9,7).
QUEM É A VERDADEIRA IGREJA DE DEUS, O VERDADEIRO TEMPLO DIVINO QUE DEVE SER AJUDADO? – Certo que, pela Bíblia e pela História a instituição “Igreja Católica Apostólica Romana” desde os apóstolos vem até nós como a Igreja de Cristo. Mas a Igreja representa o verdadeiro templo de Deus: O Espírito Santo nos diz pelas palavras do Apóstolo São Paulo:“Acaso não sabeis que o vosso corpo é SANTUÁRIO DO ESPÍRITO SANTO que está em vós…”(1Corintios 6,19). E mais: “Vós sois corpo de Cristo, e, individualmente, membro desse corpo” (1Coríntios 12,27); E mais ainda: “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (1 Coríntios 6,15). E assim se seguem muitas outras passagens bíblicas reforçando a mesma ideia: Nós somos o templo vivo de Deus. Cristo ama, cuida e alimenta a Igreja (cf. Efésios 5,29) e “somos membros do seu corpo” (Efésios 5,30). Portanto, se a gente quer pagar o dízimo e ajudar a Igreja de Deus, temos que ajudar as pessoas necessitadas, porque Cristo está nelas. E se a gente renegar ajuda à a verdadeira Igreja de Deus que são as pessoas especialmente para ajudar aos necessitados, então eu terei renegado, o próprio Jesus, como ele mesmo disse: “Eu tive fome, tu me deste de comer, sede, me deste de beber etc. (Mateus 35,32-45). “Cada vez que fizeste isso a um desses pequeninos, foi a mim que o fizestes”, ou “que deixastes de fazer, foi a mim que deixastes de fazer” (Mat. 25,32-43).
Por que isto? Porque NÓS SOMOS O VERDADEIRO TEMPLO DE DEUS: Concluindo, como já foi visto, o dízimo no Antigo Testamento era um pagamento com fins materiais, doados aos sacerdotes e levitas no Templo. Essa Lei, seja de Moisés, Malaquias ou de qualquer outro profeta, durou somente até a vinda de João Batista (Lucas 16,16). Muita gente não entendeu isso e o Apóstolo São Paulo teve que esclarecer em Romanos 7,4 que a Lei está morta e que estamos livres dela (Romanos 7,6). O dízimo então foi abolido? Não exatamente. Vale para o judeu que não aceitou Jesus. E vale para as pessoas que fingem que aceitaram Jesus, mas seguem a lei dos judeus, o que foi condenado em Atos 15, pelos apóstolos e rejeitam a Lei de Cristo pelo Evangelho. Ou trocam Jesus pelo dinheiro. E pelos iludidos dizimistas de 10% que acham que pra ter Jesus devem pagar por isso.
Nós católicos não seguimos a Lei de Moisés que já está morta para nós (Romanos 7,4). Nós seguimos sim a lei dos apóstolos (Cf. Atos 2,42). Quem gosta de lei morta pra ficar escravo dela é crente ou evangélico (Cf. Romanos 7,4 e 7,6).
O DÍZIMO ANTIGO, OU DÍZIMO DO JUDEU:  era de caráter material, matemático (10%). Na nova Igreja, a única fundada por Cristo (Mateus 16,18-19) e seguida pelos apóstolos (Atos 2,42), o dízimo tornou-se espiritual, vindo como oferta do coração: “Deus ama o que é dado de coração” (2Coríntios 9,7). É costume de os espertalhões da fé esconderem esta parte aos seus seguidores.
ROUBAR EM NOME DE DEUS ATRAVÉS DA RELIGIÃO É COSTUME ANTIGO: No tempo de Jesus havia muita gente que ganhava dinheiro com a exploração da fé. Jesus expulsou os vendilhões do templo e derrubou a mesa das moedas (Mateus 21,12-13). No tempo dos apóstolos a roubalheira continuou, tanto que, quando São Paulo escreveu ao bispo Timóteo, ele disse: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé…” (1Timóteo 6,9-10). Mas muitos desses espertalhões, pastores, ministros, sejam lá o que forem eles e como se chamam a si mesmos, não dão o mínimo valor para a Palavra de Deus e continuam com a roubalheira cobrando para que a pessoa sua seguidora pague pra ter uma religião. Absurdo! Jesus é de graça para nós! Ele próprio pagou nosso resgate do pecado com seu sangue, que aliás recebeu todo da sua Mãe, a Virgem Maria. Jesus não usou dinheiro para nos resgatar, usou a própria vida. Trouxa é quem rejeita Jesus e acha que vai ganhar o céu com dinheiro dado ao pastor.

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