sexta-feira, 4 de maio de 2018

Vaticano reforça os estudos do Direito Canônico para anulação do casamento

[aciprensa]


A Santa Sé fortalecerá a formação dos agentes dos tribunais eclesiásticos para aumentar a eficiência nos processos de anulação do casamento.
Para isso, a Congregação para a Educação Católica, da qual dependem os Institutos de Estudos Eclesiásticos, publicou uma Instrução pela qual procura responder "às novas exigências expressas no Motu proprio Mitis Iudex Dominus Iesus e Mitis et misericors Iesus, sobre a reforma do processo canônico para as causas da declaração de nulidade do matrimônio".

Com esta Instrução busca-se "oferecer orientações aos estudos do Direito Canônico". De acordo com o monsenhor Angelo Vincenzo Zani, secretário da Congregação, em uma carta emitida juntamente com a Instrução, entre as novidades deste documento está o fortalecimento da formação das Faculdades Eclesiásticas e das Faculdades de Direito Canônico para responder às maior responsabilidade que as Igrejas particulares assumiram após a reforma do processo canônico de anulações matrimoniais.
Entre os problemas para a correta aplicação dos novos regulamentos, e que a presente Instrução pretende ajudar a resolver, está a diminuição numérica dos professores das instituições acadêmicas "e o aumento das situações em que muitos deles não alcançam o necessário continuidade no ensino, porque eles estão engajados em outros trabalhos eclesiais exigentes ou em atividades consultivas externas."
Além disso, a Instrução também chama a atenção para o declínio dos alunos matriculados, "o que prejudica uma vida acadêmica equilibrada".
Também aponta a necessidade de reconsiderar os currículos "baseados em estudantes que não receberam formação filosófico-teológica adequada".
Neste sentido, a Instrução propõe uma série de programas formativos que respondem "à necessidade urgente de ter um número maior de clérigos, leigos e religiosos bem treinados em Direito Canônico, mesmo que eles não tenham (ainda) uma Licenciatura ou Doutorado, que eles podem cobrir a escassez de pessoal competente lamentou em tantas dioceses do mundo".
"A Congregação para a Educação Católica considera necessário adaptar as instituições acadêmicas eclesiásticas do Direito Canônico às novas exigências para garantir a qualidade profissional e a seriedade daqueles que trabalham nos tribunais eclesiásticos, assegurando um nível adequado de formação jurídica na Igreja", aponte o documento.
Ressalta-se que "é extremamente urgente ter canonistas bem treinados, não só no campo matrimonial, mas também em muitos outros setores da vida eclesial, entre os quais o serviço na administração da Cúria diocesana".
Segundo o bispo Zani, "enquanto o caminho comum para a formação de futuros canonistas, em coerência com a Constituição Apostólica Veritatis gaudium, permanece no ciclo do grau de Direito Canônico, a Instrução quer que as Instituições de Direito Canônico também ofereçam um diploma em direito matrimonial e processual".
Esta medida seria pensada, principalmente, "para aqueles que obtiveram, por uma causa justa do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, a Dispensação do grau académico".
"Também para os outros trabalhadores do Tribunal Eclesiástico, para os quais a lei não prevê um grau acadêmico, é oferecido um curso acadêmico e uma preparação mínima adequada é estabelecida para os Conselheiros em Matrimônio e Pastoral Familiar", disse Dom Zani.
Por outro lado, "os novos regulamentos sublinham os requisitos necessários para garantir a qualidade das instituições existentes, ou também aquelas que serão levantadas ou aprovadas no futuro".
Entre as novidades da Instrução está "a possibilidade de erigir Departamentos de Direito Canônico na Faculdade de Teologia; a possibilidade de erigir Cátedras de Direito Canônico na Faculdade de Jurisprudência das Universidades Católicas; e a promoção dos estudos do Direito Canônico no primeiro ciclo de uma Faculdade de Teologia."
Você pode acessar a nova instrução da Congregação para a Educação Católica AQUI.

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