As missas são suspensas nas dioceses do norte da Itália, as igrejas são fechadas e até é advertido que o Sacramento da Penitência não será administrado, no meio da Quaresma. Por causa do medo da epidemia, sim, mas o metrô e os shopping centers, áreas de risco muito maior, permanecem abertos.
Por Carlos Esteban
A placa, presa à porta de uma igreja na diocese de Pádua, é sombria: "Não é possível confessar". A foto foi postada no Twitter pela autora Hilary White, que traduziu o texto que, devido à baixa qualidade da imagem, não é fácil ler: “Atualmente, a Igreja em Pádua quer recomendar a oração em família ou em pessoa, e convidamos você a orar por uma melhoria nas condições sanitárias e especialmente pelas pessoas que contraíram o vírus e por todos os que sofrem com a emergência.”Enquanto isso, o metrô, aquele meio de transporte em que multidões estão lotadas que, na hora do rush, tentam preservar o mínimo de espaço pessoal inútil, está funcionando normalmente, como todos os transportes públicos. Hipermercados e grandes lojas também não fecharam, o que certamente atrai multidões muito mais consideráveis do que quase todas as igrejas.
Mas as igrejas fecham, as missas são suspensas e, no meio da Quaresma, quando somos especificamente chamados à conversão, às vezes até o acesso ao Sacramento da Reconciliação é fechado. Isso faz algum sentido?
A única coisa em que podemos pensar é que os prelados dão mais importância ao corpo do que à alma, à saúde física do que ao espiritual, e não é por acaso que bispo após bispo da Igreja universal esteja mais ocupado e obcecado com o futuro da Igreja planeta do que o das almas, sendo o primeiro efêmero aos olhos de Deus e o segundo, eterno.
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