Os 7 dons do Espírito Santo explicados por Papa Francisco
[churchpop]
O Catecismo da Igreja Católica diz que: “Os
sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, inteligência, conselho,
fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Em plenitude, pertencem a
Cristo, Filho de Davi. Completam e levam à perfeição as virtudes
daqueles que os recebem” (n.1831). Tornam os fiéis dóceis para
obedecerem prontamente às inspirações divinas. São Paulo lembra que
“Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus
[…]. Filhos e, portanto herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros de
Cristo” (Rm 8,14.17).
1- Dom de Ciência
O dom da ciência faz que o cristão penetre na realidade deste mundo
sob a luz de Deus; vê cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador
e como caminho a Deus. Leva o homem a compreender o vestígio de Deus
que há em cada ser criado. O homem foi feito para Deus e só n’Ele pode
descansar, como disse Santo Agostinho. Por este dom o cristão reconhece o
sentido do sofrimento e das humilhações no plano de Deus, que liberta e
purifica o homem.
2- Dom do Entendimento / Inteligência
O dom do entendimento ou inteligência nos ajuda a penetrar
no íntimo das verdades reveladas por Deus e entendê-las. Por ele o
cristão contempla os mistérios da fé. É um entendimento diferente
daquele que o teólogo obtém pelo estudo; o que é penoso e lento. O dom
da inteligência é eficaz mesmo sem estudo; é dado aos pequeninos e
ignorantes, desde que tenham grande amor a Deus.
Por esse dom conhecemos os nossos pecados e a nossa miséria. Os santos,
quanto mais se aproximaram de Deus, mais tiveram consciência do seu
pecado ou da sua distância de Deus.
3- Dom da Sabedoria
O dom da sabedoria nos dá um conhecimento da verdade
revelada por Deus. Abrange todos os conhecimentos do cristão e os põe
sob a luz de Deus, mostra a grandeza do plano do Criador e a sua
onipotência. Vem da intimidade com o Senhor.
4- Dom do Conselho
O dom do conselho permite ao cristão tomar as decisões
oportunas nas horas difíceis da vida, para que se comporte como
verdadeiro filho de Deus. Isso, às vezes, exige coragem. Pelo dom do
conselho o Espírito Santo nos inspira a maneira correta de agir no
momento oportuno. “Todas as coisas têm o seu tempo, e tudo o que existe
debaixo dos céus tem a sua hora […]” (Ecl 3, 1-8); fora desse momento
preciso, o que é oportuno pode tornar-se inoportuno; nem sempre é fácil
discernir se é oportuno falar ou calar, ficar ou partir, dizer “sim” ou
dizer “não”.
5- Dom da Piedade
O dom da piedade nos orienta em todas as relações que temos
com Deus e com o próximo. São Paulo se refere a isso: “Recebestes o
Espírito de adoção filial, pelo qual bradamos: Abbá ó Pai” (Rm 8,15). O
Espírito Santo, mediante o dom da piedade, nos faz, como filhos adotivos
de Deus, reconhecer Deus como Pai. E, pelo fato de reconhecermos Deus
como Pai, consideramos as criaturas com olhar novo. Este dom nos leva a
considerar o fato de que Deus é sumamente santo e sábio: “Nós vos damos
graças por vossa grande glória”. É o dom da piedade que leva os santos a
desejar, acima de tudo, a honra e a glória de Deus. “Para que em tudo
seja Deus glorificado”, diz São Bento. E Santo Inácio de Loiola exclama:
“Para a maior glória de Deus". É também o dom da piedade que desperta
no cristão a inabalável confiança em Deus Pai, como, por exemplo, Santa
Teresinha. Este dom leva o cristão a ver o outro como irmão e a amá-lo
como filho de Deus.
6- Dom da Fortaleza
O dom da fortaleza nos dá força para a fidelidade à vida
cristã, cheia de dificuldades. Jesus disse que “o Reino dos céus sofre
violência dos que querem entrar, e violentos se apoderam dele” (Mt
11,12). Pelo dom da Fortaleza o Espírito Santo nos dá a coragem
necessária para a luta diária contra nós mesmos, nossas paixões e
problemas, com paciência, perseverança, coragem e silencio. Nos dá
forças além das naturais. Esta força divina transforma os obstáculos em
meios e nos dá a paz mesmo nas horas mais difíceis. Foi o que levou São
Francisco de Assis a dizer: “Irmão Leão, a perfeita alegria consiste em
padecer por Cristo, que tanto quis padecer por nós”.
7- Dom do Temor
O dom do temor de Deus nos leva a amá-Lo tão profundamente
que tenhamos receio de ofendê-Lo. Nada tem a ver com o temor do
mercenário ou o temor do castigo (do escravo); mas é o temor do amor do
filho. É a rejeição que o cristão experimenta diante da possibilidade de
ofender a Deus; brota das entranhas do amor. Não há verdadeiro amor sem
este tipo de temor. Medo de ofender o Amado. Pelo dom do temor de Deus a
vitória é rápida e perfeita, pois é o Espírito que move o cristão a
dizer “não” à tentação. O dom do temor de Deus está ligado à virtude da
humildade, que nos faz conhecer nossa miséria, impede a presunção e a vã
glória, e assim, nos torna conscientes de que podemos ofender a Deus;
daí surge o santo temor de Deus. Ele se liga também à virtude da
temperança; combate a concupiscência e os impulsos desordenados do
coração, para não ofender e magoar a Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário